A tensão na Bolívia após a confusa apuração nas eleições do país aumentou no sábado (2). Em comício, o líder opositor, Luis Fernando Camacho, chamou os militares a intervir na crise política. Camacho, que é chefe líder do Comitê Cívico de Santa Cruz, deu um ultimato ao presidente Evo Morales para renunciar o seu cargo em 48 horas.
Durante o discurso, Camacho leu uma carta as forças armadas do país para estarem ao ‘lado do povo’. A oposição não reconhece a vitória de Evo Morales nas eleições que aconteceram no dia 20 de outubro. Na qual deu o quarto mandado seguido ao presidente, que está no poder desde 2006.
O discurso de Camacho ligou o alerta do governo boliviano. Evo Morales anunciou que vai se reunir com sindicalistas e funcionários para criar um plano contra a declaração do líder opositor. Já o ministro de Governo, Carlos Romero, deu uma resposta mais dura. “Aquele que pede intervenção militar está pedindo sangue e morte”, declarou.
A oposição boliviana exige a anulação da votação e novas eleições gerais e acusam Morales de ter manipulado o resultado da votação. Durante a apuração, o sistema de contagem ficou paralisado por 20 horas e, quando retomado, trouxe uma mudança inexplicável, que foi questionado pela OEA (Organização dos Estados Americanos). O resultado das eleições aumentou os protestos na Bolívia que levou a morte de dois manifestantes e mais de 140 feridos.
Deixe seu comentário