Numa tentativa de construir uma alternativa à disputa à presidência da Assembleia Legislativa que apazigue a base, senador Jaques Wagner (PT) lançou uma ofensiva para tentar emplacar o deputado estadual Fabrício Falcão, do PCdoB, como candidato do grupo à sucessão do presidente Nelson Leal (PP).
A movimentação do senador petista foi detectada mesmo depois que o PP avançou consensualmente no lançamento do nome do deputado Niltinho para concorrer contra Adolfo Menezes, candidato do senador Otto Alencar e do PSD à presidência da Assembleia. Wagner já tinha sinalizado apoio a Fabrício durante uma visita a Vitória da Conquista.
Teria sido forçado a recuar, no entanto, diante da grande resistência que percebeu nas bancadas do governo e da oposição ao nome do comunista. Ao voltar ao nome do comunista, Wagner busca enfraquecer, no entanto, mais o senador Otto Alencar (PSD) do que o vice-governador João Leão (PP), que apóia Niltinho.
O petista teria se convencido de argumentos apresentados pelo ex-deputado Jabes Ribeiro antes de o PP escolher seu candidato de que, na eventualidade de Adolfo se eleger, Otto sairia mais forte na correlação de forças da base, podendo submeter o governo Rui Costa e o PT nas tratativas para a sucessão estadual de 2022, quando Wagner pretende voltar ao governo.
Antes de o PP ter escolhido Niltinho, Jabes chegou a defender o nome de Fabrício como candidato alternativo ao seu partido e ao PSD para evitar um bate-chapa que trouxesse desgaste na relação dos dois principais partidos da base.
A saída não agradou os deputados do PP, no entanto, porque vêm nela um resultado das ligações familiares que Jabes tem com o presidente do PCdoB, Davidson Magalhães, as quais funcionaram na sucessão municipal em Salvador, onde o PP apoiou a deputada comunista Olívia Santana à Prefeitura de Salvador, contra a vontade, inclusive, do governador.
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