Perícia contratada pelos tricolor não identificou a palavra ‘negro’ em discussão com jogador do Flamengo
Por Matheus Simoni
O Bahia divulgou ontem (23) o resultado de uma investigação interna que contradiz a versão do Flamengo sobre uma injúria racial do meia-atacante Juan Ramírez, dirigida a Bruno Henrique, jogador do time flamenguista. Após a vitória flamenguista por 4 a 3 no domingo (20), o volante Gerson afirmou em entrevista que o colombiano havia dito “cala a boca, negro” durante uma discussão no gramado. Na terça (22), o vice geral do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches, anunciou que o laudo encomendado pelo Rubro-Negro comprovava ofensa de Ramírez a Bruno Henrique em um outro momento.
Eduardo Llanos, chileno, foi um dos especialistas contratados pelo clube baiano. Segundo sua leitura, o colombiano não teria proferido a injúria. “Junto com a fonoaudióloga forense, que é especialista em leitura labial, foi constatado tecnicamente que não existe a palavra negro em nenhuma das frases faladas pelo Ramírez na discussão”, afirma Llanos.
“Conseguimos ver que ele [Bruno Henrique] fala para Ramírez ‘arrombado’ e depois ‘gringo de merda'”.
Outro especialista consultado pelo Bahia, o perito argentino Roberto Niella também emitiu laudo no qual descarta que Ramírez tenha dito a palavra “negro” durante a discussão com Bruno Henrique. As análises do Instituto Brasileiro de Peritos (IBPTECH), do perito baiano Antonio César Morant Braid e do paulista Mauricio Raymundo de Cunto, todos procurados pelo clube baiano, tiveram o mesmo resultado.
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