Corpo do ex-prefeito Celso Pitta é enterrado na zona oeste de SP

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Por – KARLA LOSSE MENDES
Colaboração para a Folha Online

O corpo do ex-prefeito Celso Pitta (PTB) foi enterrado por volta das 17h40 deste sábado no cemitério Getsêmani, no Morumbi, zona oeste da cidade. Pitta morreu ontem, às 23h50, vítima de câncer no intestino.

Ele estava internado desde o último dia 3 no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde fazia o tratamento contra o tumor, descoberto em janeiro deste ano, quando foi submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor no intestino e iniciou o tratamento com quimioterapia.

A cerimônia foi acompanha por cerca de 50 pessoas, incluindo a mãe de Pitta, Zuleica, e seus filhos. Durante o velório, uma bandeira do PTB foi colocada sobre o corpo do ex-prefeito.

O deputado Paulo Maluf (PP), padrinho político de Pitta, enviou um telegrama de pêsames à família do ex-prefeito. “Nossos pêsames pelo falecimento de Celso Pitta, que lamentamos”, diz o telegrama assinado por Maluf.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), também lamentou a morte de Pitta. “Meus votos de pesar à família e aos amigos em um momento que todos nós sabemos que é muito difícil”, disse Kassab por meio de sua assessoria.

Pitta administrou a Prefeitura de São Paulo no período de 1997 a 2000. Sua gestão foi marcada por uma série de denúncias. A principal delas foi o esquema de corrupção batizado de ‘escândalo dos precatórios’.

Ele acabou afastado do cargo por 18 dias –sendo substituído por seu vice-prefeito, Regis de Oliveira–, mas retomou o cargo em seguida. Concorreu a deputado federal e perdeu em duas ocasiões, mas manteve sua filiação ao PTB.

Em julho do ano passado, Pitta foi preso pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Satiagraha, que investiga crimes financeiros atribuídos ao banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity. O ex-prefeito e os demais investigados presos foram soltos depois.

A investigação da PF resultou em uma denúncia do Ministério Público Federal, que acusou Pitta por corrupção passiva, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e organização criminosa. Todos os pedidos foram integralmente aceitos pela Justiça Federal.

O advogado Remo Battaglia, que defendia Pitta, afirmou que todos os processos contra o ex-prefeito vão continuar para a apurar a responsabilidade dos supostos crimes ou irregularidades. Porém, a possibilidade de punição acaba com a morte. Battaglia não soube dizer quantos processos tramitam na Justiça contra Pitta.