Para tentar superar a grave crise, Jaques Wagner mudou o secretário da Fazenda: saiu Luiz Alberto Pittitinga ((PT) e assume o cargo hoje (15) o ex-secretário de Administração Manoel Vitório, que promete detalhar os cortes após posse.
O secretário estadual de Comunicação do Estado, Robinson Almeida, disse que o corte de gastos com pessoal, veículos e viagens faz parte do conjunto de medidas adotadas para equilibrar o orçamento: “São medidas que vão auxiliar na redução dos gastos com custeio da máquina pública, conforme determinação do governador”.
Apuração – Diante da exoneração do ex-secretário estadual da Fazenda, Luiz Petitinga, o vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Carlos Gaban (DEM), exigiu apuração do caso e criticou a situação financeira do Estado. Ao tempo em que reconheceu a capacidade técnica de Petitinga, o parlamentar observou que a situação de falência dos cofres estaduais ocorrem desde a administração de Carlos Martins, entre 2007 e 2011.
Gaban revelou que a Bahia adiquiriu, em 2008, um déficit no Caixa de R$ 277 milhões. No ano seguinte, uma dívida superior a R$ 973 milhões e, nos anos de 2011 e 2012, mais um déficit de R$ 137 milhões e outro de R$ 205 milhões, respectivamente. “Como pode o Tribunal de Contas aprovar as contas do Estado? A Bahia executou apenas 35% da meta física do orçamento no primeiro semestre deste ano, e o grupo de despesa classificado como investimento foi de apenas 7,7% da dotação. O Estado está quebrado, tem que reconhecer”, afirmou o deputado.
O vice-líder da oposição ainda revelou que houveram diversas tentativas de alertar o governo da atual situação financeira do Estado, mas o próprio ex-secretário Carlos Martins discordava.”Tivemos várias discussões com ele, que dizia de maneira cínica que estávamos errados, mesmo nós mostrando a publicação do próprio site da Secretaria da Fazenda. Nós denunciamos o rombo de R$ 2,6 bilhões no orçamento do Estado, encontrado no final do ano passado, mas eles diziam que não estávamos bem informados e era apenas um empréstimo interno”, lamentou Gaban.
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