Vitória da Conquista recebeu do Ministério da Saúde, o Certificado de Eliminação da Transmissão Vertical do HIV e o selo Prata de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical da Sífilis, em cerimônia realizada em Brasília no último fim de semana. A subsecretária municipal de Saúde, Kalilly Lemos, e a diretora de Atenção Básica, Ana Maria Ferraz.
Desde 2007, Vitória da Conquista não registra casos de crianças que nasceram contaminadas pelo HIV no município e, neste ano, foi a única cidade do estado da Bahia a receber a certificação. Isso significa que a rede municipal de saúde tem conseguido cumprir com todas as boas práticas na assistência pré-natal, parto, puerpério e acompanhamento da criança. “Isso é resultado de uma rede bem articulada, envolvendo Atenção Básica, Vigilância e a maternidade do Hospital Esaú Matos, que está comprometida com essa causa tão importante. Nós temos bons números e queremos avançar ainda mais, porque cuidar dos conquistenses é a nossa principal missão”, afirmou a prefeita Sheila Lemos.
A transmissão vertical ocorre quando a mãe que vive com HIV ou sífilis, mas não é diagnosticada ou tratada adequadamente, transmite a infecção para o bebê durante a gestação ou parto e, no caso do HIV, pode acontecer também durante a amamentação. A taxa estimada de transmissão vertical do HIV pode chegar a 30% quando não é utilizada a terapia antirretroviral (Tarv), mas, se adotada a Tarv e demais medidas preventivas, essa taxa se reduz para menos de 2%, principalmente quando não ocorre a amamentação.
Na rotina, todas as gestantes que realizam o pré-natal nas unidades de saúde são testadas para HIV, sífilis e hepatites, ainda no primeiro trimestre de gestação. Caso haja o diagnóstico da infecção, o tratamento antirretroviral é ofertado pelo Caav, que faz o acompanhamento da gestante e encaminha para a maternidade com relatório médico, para que ela seja acolhida de forma adequada no momento do parto.
Após o nascimento, a criança também passa a ser acompanhada pelo serviço para garantir que não houve a transmissão. Além disso, o estado fornece a fórmula láctea pelos primeiros 12 meses de vida do bebê e o município ainda garante, com recursos próprios, que a mãe receba a fórmula até que a criança complete os dois anos de idade.
O objetivo agora é continuar desenvolvendo todas essas ações na rede materno-infantil para manter o certificado nos próximos anos. “A maestria demonstrada em práticas exemplares, aliada à dedicação incansável dos profissionais de saúde, não só consolida as conquistas, mas também estabelece um padrão para a prevenção contínua da transmissão vertical do HIV e sífilis. Este feito brilha como um farol de compromisso duradouro com a saúde materno-infantil para todos os conquistenses”, complementou a subsecretária de saúde, que representou o município no evento.
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