O Pais dos espertalhões – Justiça alcançar bens de bilionário baiano, o JC

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Minerador João Cavalcanti tem parte de coleção de carros penhorada

‘JC’ é um dos homens mais ricos do país e fez negócios com Eike Batista.
Ação visou cumprimento de carta precatória no valor de R$ 3 milhões.

Conhecido por construir fortunas com a descoberta de minério de ferro no país, entre elas, as de Serra do Ramalho e de Caetité, na Bahia, o geólogo João Carlos de Castro Cavalcanti, o “JC”, como é conhecido, teve cinco de seus veículos apreendidos para penhora por conta de uma dívida de mais de R$ 3 milhões. “JC” é considerado um dos homens mais ricos do país e fez negócios com nomes como Eike Batista, Daniel Dantas e os Ermírio de Moraes.

Com escolta da Polícia Militar, oficiais de Justiça cumpriram a decisão nesta sexta-feira (9), na mansão onde mora, no condomínio Encontro das Águas, na cidade de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador.

De acordo com informações do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a ação que promoveu a apreensão tramita na 2ª Vara Cível de Lauro de Freitas. O processo foi movido pela empresa de investimentos Latour Capital Partners do Brasil, que tem sede em São Paulo, e segue em segredo de Justiça.

Em contato com o G1, os advogados que representam a empresa, Victor Pinto e Alan Bahia, apontaram que o processo contra o empresário foi aberto na 44ª Vara Cível, do Foro Central Cível da Comarca de São Paulo. Segundo eles, Jõao Carlos de Castro Cavalcanti é alvo do cumprimento de uma carta precatória, que cobra dívidas R$ 3.159.619,25.

O valor, segundo os advogados da empresa Latour, é referente a um desacerto contratutal do geólogo com a empresa de investimentos. “No ano de 2011, assinaram [João Cavalcanti e Lauter] um termo de compromisso de se tornarem sócios. Ele desistiu do negócio e isso gerou um dívida”, afirma Victor Pinto.

O contrato entre as partes, segundo Pinto, teria custo de R$ 45 milhões. Diante da desistência, o empresário, que é geólogo, deveria devolver à empresa pouco mais de R$ 2 milhões, valor que, após quatro anos, foi atualizado para R$ 3 milhões.

Na carta precatória, a Justiça definiu a apreensão de oito veículos. Na maioria, relíquias que fazem parte da coleção do empresário, como um Cadillac ano 1956. Em decisão, a Justiça autorizava arrombamento e reforço policial, em caso de necessidade.

A Polícia Militar disse que agentes da 52ª Companhia Independente (CIPM) acompanharam a ação da Justiça para garantir segurança. A ação foi cumprida sem intercorrências.

Os advogados da empresa reclamante ressaltaram que na casa do empresário foram localizados apenas cinco dos oito carros que integram a decisão judicial.

Até a publicação desta reportagem, o G1 não conseguiu contato com João Carlos de Castro Cavalcanti, que não estava em casa no momento do cumprimento da ação.

Este enriqueceu na Bahia   e virou as costas para sua gente e suas raízes sertanejas