O Ministério da Saúde fez nesta terça-feira (22) um alerta para que a população elimine, nas residências de todo o País, qualquer recipiente que possa se transformar em criadouro do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus zika, chikungunya e dengue. O apelo foi reforçado às vésperas das férias e festas de Natal e Ano Novo, quando parte da população costuma viajar e as residências ficam fechadas. O recado reflete a preocupação das autoridades, também, para o fato de que a combinação de chuvas intensas, por conta do início do verão, e temperaturas altas elevará o risco de proliferação do mosquito. Isso porque o zika, transmitido pelo inseto, é agente causador de má formação do cérebro de bebês (microcefalia). Em 90% dos casos, a microcefalia leva ao retardo mental. “Se hoje não temos vacina ou algo de concreto e efeito diferente de tudo o feito no controle e combate ao vetor, o mosquito Aedes aegypti, o mais efetivo é a eliminação de todo e qualquer recipiente que possa juntar água parada e proliferar o mosquito”, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Carlos Nardi. s casos suspeitos de microcefalia no País subiram para 2.782, com 40 mortes, conforme dados apresentados pelo Ministério da Saúde. Até a semana passada eram 2.401 casos, com 29 óbitos. Para se ter uma ideia do alastramento da microcefalia, em todo o ano passado, o Brasil registrou 147 casos de má formação do cérebro de recém-nascidos.Há suspeita de microcefalia quando o bebê nasce com perímetro cefálico inferior a 32 centímetros. A epidemia provocada pelo zika vírus levou o governo brasileiro a decretar situação de emergência. Os casos suspeitos estão espalhados em 618 municípios de 19 Estados e no Distrito Federal. O maior número de recém-nascidos com microcefalia está em Pernambuco, Paraíba, Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe.
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