O nome evangélico se tornou sinônimo de escândalos hoje no Brasil. Os casos são inumeráveis e superam aqueles que se tornam públicos a cada dia através da mídia. O Bispo Macêdo da igreja Universal do Reino de Deus é o ícone maior desta desgraça, ele, possuidor de inúmeros bens milionários conquistados com as ofertas dos fiéis, não tem moral para acusar o Apóstolo Valdemiro de Oliveira da Mundial do Poder de Deus como fez recentemente através da Record, como todos sabemos uma emissora do Macêdo.
Como sabemos, uma reportagem exibida pelo programa Domingo Espetacular, da TV Record, fez denúncias contra o apóstolo, presidente da Igreja Mundial do Poder de Deus. Na reportagem, foram apresentados documentos de compra de duas fazendas no Mato Grosso, avaliadas em R$ 49 milhões, pela Igreja Mundial do Poder de Deus, e arrendadas pela empresa W. S. Music Ltda., de propriedade de Valdemiro Santiago e sua esposa, Franciléia.
A reportagem explicou que quando uma propriedade é arrendada, o arrendador é quem a movimenta financeiramente, portanto, o lucro da movimentação das 5 mil cabeças de gado das fazendas, que valem aproximadamente R$ 6,5 milhões, é recebido pelo administrador, o apóstolo Valdemiro Santiago.
A revista Veja publicou um artigo intitulado Templo da Perversão acusando o pastor carioca Marcos Pereira de encenações de cura pela fé, estupro de crianças e relações com marginais. O pastor Marcos este enfronhado no mundo do crime.
Na mesma revista, virando apenas uma página, encontramos o líder da Igreja do Evangelho Quadrangular sendo acusado de tramar a morte de desafetos. Esta acusação é feita pela Polícia Federal do Mato Grosso do Sul. O pastor Mário de Oliveira da Quadrangular esta agora preso ao quadrilátero dos escândalos.
Não tem muito tempo, o famoso pastor Silas Malafaia, desejoso de expandir seu próprio império eclesiástico, passou a imitar o Edir Macêdo e o Waldemiro Santiago fazendo apelos financeiros exagerados escandalizando até mesmo o povo evangélico.
Todos estes líderes evangélicos e muitos outros, mencionados neste artigo, pertencem a denominações diferentes, mas estão conectados a uma mesma plataforma ideológica – a teologia da prosperidade – e a um mesmo movimento eclesial chamado de neopentecostalismo, movimento proveniente do pentecostalismo e que arrasta milhares de pentecostais.
Teologia errada gera escândalos como estes.
A teologia da prosperidade é de origem americana e tem tido enorme receptividade no meio evangélico brasileiro desde os anos 80. Também é conhecida como “confissão positiva”, “palavra da fé”, “movimento da fé” e “evangelho da saúde e da prosperidade”.
Ao contrário do que muitos imaginam as ideias básicas da confissão positiva não surgiram no pentecostalismo, e sim em algumas seitas sincréticas da Nova Inglaterra, no início do século 20. Todavia, por causa de algumas afinidades com a cosmovisão pentecostal, como a crença em profecias, revelações e visões, foi em círculos pentecostais e carismáticos que a confissão positiva teve maior acolhida, tanto nos Estados Unidos como no Brasil.
O resultado desta teologia são os escândalos cada vez mais numerosos, trazendo enorme prejuízo ao avanço do verdadeiro evangelho e um descerviço ao Reino dos Céus.
Em Lucas 17.1 Jesus afirmou: É inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vem.
Disse também em Mateus 7.15: Acautelai-vos dos falsos profetas disfarçados em ovelhas mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos (escandalosos) os conhecereis.
Jesus expulsou os cambistas do templo de Jerusalém. Ele teria muito trabalho no hoje no Brasil.
Pr. Stênio de Araújo Verde
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