ARTIGO: FACEBOOK SERVE À EDUCAÇÃO POLÍTICA?

 

                                                                                                                                               PAULO PIRES
Alguns contatos no meu FACEBOOK declaram-se – com  alguma razão – avessos a candidatos que utilizam
o FACEBOOK como instrumento para divulgação de Campanha Eleitoral.

Em tese esses contatos – ou pessoas – estão corretos. É desagradável e recriminável pensar que um ser humano se  tornou “amigo” de outro por intermédio dessa Rede Social com o objetivo mesquinho de obter deste, vantagens  ou  apoio para sua campanha eleitoral.

Por outro lado cabe perguntar:  E as campanhas políticas que picham muros, despejam pelas ruas milhares de santinhos, usam poderes econômicos descontrolados, injetando recursos também sem controle em  cabos eleitorais, dinheirama em faixas, outdoors, enfim, sujando o ambiente em todos os pontos do município?  O que dizer desses candidatos?

O autor deste comentário, também candidato,  tal qual ocorre com a grande maioria, declara-se sem recursos para realizar sua campanha. Não tenho dinheiro para  arabescos e balangandãs e  diante dessa penúria pergunta:  O que fazer?

Seria possível fazer uma campanha política por Transmissão de Pensamento?  Ou é viável  utilizar nuvens,   brisas e ventanias para anunciar nossas candidaturas?

A gente tem o dom de estar em todos os lugares? A área do Município é maior que alguns países europeus. E aí como fazer?

Estou sem compreender o que pretendem  as  pessoas  que  estão repudiando  o  FACEBOOK.  Qual a proposta delas?

Se o candidato não tem recursos e tem apenas um instrumento como esse para divulgar sua campanha, será que esses candidatos e candidatas estão errados?

Gostaríamos de contar com a criatividade dos críticos do FACEBOOK para implementarmos uma campanha limpa.

Não podemos deixar de reconhecer que os críticos desse instrumento e por algum motivo apresentam alguma razão. Mas, nesse caso,  só quando se  verifica  que alguns candidatos ADCIONARAM  o máximo de  pessoas ao seu FACEBOOK com o intuito exclusivo de criar um campo de divulgação mais abrangente para suas campanhas.

Diante desse tipo de gente, pode-se considerar recriminável e desagradável tal comportamento.

Declaro  ter em meu FACEBOOK  quase de três mil e trezentas pessoas.  Informo àqueles que não me conhecem pessoal ou profissionalmente que NÃO votem em mim. Não é recomendável votar em quem não gosta e em quem não confia.

O eleitor, em minha visão, pelo menos o eleitor consciente, jamais deve ou deveria votar em quem NÃO confia.

Eu mesmo só voto em quem me inspira confiança.  Fora disso não há salvação.

 

Precisamos colocar em nossa Política gente  que NÃO faça dela um meio de vida.

 

Política é algo que está em nosso meio para melhorar a vida de todos. Quando nos depararmos com Político que se utiliza dessa atividade para melhorar só a vida dele  (e isso é notório, em grande parte) é melhor ficar de olho.

Quanto ao FACEBOOK, até que me apresentem algo melhor, menos poluidor e menos oneroso, continuarei usando.

 

Os que não gostarem, por favor, não se culpem. Excluam-me do rol dos seus contatos.  Deletem-me, risquem meu nome dos seus cadernos, façam o que quiserem. Eu os perdôo.

 

Saudações de Paulo Pires