Explosões também foram registradas perto do Stade de France
Pelo menos seis tiroteios e três explosões em diferentes pontos de Paris provocaram a morte de mais de 140 pessoas na noite desta sexta-feira (13), de acordo com números da prefeitura da capital francesa. Apenas na casa de espetáculos Bataclan, onde acontecia um show, pelo menos 100 pessoas foram mortas. Cerca de 40 mortos foram registrados em outros atentados, mas o número não é definitivo.
Uma das explosões aconteceu em um bar perto do Stade de France, que recebia um amistoso entre a seleção local e a Alemanha. A polícia francesa registrou dezenas de mortos nos arredores do Stade de France, onde espectadores invadiram o gramado em busca de proteção.
Os cidadãos foram orientados a voltar para casa, pois muitos terroristas ainda estavam na rua durante a madrugada de sábado. O episódio ocorre cerca de 10 meses depois do atentado à redação do jornal satírico Charlie Hebdo.
No primeiro pronunciamento após os atentados, François Hollande informou que as fronteiras serão fechadas e que o estado de emergência foi decretado. De acordo com ele, buscas devem ser feitas em todo o território. “Frente ao terror, a França deve ser forte, deve ser grande”, declarou Hollande, pedindo a confiança da população francesa.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um pronunciamento em rede televisiva oferecendo ajuda ao governo francês para responder aos ataques. O mandatário frisou que o ocorrido não é apenas contra o povo da França, mas contra a humanidade e contra os valores compartilhados pelos dois países. “Estamos com eles na luta contra o terrorismo e o extremismo”, disse. “Os que acham que podem aterrorizar o povo da França estão errados.”
A presidente Dilma Rousseff, em publicação em rede social, também comentou o ocorrido: “Consternada pela barbárie terrorista, expresso meu repúdio à violência e manifesto minha solidariedade ao povo e ao governo francês.”
Segundo as primeiras informações, o presidente François Hollande estava no Stade de France e precisou ser evacuado.
No primeiro tiroteio, um indivíduo abriu fogo com um fuzil kalashnikov em um restaurante no 10º arrondissement e, de acordo com a emissora BFM-TV, matou “várias pessoas”. Logo em seguida, ao menos 50 disparos foram ouvidos na célebre casa de espetáculos Bataclan, perto da redação do “Charlie Hebdo”, onde acontecia um show. Foi divulgado a princípio que havia cerca de 100 reféns no local e que alguns foram libertados. Em seguida, a prefeitura confirmou que 100 pessoas foram mortas no local.
Os terroristas que invadiram o Bataclan mataram reféns “à sangue frio”, disse uma testemunha que conseguiu escapar do local à CNN.
Pouco depois, o palco de tiroteios foi o 11º arrondissement, onde 12 pessoas ficaram caídos no chão.
Após os ataques, Hollande iniciou uma reunião de emergência no Ministério do Interior.
Os tiroteios reacendem o clima de terror instaurado na cidade em janeiro, quando dois homens armados invadiram a sede do “Charlie Hebdo” e mataram 12 pessoas. Dois dias depois, outro jihadista sequestrou um mercado kosher em Paris e deixou quatro mortos. Antes disso, ele já havia matado uma policial durante uma troca de tiros.
Jornal o Brasil
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