A 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) determinou, nesta quarta-feira (27), que os empresários Fernando Cavendish (dono da construtora Delta), Carlos Augusto de Almeida Ramos, mais conhecido como Carlinhos Cachoeira, Adir Assad, Cláudio de Abreu e Marcelo Abbud, presos no dia 30 de junho na Operação Saqueador, retornem ao presídio de Bangu para cumprir prisão preventiva. A decisão dos três desembargadores foi unânime.
Os cinco foram presos na Operação Saqueador, no dia 30 de junho, e levados para o presídio de segurança máxima Bangu 8, no Complexo de Gericinó, mas foram liberados para cumprir prisão domiciliar por decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Cavendish cumpre a medida em sua casa, no Leblon, na zona sul do Rio, e Cachoeira num hotel em Copacabana, também na zona sul. A Justiça tinha determinado que os dois e os outros três réus, que moram fora do Rio, permanecessem na cidade até que o julgamento do mérito pelo TRF2.
Cavendish, Cachoeira e mais 20 acusados são réus em ação que corre na 7ª Vara Federal Criminal do Rio. De acordo com o Ministério Público Federal, o grupo participava de um esquema que desviou R$ 370 milhões de obras feitas pela Delta Construtora para 18 empresas fantasmas que pertenciam a Assad e a Marcelo Abbud, em São Paulo, e também a Carlinhos Cachoeira.
As investigações apontaram que, após repassados pela Delta a empresas de fachada, os valores eram sacados em dinheiro para impedir o rastreamento da propina entregue a agentes políticos.
Após as prisões, o então relator do caso, desembargador Ivan Athié, converteu a preventiva em prisão domiciliar e estendeu a decisão aos demais detidos. Contudo, Athié acabou declarando-se suspeito após vir à tona o fato de que Cavendish tinha sido defendido pelo mesmo advogado que havia atuado em favor do desembargador em processo no STJ. Cavendish acabou trocando de advogado na ocasião.
Com Agência Brasil
Fonte: Jornal do Brasil
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