ARTIGO; PEQUENA HOMENAGEM A UM CASAL ESPECIAL

 

Casal que estava junto há mais de 60 anos morre de mãos dadas nos EUA

 

Yahoo Notícias – Foto: Orleans Hubcontrato

Em uma história típica de filmes, um casal de idosos morreu de mãos dadas em Nova York, nos Estados Unidos. Ed Hale, de 83 anos, havia prometido à mulher, Floreen Hale, que nunca a deixaria. Mesmo estando em hospitais diferentes, eles foram colocados juntos momentos antes da morte.

Ambos foram internados em janeiro em estado grave. Ed tinha um problema na perna e foi levado primeiro; poucos dias depois Floreen foi internada com graves problemas cardíacos. Inconformado com a distância, ele implorou para a filha, Renne, que o coloca-se em contato com a mulher.

“Ele disse ‘preciso ver sua mãe, preciso falar com sua mãe. Estou morrendo, eu preciso

vê-la’. Foi o pior dia da minha vida”, conta Renee.

Com uma pequena melhora em seu quadro, Ed foi transferido para o hospital no qual estava Floreen e colocado em uma cama ao lado dela. Os dois trocaram juras de amor e, poucos momentos depois, ela morreu. Ed não deixou a esposa e, de mãos dadas com ela, morreu 36 horas depois com piora grave em seu quadro.

Os dois se conheceram em 1952, em uma festa no bairro em que morava em Nova York. A história revelada pelo New York Daily News em sua edição desta sexta-feira (21) de fevereiro de  2014 – aconteceu na última semana. O casal foi enterrado junto no último dia 13  deste mesmo mês.

 

Histórias desse teor são muito raramente tornadas públicas, embora existam aos montes, pois, a energia que perpetuou a espécie humana no planeta, tenho certeza, foi certamente o amor…

Naturalmente que este tipo de relacionamento afetivo não deixa de ser raro, mas, são inúmeros, tenho exemplos numerosos destes casais que se amaram até os últimos dias, dentro da minha própria família, e alguns ainda estão vivos. Como meus tios: Filó e Celina, quando os visito, não sei por que! Sinto-me extremamente bem… Eles irradiam tranquilidade e segurança…

Em homenagem ao amor demonstrado até nos últimos momentos:

Pelo casal Ed Hale e Floreen Hale

Dedico-lhes este poema:

 

O CANTO DO CISNE                                   

 

 

Quem perde um grande amor é como Ahasverus, o judeu errante…

Ou como um triste Cisne no seu último canto.

 

 

A última procura…

Donde estás? Que nem o teu vulto amigo eu vejo mais,

Airosa, e gentil ninfa vaporosa.

 

O sofrimento…

Minha alma ferida profundamente, se entristeceu,

Meu coração se esvai em dor.

 

A amargura…

Vejo-te partindo, lá no distante horizonte do amor,

Deixando atrás de ti, o teu doce perfume.

 

O abandono…

Estou sozinho, nas margens, com o olhar perdido ao longe,

Na esperança de ver o teu sorriso antigo.

 

A dor…

Alma minha gentil, de tempos que já não voltam mais,

A lembrança do teu sorriso me fere a alma.

 

A solidão…

O vazio do infinito preenche meu Ser,

Ao redor de mim, nunca mais um Colibri baterá suas asas ligeiras.

 

O pesadelo…

Meus sonhos não são mais meus sonhos,

Meu Ser vagarosamente perde a esperança…

 

O silêncio…

Escuto o profundo e longo silêncio da despedida,

Minha alma estremecida dá um silencioso grito de dor.

 

O desespero…

Agora compreendo o desespero do Cisne solitário,

Seu último canto silencia toda a natureza, e depois a si próprio.

 

O amor…

É algo que nos machuca, e nos fere lá no fundo da alma,

Mas, continua sendo o amor…

 

 

 

O rumo…

Sou o marinheiro que em alto mar perdeu sua bússola,

E na procela, só vê o abismo do mar profundo ao seu redor.

 

Meu viver…

Vejo minha vida se esvaindo, lentamente pelos caminhos da dor… Lágrimas silenciosas consolam meu coração e minha alma. A tristeza é minha companheira de todos os momentos,

Tua sombra acompanha meus passos, volto, e não te vejo mais… Tuas lembranças rondam o meu sono, e faz minhas noites insones.

 

Sinto-me só, desesperadamente só…

 

Vitória da conquista, 17 de junho de 2009

Edimilson Santos Silva Movér