O Senado celebrou em sessão especial no plenário o Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro, que este ano, pela primeira vez, será feriado nacional, graças a uma proposta do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) já transformada em lei (Lei 14.759/2023). O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou o legado de resistência e busca pela dignidade humana deixado por Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, comunidade que serviu de refúgio para escravos no Brasil Colônia e que hoje é um símbolo da resistência negra e da luta pela liberdade.
Geraldo Magela/Agência Senado
Transcrição
O SENADO CELEBROU O DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA EM UMA SESSÃO ESPECIAL NO PLENÁRIO.
O LEGADO DE ZUMBI, LÍDER DO QUILOMBO DOS PALMARES E SÍMBOLO DA LUTA PELA DIGNIDADE HUMANA GANHOU DESTAQUE. – REPÓRTER CESAR MENDES.
Este ano, pela primeira vez, o Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, será feriado nacional. A data remete ao dia da morte de Zumbi, [1695] líder do Quilombo dos Palmares, comunidade situada no atual estado de Alagoas, na região da Serra da Barriga, que serviu de refúgio para escravos no tempo do Brasil Colônia e que se transformou num dos maiores símbolos da resistência negra e da luta por liberdade em nosso país.
Na sessão especial realizada pelo Senado para celebrar a data, o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, explicou que o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra é uma ação educativa simbólica para refletir e agir no combate ao racismo e contra todos os tipos de preconceitos.
(senador Paulo Paim) “Zumbi dos Palmares nos deixou um legado de resistência na busca por dignidade humana. Ele foi o líder da resistência do quilombo dos Palmares, foi preso, assassinado e esquartejado. Os escravocratas sabiam que tinham que apagar o pavio de pólvora que Zumbi deixou por onde passava no combate à escravidão. Ele queria a liberdade de todos.”
Presente à sessão, a diretora Geral do Senado, Ilana Trombka, disse que o senador Paulo Paim é o representante-símbolo das lutas de negros e negras no parlamento; e a deputada federal Lídice da Mata, do PSB da Bahia, saudou, em nome do seu estado, a transformação do 20 de novembro em feriado nacional e destacou a grande manifestação que será realizada nesta quinta-feira, no bairro da Liberdade, em Salvador.
(deputada Lídice da Mata) “Esse bairro negro é o bairro onde está o terreiro que originou o bloco Ilê Aiyê, que registra para o mundo, para o Brasil, a luta antirracista na cultura, no carnaval da Bahia.”
Cleber Santos Vieira, do Ministério da Educação, relembrou o pioneirismo da marcha pelos 300 anos de Zumbi dos Palmares, realizada em 1995 e que reuniu 30 mil pessoas em Brasília para denunciar a ausência de políticas públicas para a população negra. Ele também celebrou a memória do ex-senador Abdias Nascimento, que começava os seus discursos pedindo a proteção do deus Olorum e os encerrava desejando “axé”, que significa “força” no idioma iorubá.
Para Douglas Belchior, professor de história e cofundador da ONG Uniafro Brasil, é importante reconhecer os avanços, mas é preciso conquistar mais direitos para a população negra.
(Douglas Belchior) “É evidente os avanços, mas os avanços são muito menores do que o tamanho da contribuição que o nosso povo deu para que esse país existisse como ele existe hoje. E o papel do movimento social, o papel da sociedade civil organizada é empurrar a história para frente. Seja quem for o gerente dessa máquina chamada Estado, precisa ser empurrado para levar a frente políticas de direitos.”
O feriado nacional no dia da Consciência Negra surgiu de um projeto de lei do senador Randolfe Rodrigues, do PT do Amapá.
Participaram da sessão especial representantes diplomáticos de Angola, Argélia, Canadá, Equador, França, Moçambique, Países Baixos, Reino Unido, Trinidad e Tobago e Zâmbia. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.
para o A Gente Diz – Postagem de Antonio Novais Torres
Credito a obra e ao artista
*
-
ROMEU FERREIRA FILHO, artista plástico, pintor, desenhista, escultor, muralista, arteterapeuta, arteeducador.
-
Natural de Itapetinga, Bahia, nascido em 04 de abril de 1952, reside em Vitória da Conquista- Bahia desde 1955, filho de Romeu Ferreira de Melo e Maria dos Santos Melo, irmãos, Vilma dos Santos Melo e Fernando José Ferreira de Melo, quatro filhos fruto de dois casamentos, o primeiro casamento com Janice Novaes Gusmão, filhos Wallace e Vanessa, atual casamento com Margarida Borge
-
Graduado em Estudos Sociais e História pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Especialista em Arte Barroca pela UFOP, e em Saúde Mental pela UFRJ. Anos 80 participou do movimento estudantil na UESB, militante Trotskista, na tendência Liberdade e Luta, contra a ditadura vigente no país
Deixe seu comentário