Foto: Marcello Casa/ ABr
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Redução do número de detentos por cela, plano de educação para presos e incentivo a penas alternativas são algumas das medidas previstas no anteprojeto elaborado pela comissão de juristas criada para estudar e propor mudanças na Lei de Execução Penal. O texto foi lido nesta sexta-feira (29) pela relatora, a secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná, Maria Teresa Uille Gomes. Instalada no dia 4 de abril, com 16 integrantes nomeados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, a comissão é presidida pelo ministro Sidnei Beneti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O objetivo é atualizar a Lei 7.210 de 1984, mais conhecida pelo nome de Lei de Execução Penal (LEP). Segundo a Agência Senado, há 28 anos em vigor, a LEP, que trata das regras para o cumprimento de sentenças e dos direitos e deveres do condenado, pode ajudar a mudar a realidade atual do sistema prisional. Entre os assuntos discutidos pelos juristas estão a superlotação do sistema prisional brasileiro e problemas como racionamento de água, comida estragada, falta de medicamentos e humilhação na hora da visita. São reclamações comuns feitas por detentos e seus parentes em quase todos os presídios brasileiros. Nos sete meses de funcionamento da comissão também foram debatidas a possibilidade de extinção do alvará de soltura; a duração da prisão preventiva; a criação de um rol de medidas alternativas; e novas regras para as saídas temporárias dos presos. Entre as novidades, o texto do anteprojeto traz um limite de lotação para cada penitenciária, facilita a obtenção de regime aberto aos presos mais antigos e fixa novas regras para as saídas temporárias. Maria Teresa Uille Gomes explica que o trabalho foi pensado para incentivar a reinserção social dos condenados. Para isso, a comissão propõe, entre outras mudanças, a substituição das casas de albergado pela prisão domiciliar combinada com prestação de serviços comunitários. Para evitar a permanência na cadeia depois do cumprimento da pena, o relatório cria um sistema de advertência, que obriga o diretor do presídio a informar o juiz sobre o benefício com 30 dias de antecedência. Mas para Maria Teresa Gomes, um dos maiores avanços está na inclusão das secretarias estaduais no conselho que define as políticas do setor. O anteprojeto da nova Lei de Execução Penal também traz mais ferramentas para a ressocialização dos presos. De acordo com Maria Tereza Uille Gomes, uma das novidades é a maior integração entre os órgãos federais e estaduais
Defensoria Pública pede interdição de módulo de presídio em Conquista
Vitória da Conquista – A Defensoria Pública da cidade pediu a interdição de um dos módulos do Presídio Regional Nilton Gonçalves.
O pedido foi protocolado na terça-feira (19/11) e vai ser analisado pela Justiça. A decisão deve sair dentro de alguns dias. Atualmente, a unidade abriga mais presos do que sua capacidade total. 249 presos estão na unidade, mas a capacidade é para 189.
O defensor público Marco Aurélio Campos informou que ação foi motivada pelo estado precário em que o módulo se encontra. Segundo ele, em todos os pontos como, sanitário, segurança, iluminação, paredes com infiltração e a superpopulação estão sem condições de abrigar presos.
A Defensoria Pública não descartou a possibilidade de pedir um habeas corpus coletivo, ou seja, solicitar à Justiça a liberdade de alguns presos do Nilton Gonçalves. Segundo informações da direção do presídio, já estão sendo feitas reformas no local.
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