Câmara de Conquista promove audiência pública em homenagem ao Dia do Maçom. Em sessão especial realizada em 03 setembro.
“O Dia Nacional do Maçom é celebrado a cada 20 de agosto no Brasil, uma data que homenageia a Maçonaria e sua participação histórica na Independência do país em 1822, com o envolvimento de figuras como Gonçalves Ledo. A escolha do dia remonta a 1822, quando ocorreu uma sessão histórica entre Lojas maçônicas no Rio de Janeiro, resultando na aprovação de um discurso de Ledo sobre a Independência.”
, A Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) promoveu uma audiência pública em homenagem ao Dia do Maçom. O evento aconteceu na quarta-feira, 03 de setembro, no plenário Vereadora Crmem Lúcia, representntes das pricipais lojas maçônicas de Vitória da Conquista estiveram presente
A audiência pública foi aberta pela vereadora Gabriela Garrido (PV), que ressaltou a importância da maçonaria na construção da sociedade e destacou como os desafios atuais. “Os maçons são livres e constroem entre si princípios de liberdade, democracia, igualdade, aperfeiçoamento intelectual e fraternidade, que inspiram também a defesa da justiça social, da cidadania e da dignidade humana”, afirmou.
Orlando Dias, diretor da Fraternidade Conquistense, ressaltou a importância da maçonaria na história e na formação da sociedade, destacando seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Ele afirmou que a instituição vai além de uma ordem filosófica, funcionando como uma escola de civismo que incentiva o amor à pátria, o respeito às leis e a prática da caridade, com atuação discreta, mas de grande impacto, especialmente por meio de obras sociais e filantrópicas que beneficiam a comunidade.
Patrick Eugênio Mendes Carvalho, mestre da loja maçônica Construtores das Sete Virtudes, destacou que o Dia do Maçom celebra as virtudes da maçonaria, como o amor fraternal, o amparo e a busca pela verdade, princípios que fortalecem os laços entre os irmãos, incentivando a ajuda aos necessitados e orientando as escolhas na sociedade. Ele ressaltou que esses valores transformam vidas e contribuem para a construção de uma comunidade mais justa, solidária e comprometida com o bem-estar coletivo.
Pablo Hernández de Sousa Vieira, mestre da loja maçônica Guardiões do Civismo, destacou a importância do Dia do Maçom como momento de celebração e reflexão sobre a história e os princípios da maçonaria. Ele afirmou que, em sua essência, a maçonaria é uma instituição filantrópica, progressista, educativa e filosófica, e que este é um momento para refletir sobre como cada maçom e cada loja têm praticado esses valores. Ressaltou a necessidade de “superar preconceitos, promover a união entre irmãos e lojas, e fortalecer a irmandade, a verdade e a igualdade”, lembrando que a maçonaria faz parte da sociedade e deve atuar em prol do progresso, do bem comum e da preservação de seus princípios históricos.
Eloísio Gonçalves Meira, mestre da loja maçônica Independência e Progresso, destacou a importância da união entre os povos. Segundo ele, a maçonaria tem como objetivo proclamar a unidade sem distinção de raça, cor, credo ou posição social. Ele reforçou que a missão da ordem é aproximar as pessoas, mesmo diante das dificuldades da convivência humana. “Embora aconteçam muitas desordens e reclamações entre os povos, o objetivo da maçonaria é trazer essa unidade a cada um de nós”, afirmou.
Representando a loja maçônica Razão e Força, Wallace Dias destacou que essa data não é apenas uma celebração, mas um convite à reflexão sobre os valores da ordem e o papel de cada indivíduo na construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Ele também prestou homenagem ao irmão Benjamin Nunes Pereira, recentemente falecido, “o irmão Benjamin foi, em vida, um verdadeiro obreiro da paz, um irmão que não precisava de títulos ou honrarias”, declarou.
Lucas Sampaio, mestre da loja maçônica Semente de Luz, trouxe em sua fala uma reflexão sobre o significado de ser maçom no século XXI e nos anos futuros. Ele destacou que a maçonaria deve ser entendida como um espaço de serviço, onde o trabalho realizado é fonte de alegria, vitalidade e discernimento. Para ele, mais do que orgulho, a vivência maçônica deve ser guiada pela honra, entendida como responsabilidade diante da sociedade. “Não estamos de férias aqui, estamos à serviço”, afirmou.
Vladimir Dias, mestre da loja maçônica União e Liberdade Conquistense, abordou que os maçons têm um papel fundamental na sociedade, sendo exemplo e promovendo transformação. “Nós que somos maçons temos o conhecimento da maçonaria, e esse conhecimento é posto para exercer a transformação na sociedade, que só pode ser feita através de muito trabalho, trabalhando a nós mesmos e aos outros para construir uma sociedade mais justa e perfeita”, afirmou.
Wellington Lima Neri, representando a loja maçônica Deus de Caridade e Amor, ressaltou a importância do Dia do Maçom e dos princípios que norteiam a instituição. Ele afirmou que “ser maçom é assumir e servir a humanidade, praticar as virtudes e difundir a luz do conhecimento” e destacou que a data inspira a construção de um mundo mais justo e fraterno, honrando a confiança depositada em cada membro da ordem.
O palestrante Danilo Bruno destacou a importância da educação maçônica e o papel transformador da maçonaria na sociedade. Ele afirmou que a maçonaria é uma “escola de moral”, onde se busca ser um bom cidadão, servir à sociedade e transmitir valores por meio do exemplo. Danilo ressaltou a atuação histórica da Fraternidade Conquistense, que completa 80 anos de trabalho ininterrupto na formação de maçons e na promoção do bem-estar coletivo, enfatizando que a construção diária, contínua e fundamentada nos princípios maçônicos, como fé, fraternidade e trabalho, é o que garante a transformação da sociedade e a preservação dos ensinamentos.
Ao final da audiência, foi realizada uma homenagem póstuma para Benjamim Nunes, membro da maçonaria, destacando sua vida marcada pela fraternidade, dedicação e amor à cultura. Escritor, ensaísta, jornalista e membro ativo da vida política e cultural de Vitória da Conquista, Nunes ocupava a cadeira número 30 da Academia Conquistense de Letras e era reconhecido por sua vasta produção literária como cronista, contista, tradutor e romancista.
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