Segundo o presidente recém-eleito, Lúcio Vieira Lima, a militância está motivada e comprometida em construir um novo projeto para a Bahia, capaz de solucionar os graves problemas que o povo enfrenta.
A Convenção Estadual ocorreu após as Convenções Municipais realizadas em 180 municípios, que constituíram as comissões executivas que vão comandar, em suas jurisdições, os destinos do partido nos próximos dois anos. As Convenções Municipais do PMDB da Bahia foram iniciadas em 25 de outubro e finalizadas em 22 de novembro.
Para Lúcio Vieira, além do caráter institucional, a Convenção Estadual confirmou o sentimento expresso pela militância do partido nos Encontros Regionais, convocados para debater o cenário político baiano. “Os nossos encontros evidenciaram o entendimento de que o PMDB tem o dever de apresentar uma alternativa condizente com as aspirações do povo baiano e que não podemos compactuar com uma realidade que repete hoje práticas de um passado condenado por todos”, afirmou.
Segundo a coordenação do evento, estiveram presentes duas mil e quinhentas pessoas, além dos presidentes convidados, o ex-governador Paulo Souto, do Democratas, do PSC Eliel Santana, do PTB, deputado Jonival Lucas, PRTB, José Raimundo, PSDB, o ex-prefeito Antonio Imbassay, PPS, Miguel Kertzman e do PTC, Rivailton Veloso.
“Ficamos satisfeitos com a presença de todos eles. Porém o mais importante foi à participação popular, coisa que há muito tempo não se vê na história da Bahia”, falou Lucio Vieira ao CN.
Ele afirmou que a convenção foi o momento de arrancada do PMDB, para eleger o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima a governador em 2010 e implantar a partir de 2011, um governo de mudança.
Momento importante – O ex-prefeito de Santo Amaro Genebaldo Correia, destacou a importância da convenção e lembrou que o PMDB participou de três momentos e decisivo na história do Brasil eda Bahia. “A coragem de Ulisses Guimarães na redemocratização do Brasil, a participação na mudança da política baiana com a vitória de Waldir Pires ao governo do estado em 1980 e a eleição de 2004, quando ajudamos a eleger o atual governador Jaques Wagner”, falou Correia, lamentando pela decepção e tratou o chefe do executivo baiano, de “bola murcha”.
Às 10h45, o ministro Geddel chegou ao auditório acompanhado do deputado Michel Temer, presidente nacional do partido e presidente da Câmara Federal e do prefeito de Salvador, João Henrique de Barradas Carneiro e foi recebido com entusiasmo pela platéia, que aclamavam, “ô, ô, ô, Geddel Governador”.
César Borges sentiu-se em casa – Para o senador César Borges (PR), o PMDB realizou uma grande convenção, mostrando inclusive que o partido estar estruturado e “tem uma proposta para disputar com candidato próprio o governo do estado e nós, como outros partidos que estivemos aqui, ainda não temos uma posição definida e estamos conversando, observando os interesses da Bahia e de seu povo”.
Militantes pediram adesão de César – “Ô César, fica aqui”. Foi bastante aplaudido quando disse que se sentia em casa. “Eu estou aqui porque a Bahia clama por um projeto novo”, disse em resposta ao coro que pedia para ele ficar com o PMDB. César Borges reconheceu a importância política do partido para a elaboração do projeto de retomada do desenvolvimento do estado, e relembrou o papel que o partido de Ulisses Guimarães teve no processo de redemocratização do Brasil nos anos 80. “Ulisses foi o grande arauto da democracia no Brasil”.
Na saída, César Borges cumprimentou o ministro, agradecendo o convite e reafirmando a continuidade do diálogo. “Continuaremos com nossas conversas”, disse César Borges a Geddel.
O presidente estadual do Democratas, Paulo Souto falou ao CN que foi convidado para participar do evento e viu uma lição de civilidade política e achou importante que outros partidos de oposição ao governo do estado tenham candidatos e “certamente haverá um momento que estaremos todos juntos e digo isto diante da possibilidade de um segundo turno. Os dois partidos já demonstraram que tem candidatos. Eu acho que uma possível combinação é uma hipótese de segundo turno”.
Presos no elevador – O deputado ACM Neto, Paulo Souto, Imbassahy e o deputado Aleluia, ficaram presos no elevador do hotel até a chegada de um técnico, que compareceu rapidamente a setor de comando e resolveu o problema. Quando a porta abriu, eles saíram sorridentes e andando rapidamente o auditório onde acontecia o evento.
Acusou o PT – O prefeito de Salvador, João Henrique, acusou o seu ex-aliado, o PT, de ter “sabotado por dentro” a sua administração e, seis meses antes da eleição, ter abandonado o Governo. “Foi um parceiro que ficou por três anos e meio no Governo e faltando apenas seis meses para as eleições nos deu um pontapé, depois de nos ter sabotado por dentro”, acusou o prefeito.
João Henrique destacou o apoio recebido pelo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima e o conjunto do PMDB, que lhe permitiram reorganizar o governo após a saída dos petistas e atuar na solução de problemas crônicos enfrentados pela cidade, sobretudo nos bairros do Subúrbio Ferroviário. “O PMDB em Salvador trabalha, sobretudo para os mais pobres e é assim que ele vai trabalhar pela Bahia”, disse o prefeito, numa referência à pré-candidatura do ministro Geddel Vieira Lima ao Governo do Estado.
Presidente nacional do PMDB – O deputado federal Michel Temer e presidente nacional do PMDB, disse que foi positiva a convenção, principalmente por que agregou uma multidão de peemedebistas entre prefeitos, vereadores, vice-prefeitos e também com a presença de lideranças de outros partidos.
Garantiu estar certo de que os baianos elegerão o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, para governador do estado nas próximas eleições. “A multidão que está aqui hoje clama por mais espaço, mas não um espaço físico, e sim um espaço para ver Geddel Vieira Lima prosperar, um espaço na Bahia com Geddel como governador”.
Temer ressaltou também o trabalho do ministro Geddel Vieira Lima à frente do MIN.
“Devo registrar que Geddel faz a Integração Nacional com obras extraordinárias trabalhando por todos os estados brasileiros, mas sei que ele tem o coração voltado para a Bahia. É por isso que revelo o meu apreço por ele e por sua vontade de trabalhar exclusivamente para esse estado”, disse.
Temer garantiu que mantém diálogo entre PMDB e PT e que, “evidentemente, há uma tendência para uma aliança nacional, pois já tem analisado essa possibilidade ao longo do tempo”.
Discurso de Geddel – Falando como candidato, ele reafirmou a decisão de apresentar ao eleitorado baiano uma alternativa ao atual Governo do Estado. “Não me conformo e não posso aceitar a realidade de que homens e mulheres que trabalham pelo desenvolvimento do nosso Estado estejam assustados, trancados em suas casas, enquanto os marginais estão soltos e aumentam os números de homicídios, assaltos, roubos de carro”, disse o ministro em um dos trechos do seu discurso.
Disse que as manifestações expressas pela militância do PMDB durante a Convenção é a resposta definitiva aos que ainda colocam em dúvida a sua decisão em disputar a indicação do partido para se candidatar ao Governo do Estado. “Aqui está à resposta para aqueles que me perguntam por que eu estou trocando uma reeleição fácil para a Câmara Federal ou uma composição para disputar ao Senado com grandes possibilidades de vitória, por uma disputa muito mais difícil. Aqui está a prova de que a Bahia não quer o que está aí. Que marca de político seria eu se não ouvisse essa realidade, se em nome do conformismo renunciasse ao sonho, a esperança de que a Bahia seja melhor para os nossos filhos e para os filhos dos nossos filhos.”
Por: Valdemí de Assis / foto política livre a tarde
Calila Notícias, 21 de dezembro
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