“Minha preocupação é formar uma chapa que possa ganhar a eleição e nos permita implementar nosso projeto de mudança com desenvolvimento. Aquele que quiser se agregar a este projeto nós temos interesse”. diz Lucio Vieira Lima

Quem quer fazer aliança tem que ser generoso, diz Lúcio Vieira Lima

Adriano Villela

LCIO-V~1Sem esconder a satisfação com o reforço do PR na coligação encabeçada pelo ex-ministro Geddel Viera Lima, o presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, não perdeu a oportunidade para alfinetar a coalizão do governador e candidato a reeleição, Jaques Wagner (PT). “Quem quer fazer aliança tem que dar condições, ser generoso, oferecer o que pode dar”, afirmou, numa indireta aos problemas que o presidente estadual dos republicanos, senador César Borges, enfrentou nas conversas com os petistas, que não aceitaram fazer coligação nas chapas para deputado federal e estadual.

No sábado, o Partido Social Cristão (PSC) oficializou o apoio à candidatura de Geddel ao governo, que contabiliza ainda as alianças com PTB e PRTB. Lúcio Vieira Lima adiantou que os peemedebistas continuam conversas com outros partidos. “Minha preocupação é formar uma chapa que possa ganhar a eleição e nos permita implementar nosso projeto de mudança com desenvolvimento. Aquele que quiser se agregar a este projeto nós temos interesse”.

O dirigente ressaltou que busca trazer qualidade ao bloco do PMDB, dando como exemplo o reforço do PR. “César Borges é um ex-governador, atual senador, com experiência administrativa. O PR é um partido forte, tem deputados e militância”. Lúcio avalia que o ingresso dos republicanos no arco de alianças peemedebista “desmente claramente essa tentativa de enganar a população (com a tese de definição do pleito em primeiro turno). Ninguém trabalha com essa hipótese. Se temos cinco candidatos a governador já postos – Geddel, Wagner, Paulo Souto (DEM), Luiz Bassuma (PV) e Marcos Mendes (PSOL) –, como é que não haverá segundo turno?”.

No ato, o prefeito de Salvador, João Henrique, voltou a afirmar seu apoio ao candidato peemedebista. Disse ainda que o PMDB não fará campanha agredindo adversários. “Não podemos sustentar um poder público que mente e engana a população”, disse. João Henrique falou que o partido pretende demonstrar o quanto a Bahia vem perdendo em oportunidades de desenvolvimento e vai mostrar as soluções da sigla e dos partidos aliados para os problemas em áreas como saúde, educação e segurança pública. “Desde setembro do ano passado firmamos o compromissos de estarmos juntos com o PMDB, porque acreditamos no projeto do ministro Geddel Vieira Lima e estamos certos de que a partir de 1º de janeiro estaremos em parceria, no governo do Estado”, acresceu o presidente estadual do PSC, Eliel Santana.

A partir de hoje, os peemedebistas começam a se debruçar por uma tarefa ainda difícil: a composição final da chapa majoritária. Com apenas duas vagas em aberto, uma deverá acomodar o empresário João Carlos Cavalcanti, cuja participação já havia sido anunciada. Primeiro para vice-governador, mas há ainda chances de Cavalcanti disputar o senado, posto para o qual o vice-prefeito de Salvador, Edvaldo Brito (PTB), era o mais cotado.

O vice-governador, Edmundo Pereira, a deputada estadual Marizete Pereira (PMDB), e Eliel Santana são outros nomes apontados como possíveis integrantes da linha de frente de Geddel. Há ainda a possibilidade de haver alguma surpresa. A data do anúncio da chapa foi anteriormente prevista para quinta-feira da semana passada. O atraso foi influenciado pelas negociações com o PR. Concluído este processo, o anúncio poderá acontecer a qualquer momento, embora Lúcio diga que o processo será feito com calma.