O Tribunal de Justiça da Bahia acaba de eleger seu novo presidente, o desembargador Lourival Trindade, com 28 votos contra 27 da colega Cynthia Resende. Ele saiu vitorioso depois de ter empatado, no primeiro turno, com 26 votos contra ela. As eleições no TJ, que já estavam em clima tenso porque transcorrem em meio à Operação Faroeste, que investiga um esquema de grilagem de terras no Oeste por meio de vendas de sentenças, aconteceram sob uma atmosfera de ansiedade depois que a disputa foi jogada para o segundo turno.
Ao todo, votaram 55 desembargadores num universo de 60, já que quatro deles foram afastados – o presidente atual, Gesivaldo Brito, José Olegário Monção Caldas, Maria das Graças Osório Leal e Maria do Socorro, única presa na Operação Faroeste, e outro está de férias (Ivanilton Souza). Ontem, depois de uma consulta do presidente interino, desembargador Augusto Bispo, o Conselho Nacional de Justiça informou que os desembargadores afastados e investigados na Operação não podiam participar do pleito. Considerado figura ética, Lourival não é ligado a nenhum dos grupos que se debatia pelo controle do órgão.
Agora, os desembargadores fazem um intervalo, após o que voltam para eleger os novos membros da mesa diretora do TJ.
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