A revista
britânica The Economist publica, em sua próxima edição, um artigo em que trata
da corrupção no Brasil e afirma que a presidente Dilma Rousseff poderia ser
mais radical na “faxina” que iniciou no governo. Na chamada para a
edição de dezembro, o site da revista traz uma ilustração da presidente, com um
esfregão na mão e com porcos sangrando em volta do prédio do Congresso
Nacional. Na prévia do artigo que será publicado, intitulado “Política no
Brasil: Limpando a fábrica de porcos de Brasília”, as sucessivas demissões
de ministros após denúncias de irregularidades são comparadas a uma
“infinita telenovela de sordidez”. Segundo o texto, a presidente tem
sido mais resistente a nomeações políticas no governo, mas ainda não combateu o
sistema de troca de favores que permeia a relação com o Congresso. A revista
cita a entrada do PMDB na base do governo, durante o início do mandato de Lula,
e destaca que Dilma é mais moderada em relação ao antecessor quando aprova
verba do Orçamento para ser distribuída via emendas parlamentares. “A
maior parte da agenda política da presidente -melhorar educação e saúde,
eliminar a pobreza extrema e investir em infraestrutura – não requer aprovação
do Congresso. Ela poderia ser mais radical em sua política de limpeza”,
propõe o texto escrito por um correspondente em São Paulo.
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