Muita gente relata que uma desilusão amorosa ou a perda de um ente querido pode deixar o coração despedaçado – e isso é verdade! Bem, não de maneira literal, é claro, mas a síndrome de takotsubo, também conhecida como síndrome do coração partido, trata justamente de distorções no desempenho do coração depois de algum evento extremamente estressante ou traumático.
Ela foi observada pela primeira vez em 1990, no Japão, e se trata de uma disfunção no ventrículo esquerdo do coração. Ela apresenta um quadro clínico semelhante ao do infarto do miocárdio e normalmente ataca mais o sexo feminino e pacientes de 60 a 80 anos. Existem tratamentos que podem curar a síndrome em até 8 semanas.
Entretanto, um novo estudo mostra que os danos causados podem ser muito mais duradouros do que se imaginava. “Nós costumávamos pensar que as pessoas que sofreram a cardiomiopatia takotsubo se recuperariam completamente, sem intervenção médica”, afirmou o Dr. Dana Dawson, da Universidade de Aberdeen, na Escócia.
Síndrome afeta o ventrículo esquerdo
A pesquisa foi feita com 52 pessoas entre 28 e 87 anos que já tinham sido diagnosticadas com essa síndrome. Através de ultrassons e ressonância magnética cardíaca, descobriu-se que o coração desses pacientes fora afetado de maneira permanente! Isso foi visto através de um atraso no movimento de torção do músculo durante os batimentos cardíacos e redução na compressão do coração, conforme relata o site IFLScience.
A doença também não parece ser tão rara quanto se imaginava. Algumas partes dos músculos cardíacos foram substituídas por cicatrizes, o que danifica a elasticidade do órgão de maneira permanente. Estima-se que de 3 a 17% das pessoas morre em no máximo 5 anos após a detecção da síndrome. A pesquisa, agora, pretende identificar métodos mais eficazes para o tratamento dessas pessoas.
Takotsubo, que dá nome à síndrome, é uma armadilha para capturar polvos no Japão
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