Eu nunca recebi tantos e-mails sobre denuncias contra partidos e candidatos enviados por pastores, padres e cristãos de maneira geral.
Até agora não me envolvi, apenas li, assisti os vídeos e fiz a minha análise pessoal, sem enviar por e-mail nada pra convencer ninguém sobre as denuncias, e não correr o risco de ser tendencioso sobre estas denuncias que me parecem na sua grande maioria eleitoreiras.
Procuro não ser mensageiro de coisas ruins, gosto de boas novas, temo muito ser um canal de denuncias vazias que podem não ser verdadeiras, e assim de alguma maneira ser cúmplice dos males da política.
Gosto de fatos, de comprovações, pra não cair no denuncismo vazio próprio desse período que antecede o voto na urna. Por isso não enviei e-mail a ninguém, não fiz campanha política em minha igreja contra ou a favor a nenhum candidato, muito menos contra aqueles que percebo não serem uma boa opção, ou aqueles que não comungam da ética e moral do evangélico.
Preciso acreditar que meu ministério pastoral legou as minhas ovelhas maturidade suficiente para compreenderem, discernirem as virtudes e vicitudes do momento político e assim votarem de forma madura e consciente e não se deixarem manipular por ninguém.
Quase tudo é ruim na igreja cristã no período eleitoral.
É ruim ver pastores e líderes religiosos tangerem suas ovelhas ao curral eleitoral. Ao meu ver é anti-ético e anti-biblico fazer da igreja ou denominação um curral eleitoral em prol de um candidato, quase sempre há motivações levianas e espúrias no coração daqueles que promovem estas coisas .
Estes pastores fazem isso por que sabem que suas ovelhas são manipuláveis, infantis e que não conhecem e não vivem o espírito democrático.
É ruim ver pastores tão envolvidos na política que é perceptível a descompostura, as agressões verbais, o linguajar chulo, os palavrões e os ódios que antes eram ocultos e agora são globalizados e dão ibope entre evangélicos que estão afeitos aos escândalos noveleiros da política brasileira. Por isso estes vídeos e informações veiculam escândalos e lutas-livres entre sacerdotes e a cada dia é um novo capítulo do Ti-ti-ti eleitoral-eclesiastico.
O modelo pastoral bíblico está cada vez mais distante dos pastores pós-modernos.
Tem de tudo, pastor que promete sair no braço com outro pastor, pastor que vota em candidato tal para se beneficiar financeiramente, pastores que vendem seus votos e assim por diante. Sinceramente eu sinto nojo desse modelo pastoral. A estação das eleições é apropriada para observar se a árvore pastoral dá bom ou mau fruto.
Pelo fruto conheceremos a árvore!
Devemos estar envolvidos na política sim, de forma criteriosa, equilibrada e avaliativa sem participar dos pecados da política que todos nós conhecemos e que se repetem de dois em dois anos, de quatro em quatro anos, mas parece que insistimos em não aprender.
Politica é lugar de crente sim, para fazer cumprir os princípios de justiça, honestidade, igualdade e todos os demais valores do reino.
Estou certo de que ainda que os candidatos não sejam fichas-limpas, eu contudo votarei no próximo domingo com a consciência-limpa, com a ficha interior limpa pois consegui com a ajuda do Senhor me livrar dos respingos do pecado da política brasileira.
Se de alguma forma você que lê este artigo se chafurdou na lama do pecado político confesse o seu pecado e mude de consciência política para a glória de Deus.
Um forte abraço!
Pr. Stênio de Araújo Verde
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