Sem acordo sobre Código Florestal, votação da Lei da Copa é adiada

Foto: O Globo

 

Maria Clara Cabral, Folha.com

Por falta de acordo com a bancada ruralista, a votação da Lei Geral da Copa foi mais uma vez adiada. O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), estabeleceu o prazo de 24 horas para tentar costurar um acordo com o governo.

A bancada ruralista e a oposição querem a definição de uma data para a análise do Código Florestal antes de votar a lei.

Mais cedo, em meio à crise na base aliada, líderes na Câmara decidiram votar o texto original do governo sobre a Lei da Copa.

A proposta não deixa clara a liberação da venda das bebidas alcoólicas nos estádios durante o mundial e a Copa das Confederações, deixando espaço para que os Estados negociem essa possibilidade com a Fifa.

Os ministros Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Aldo Rebelo (Esportes) participaram do acordo. Com isso, o governo deve jogar a responsabilidade sobre o assunto para os governadores.

A postura foi fechada hoje após inúmeras idas e vindas do governo. Ficou definida após a avaliação de que o texto do relator, Vicente Cândido (PT-SP) –que liberava explicitamente a bebida–, podia ser derrotado. “Esse texto do governo é muito mais fácil de ser aprovado, facilitou muito”, resumiu Tatto.

O argumento usado oficialmente foi o de que o texto de Cândido poderia causar atrito com as Legislações Estaduais. De acordo com Cândido, sete dos 12 Estados sedes da Copa proíbem a venda de bebidas dentro dos estádios.