O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), presidido pelo ex-deputado Roberto Jefferson, criticou a suspensão imposta pelo Supremo Tribunal Federal ao ex-parlamentar nas redes sociais e disse que as decisões dos ministros transformaram a Corte em uma ‘Gestapo’ – abreviação da Polícia Secreta do Estado no regime nazista. Segundo a legenda, a ordem de suspensão seria um novo ‘Ato Institucional nº 5’, medida da ditadura militar que ampliou a censura e cassou direitos durante o regime.
“O PTB lamenta que, em pleno século XXI, o Brasil esteja passando por um novo Ato Institucional nº 5, justamente exercido por aqueles que deveriam ser os guardiões da Constituição”, afirmou o partido, em nota. “Infelizmente, o PTB e a nação brasileira constatam, visivelmente, que os atuais ministros, em especial Alexandre de Moraes, tenham transformado a Suprema Corte em uma nova Gestapo: acusam, interrogam, julgam e condenam, em especial os que se manifestam livre e diferentemente. Embora se considerem, os 11 ministros não estão acima da Constituição”.
Condenado no Mensalão, Roberto Jefferson é alvo do inquérito que apura esquema de difusão de ameaças, ofensas e ‘fake news’ contra o STF. As investigações miram ‘a existência de um mecanismo coordenado de criação e divulgação’ de ofensas, ameaças e ‘fake news’ contra o Supremo Tribunal Federal a partir de perfis nas redes sociais, encabeçados por ‘influenciadores’ bolsonaristas e financiado de forma velada por empresários.
O caso é comandado pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou em maio a suspensão das contas do ex-deputado após publicações serem consideradas ameaças, como a que ele aparece empunhando um fuzil ao afirmar que estaria se preparando para ‘combater o bom combate’. Em uma live, Jefferson defendeu a ‘demissão e substituição dos 11 ministros do STF, herança maldita’.
As informações são do jornal Estado de S.Paulo.
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