Em encontro realizado nesta terça-feira (23), no auditório do Cimatec, representantes de entidades do setor produtivo e o governador Rui Costa mobilizaram líderes empresariais para pedir ativa participação no combate à tríplice epidemia de zika, dengue e chikungunya. Durante o encontro com o empresariado baiano, o gestor apresentou propostas para intensificar o controle e evitar a proliferação do mosquito.
Rui Costa pediu apoio dos empresários para que estes realizem ações de combate e educação com a força laboral. Ele lembrou que, para as empresas, as doenças transmitidas pelo mosquito podem representar ausência de empregados, queda no desempenho produtivo e aumento de custos. “Os segmentos produtivos têm um alcance enorme, daí a importância desta participação. Cada um da sua forma, com criatividade, pode contribuir. Esta é uma luta de toda sociedade”, disse.
O presidente da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), Ricardo Alban, falou do que o Sistema Indústria da Bahia têm feito neste sentido e ainda vai realizar este ano: um conjunto de ações de mobilização e capacitação que vai alcançar cerca de 500 empresas e quase 31 mil pessoas entre trabalhadores da indústria, do próprio Sistema e estudantes. “Serão promovidos treinamentos com dois mil multiplicadores, reproduções de 65 mil peças das campanhas dos governos federal e estadual, além da criação de uma esquete teatral, para que o tema seja entendido”, contou.
Alban lembrou também que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) vai lançar o Dia da Indústria Contra o Mosquito, em 05 de março, quando serão anunciadas ações em todas as unidades de ensino do SESI e do SENAI pelo país.
Carlos Andrade, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio), garantiu a participação do segmento na mobilização. “Hoje a federação tem 85 % das lojas comerciais e 92% dos empregados filiados. Vamos fazer um trabalho amplo, com campanha de conscientização em todas as notas. Será um trabalho muito proveitoso junto com as outras entidades e com a população”, assegurou.
No evento, o presidente da Coelba, José Menezes, anunciou que 1,5 mil leituristas da Companhia ajudarão no combate ao mosquito. Eles vão identificar focos do mosquito e informar as autoridades sanitárias sobre potenciais criadouros.
Principais ações sugeridas pelo Estado:
1 – Entrar em contato com a Secretaria de Saúde do Estado pelo [email protected] para solicitar palestras de técnicos para seus funcionários.
2 – Colocar as campanhas nos contracheques e fundo de tela do computador.
3 – Estimular os funcionários a baixar o aplicativo Caça Mosquito e denunciar focos encontrados.
4 – Realizar mutirão para encontrar focos na empresa e nos arredores.
5 – Entrar em contato com entidades de classe para mobilização em eventos.
6 – Enviar material descartável para reciclagem, a fim de não acumular lixo.
7 – Incluir o combate aos criadouros do Aedes aegypti nas políticas de saúde e segurança ocupacional.
8 – Nomear um funcionário responsável por estabelecer um plano com metas e acompanhar as ações.
9 – Disponibilizar pessoas para serem treinadas para aplicar inseticida na empresa, que deverá comprar a máquina, o aplicador e o Estado proporcionará o treinamento e o fornecimento do inseticida.
10 – Realizar campanhas de combate ao mosquito que envolvam as famílias dos funcionários.
Salvador, Bahia, Brasil, 23.02.2016
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