A TardE | juscelino Souza
Estão abertas as discussões sobre o processo eleitoral pré-2012 em Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador. Pela primeira vez na história política do terceiro maior município do Estado, a disputa pela prefeitura pode ser definida em um eventual segundo turno, pois a “capital do sudoeste” já contabiliza mais de 200 mil eleitores.
Antes do segundo turno, a expectativa da população é saber se deve ou não dar ao PT seu quinto mandato consecutivo e se isso poderá ser feito com a reeleição do atual prefeito, Guilherme Menezes, ou com outros postulantes petistas: o ex-prefeito José Raimundo ou o deputado Waldenor Pereira.
Fora do PT, as opções são o radialista Herbem Gusmão, o ex-reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Abel Rebouças, ambos do PMDB, e Clóvis Ferraz (DEM).
Há ainda a possibilidade de Coriolano Sales (PSDB) e do ex-deputado Edgard Mão Branca (PV). Sales pode ficar fora do jogo. Seu caso se enquadra na Lei da Ficha Limpa, pois renunciou ao mandato de deputado para não ser cassado no caso da Máfia das Ambulâncias.
O termômetro da política conquistense é testado nas redes sociais, onde os prováveis candidatos apresentam propostas, avaliações, recebem críticas, sugestões e trocam ideias com os eleitores. Publicamente, nenhum deles se apresenta como pré-candidato. Se os personagens estão claros, o enredo da disputa de 2012 ainda estar por ser escrito.
Desempenho – Para o analista político Carlos Roberto Salvador, as eleições de outubro último (em que José Serra venceu na cidade que é a vitrine do PT) não podem servir de parâmetro.
Para ele, o fraco desempenho do prefeito Guilherme Menezes pode ser alterado nos próximos anos. “Ainda é cedo para se avaliar tecnicamente, e apostar nessa mesma tendência nas eleições municipais seria, no mínimo, precipitado”, pondera.
Procurado por meio da sua assessoria, Menezes não se manifestou. Nos bastidores, aliados asseguram que o prefeito buscará a reeleição, mesmo sem contar com aliados históricos, como PCdoB, PV e PSB, que devem lançar candidaturas próprias.
Para tentar romper o isolamento e as críticas que recebe do ex-aliado Herbem Gusmão (que mantém um programa de rádio), Guilherme retomou uma agenda de aparições públicas e de afagos a correligionários.
Menezes decidiu também incluir no orçamento municipal a cota de R$ 100 mil para cada vereador aplicar em obras nas suas bases. Só com essa medida, o governo municipal vai gastar R$ 1,5 milhão a mais no ano pré-eleitoral de 2011
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