No dia 25 de setembro de 2025, o Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA), em parceria com associações e grupos de pessoas com fibromialgia, vai realizar um importante momento de diálogo e mobilização em defesa de direitos e da inclusão. O encontro acontece das 08h às 12h, no Auditório Jorge Calmon, na Assembleia Legislativa da Bahia (CAB).
A atividade busca ampliar o debate sobre a fibromialgia, doença crônica caracterizada por dores musculoesqueléticas generalizadas, que podem vir acompanhadas de fadiga, distúrbios do sono, alterações de memória, rigidez matinal e dificuldades de concentração. Os sintomas variam em intensidade, mas em geral impactam de forma significativa a qualidade de vida, gerando limitações físicas, emocionais e sociais.
Apesar de afetar milhões de pessoas no Brasil e no mundo, ainda são grandes os desafios enfrentados por quem convive com a síndrome, como o preconceito, a falta de compreensão social e as barreiras de acesso a direitos e cuidados adequados.
De acordo com a presidente da Associação de Pessoas com Fibromialgia de Salvador, Silvia Ribeiro, é importante reconhecer a fibromialgia como deficiência.
“É uma reparação histórica para nós que, por muitos anos vivenciamos a falta de acesso às políticas públicas de cuidado e assistência social, estigmas e discriminação que estruturaram a perda significativa da qualidade de vida. Que a Bahia continue avançando na inclusão da fibromialgia em ações de conscientização e de cuidado.”, afirma.
Para Patrícia Galvão, presidente da Associação de Fibromialgia de Camaçari, o reconhecimento da doença é também um passo fundamental para combater o preconceito e ampliar o acesso ao cuidado.
“Muitas vezes, as pessoas não enxergam a fibromialgia porque ela não deixa marcas visíveis. Mas a dor é real e constante. Esse encontro é essencial para que possamos mostrar que não estamos sozinhos e que precisamos de políticas públicas que respeitem nossa condição”, ressalta.
A mobilização social é fundamental para dar visibilidade à pauta e pressionar por políticas públicas que garantam dignidade, respeito e inclusão. O evento será um espaço de escuta, troca de experiências e construção coletiva de propostas, reunindo representantes de entidades, profissionais de saúde, gestores e a comunidade em geral.
“Fortalecer a luta das pessoas com fibromialgia significa ampliar vozes, reduzir desigualdades e garantir que essa condição seja tratada com a seriedade que merece”, destaca o presidente do CES-BA, Marcos Gêmeos.
A atividade também tem o apoio da Deputada Estadual, Maria Del Carmen, autora das leis 14.364/21, que instituiu o 12 de maio como Dia Estadual de Conscientização sobre a Fibromialgia, e 14.886/2025, que criou o Programa Estadual de Cuidados e reconheceu a fibromialgia como deficiência na Bahia.
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Hillary Fonseca
ASCOM CES-BA
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