PROGRAMAÇÃO:
Da paz no lar, até a paz no mundo:Desafiemos o militarismo e acabemos com a violência das mulheres”
Com esse tema, a campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violênciacontra as Mulheres chega a sua 21ª Edição em 2011. Proposta em 1991, durantea preparação da II Conferencia Mundial de Direitos Humanos de Viana/Áustria,sua primeira edição foi realizada nesse mesmo ano.
A partir de 2003, ganhou força quandoa AGENDE (Ação em Gênero, Cidadania e Desenvolvimento), se envolveu com oprojeto e passou a articular o evento junto ao poder público, a iniciativaprivada e as organizações de mulheres. Desde 2010, organizações de 159 paísesestão envolvidas na campanha.
PERÍODO
A campanha é realizada no período de25 de novembro a 10 de dezembro, pois, nesse período existem 4 datassignificativas para o calendário feminista:
25de novembro: DiaInternacional da não violência contra a mulher, esta data foi definida no IEncontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em 1981, em Bogotá,Colômbia, como homenagem às irmãs Mirabel – Pátria, Minerva e Maria Tereza –,brutalmente assassinadas pelo ditador Leônidas Trujullo em 25 de novembro de1960, na República Dominicana;
01de dezembro: DiaMundial de Combate a AIDS, criado pela Assembléia Mundial de Saúde, com apoioda ONU (Organização das Nações Unidas), em 1987, como forma de reforçar asolidariedade, a tolerância e o respeito aos portadores do vírus;
06de dezembro: dia do Massacre da Escola Politécnica de Montreal, ocorrido em 6 de dezembro de 1989, em Montreal,Canadá,no total, 14 estudantes do sexo feminino morreram, e 13 foram feridas;
10 de dezembro: Dia internacional dos DireitosHumanos, lembrando a assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos,ocorrida em 10 de dezembro de 1948. NoBrasil, a campanha é realizada entre o período de 20 de novembro a 10 dedezembro, incluindo-se o dia 20 denovembro: Dia da Consciência Negra, criado em 09 de janeiro de 2003, emhomenagem a Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, morto em 20 de novembro de1695.
AS NOVIDADES DE 2011
Este ano a campanha tem por objetivo enfatizaro impacto das armas na vida das mulheres, bem como reunir organizações devárias partes do mundo para discutir questões como a paz, o desarmamento e adefesa dos direitos humanos com a finalidade de desafiar a militarização.
A campanha pretende também denunciaro aumento do número de armas pequenas e sua relação com a violência doméstica,com isso procura visibilizar as diferentes formas de violência, ainda presentesno cotidiano de muitas mulheres, a fim de sensibilizar a sociedade e cobrar doEstado o seu enfrentamento, o que só é possível com a implantação das políticaspúblicas. Como sempre na campanha a questão do direito humano é o seu eixo central.
Sua função é abrir uma discussãoampla, que possibilite desvendar e desconstruir o ideário cultural milenar queestruturou e consolidou as desigualdades de gênero. Acreditamos que o silêncioé cúmplice da violência e vetor da impunidade. Por isso mesmo, é fundamentalque toda sociedade denuncie a violência contra as mulheres e crianças que aindaocorre no silêncio de tantos lares, furto do machismo da sociedade. Devemosexigir das autoridades a ampliação das políticas públicas para por fim àviolência contra as mulheres e crianças.
A eleição da primeira presidenta doBrasil trouxe um novo marco para o país, essa nova realidade imprime a idéiaque as mulheres estão mais empoderadas, com a auto-estima mais fortalecida ecom coragem para denunciar a desigualdade que grassa no seio social ainda comgrande vigor. Assim lutemos PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E PELACOMPLETA APLICAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA, que é um instrumento essencial para coibir a violação dos direitos dasmulheres.
Maria Otilia Soares – Presidente da União de Mulheres deVitoria da Conquista e Presidente do Conselho Municipal da Mulher
Deixe seu comentário