Vice presidente do Brasil destaca, em artigo, as prioridades para 2011
As prioridades para 2011
Michel Temer
Presidente da Câmara dos Deputados
A presidente eleita Dilma Rousseff relacionou as prioridades para sua administração a partir do próximo ano. É trabalho com linha de continuidade para reforçar ou aperfeiçoar políticas públicas com objetivo de atingir metas estabelecidas no curso da campanha. Neste momento, a comissão de transição de governo aprofunda esse debate.
O primeiro ponto abordado é a erradicação da miséria. Foi alvo de discussão com especialistas, representantes da sociedade civil organizada, ministros e técnicos do governo. O foco de trabalho está definido. A forma de alcançar os resultados mais eficazes está em elaboração pela comissão de transição. Depois de formatados os programas, serão levados à sociedade para ouvir críticas e sugestões. Os compromissos de campanha vão ganhando, desta forma, corpo na forma de projetos de governo. Tornar-se-ão, depois, ações programáticas.
Marca evidente desse processo é a continuidade da transformação do país. Há em curso a maior inclusão social já vivida no Brasil durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja gestão solidificou as políticas de transferência de renda com impacto altamente positivo no combate à pobreza. É grandioso o número de brasileiros que deixaram a miséria nos últimos oito anos: 28 milhões. É preciso avançar mais, com a consciência de que os desafios se tornam mais complexos. A miséria absoluta é assunto difícil, com várias razões para sua existência e diagnósticos os mais diversos para sua permanência no seio da sociedade.
Outras duas áreas foram pontuadas já no primeiro discurso da presidente eleita após o resultado do segundo turno. Segurança pública e saúde serão tratadas também como questões prioritárias. Apesar de não ser assunto de inteira responsabilidade da administração federal, é preciso enfrentar a violência sem fuga, sem medo e sem subterfúgios. A insegurança afeta decisivamente a vida dos brasileiros com impacto não só em perdas econômicas, mas também causa baixas no maior capital de um país com os olhos voltados para o futuro: a morte de jovens em plena idade produtiva para a sociedade. É preciso ter investimentos significativos nesse setor. Não há outra receita. Em grande esforço nacional, unindo no mesmo movimento governo federal, Estados e Municípios, pode-se imaginar, em espaço de tempo razoável, grandes transformações nesta área. A ação conjunta de Prefeitura e Estado no Rio de Janeiro, com apoio federal, demonstra que esse caminho é viável, apesar de não ser fácil.
A saúde também é tema fundamental. Para que o povo tenha pleno acesso à assistência eficiente, é preciso a prestação de um serviço funcional e distribuído geograficamente pelos vários estados. A cobertura ampliada já foi tema de campanha da presidente eleita. Neste momento de formatação das políticas públicas, vamos aprofundar, na equipe de transição, a discussão desses temas. Haverá trabalho árduo nos próximos quatro anos. Mas, tenho certeza, a futura presidente Dilma saberá conduzi-lo da melhor forma para dar seguimento às grandes transformações que o Brasil vem passando no caminho para se tornar uma nação justa e solidária.
Esta coluna é assinada por José Natal
Correspondenfte de Brasília
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