Pré-candidato do PMDB ao Governo do Estado, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, aceitou o desafio proposto pelo governador Jaques Wagner e disse que basta “marcar hora e local” para debater com ele a política de segurança pública. Essa foi a resposta de Geddel à provocação feita pelo governador na última segunda-feira (22), chamando a oposição para discutir o tratamento dado pelo seu Governo em relação ao crescimento da violência.
“Governador quer debater segurança? Marque hora e local. Tenho legitimidade para criticar. E a mim não vão perguntar porque não fez?”, disse o ministro no twitter, completando: “Se soberba encontrar argumentos para não aceitar agora, esperemos a campanha, para mostrar a fragilidade na gestão da segurança que povo sente na pele”.
Principal crítico da política de segurança pública do Governo Wagner, o ministro cita os números da própria Secretaria de Segurança Pública para demonstrar o quanto a atual administração estadual tem faltado com a eficiência no combate a violência. Apenas na Região Metropolitana de Salvador, a média é de 20 assassinatos a cada final de semana.
“E o pior é que neste Governo, a insegurança se espalhou por todo o Estado, chegando a cidades outrora pacatas que agora vivem com as suas populações sobressaltadas, expostas às ações de bandos fortemente armados que assaltam, sequestram e matam”, disse o ministro.
Para exemplificar o crescimento da violência indiscriminadamente em todo o Estado, o ministro Geddel Vieira Lima citou dados da Coordenação de Documentação e Estatística Policial (Cedep), divulgados pela imprensa, comprovando que nos últimos dias anos, “portanto em pleno Governo Wagner”, os índices de violência em quatro municípios do Extremo-Sul (Porto Seguro, Eunápolis, Teixeira de Freitas e Itamaraju), o número de homicídios cresceu mais de 70%.
“Os índices de homicídio nesta região são maiores que a média nacional e estão entre os mais elevados do mundo. Com tudo isso, o governador se diz tranquilo com a sua política de segurança pública”, alfinetou Geddel.
Para ele, ao invés de provocar a oposição, o governador deveria “falar menos e agir mais” em relação a segurança pública e o primeiro passo seria, “ao invés de gastar em propaganda”, priorizar os investimentos, sobretudo nos homens e mulheres que formam as forças policiais do Estado.
“O Estado comprou novas viaturas. Claro que isso é importante, mas e os recursos para o combustível, as condições de trabalho para os policiais que continuam reclamando da falta de armamentos adequados, de equipamentos básicos para atuarem com segurança na proteção da sociedade?” indagou Geddel.
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