O governador Jerônimo Rodrigues, durante discurso na abertura do Festival Nosso Futuro, em Salvador, destacou a relação entre da Bahia com a África e com a França e, diante do presidente francês Emmanuel Macron, rememorou como se deu a chegada dos africanos escravizados à Bahia. No mesmo local, na região do Museu de Arte Moderna (MAM), o petista disse que o evento na capital baiana serviria para contruir outra relação com o continente africano.
“Eu quero dizer que hoje é muito importante para a história da Bahia a sua vinda e esse encontro com o Benim aqui em Salvador, na nossa capital. Nós começamos com um passeio, uma visita à casa de Pierre Verger, aquele que contribuiu para apresentar ao mundo a nossa história, o nosso povo preto, o povo de terreiro. O mundo conseguiu pelas imagens de Pierre aquilo que nós não teríamos condições de fortalecer a imagem desse povo”, disse Jerônimo, dirigindo-se a Macron.
Ele falou sobre a passagem da comitiva pela Casa do Benin: “E mais uma vez ali nós passeamos pela África e a contribuição da África para a nossa origem e para a nossa história com o povo brasileiro e baiano”. Ao referir ao MAM, declarou: “Eu estou aqui, nesse museu de arte moderna, aqui Presidente, a 10 metros é o mar. Foi por aqui que os escravos chegaram, foi por aqui que nós construímos a nossa relação com a África e hoje a gente volta aqui para promover o encontro da juventude, para discutir o nosso presente, mas é um festival do futuro”.
Jerônimo então salientou a responsabilidade de Macron e de outros líder mundiais durante a COP 30. “Sua missão aqui junto com os presidentes que compõem o nosso planeta: vocês estarão amanhã na COP30, que nós estamos falando do presente e do futuro. A responsabilidade de vocês, presidente, é muito grande, com essa geração que vive hoje e com as gerações futuras. O presidente Lula foi um homem muito corajoso em trazer para o Brasil de levar para a região norte, um encontro internacional. Uma região que não tem a infraestrutura de hotéis, de restaurantes e de mobilidade. Mas por esse conceito nós nunca faríamos um encontro se não fosse a coragem do presidente Lula”.
Conteudoweb /BocãoNewsPorThiago Teixeira e Davi Lemos
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