Eliana Calmon, ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça e ex-corregedora nacional de Justiça16 de dezembro de 2020 | 10:24
Ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ex-corregedora nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, afirmou, em entrevista à rádio Metrópole na manhã desta quarta-feira (16), que o esquema de venda de sentenças no Judiciário baiano existe há mais de 30 anos.
“Esse problema do Oeste da Bahia é coisa que está no Judiciário há mais de 30 anos. Esta ação de José Valter terminou no ano passado. Tinha um relatório do Ministério Público que desvendava toda a história a partir de um inventário falso que foi feito pelos grileiros e eu não tive dúvida”, disse.
“Foi essa documentação que fui ao CNJ defender José Valter e tive sucesso. O julgamento foi a favor que ele continuasse com a ação e aí fosse resolvida a ação. Acontece que os grileiros começaram também a ficar calados e, depois de dois anos, entraram com um processo no CNJ, se descobrindo o seguinte: esse emissário de José Valter é o tal chamado cônsul de mentira”.
“Ele pegou as terras de José Valter, com a documentação certa, e fez aquilo crescer como fermento. Aí veio este bolo todo. Nós temos dentro desse caso, o início todo, mas no entorno disso se desenvolveram algumas quadrilhas”, acrescentou Eliana, referindo-se a Adaílton Maturino, preso no âmbito da Operação Faroeste.
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