Pesquiss apontam que a corrupção aumentou no Brasil

Para 48% dos brasileiros, corrupção aumentou no país

manifestação
Onda de protestos registrados em várias cidades do Brasil
– Quase cinco em cada dez brasileiros (48%) acreditam que a corrupção aumentou no Brasil nos últimos dois anos, um número menor que a média no continente americano, onde 58% da população acha que seu país está mais corrupto.Na América Latina, o recorde está na Argentina, onde 72% dos habitantes acreditam que a corrupção cresceu desde 2010, apontou um relatório divulgado hoje pela ONG Transparência Internacional (TI). O Uruguai tem a menor porcentagem da lista de países da região, 43%.O diretor regional para as Américas da TI, o mexicano Alejandro Salas, explicou, em entrevista à ANSA, que muitas vezes é difícil para a população entender que a corrupção é um problemas de todos. “Eles pensam que é um problema do governo”, disse.

“As pessoas comuns estão começando a fazer essa conexão entre qualidade de vida e maus serviços e corrupção”, umas razões que ele aponta para a população brasileira ter ido às ruas nas últimas semanas. “Eles estão entendendo que a corrupção afeta a vida deles”, acrescentou.

Para Salas, os políticos que pretendem vencer as eleições no Brasil no ano que vem precisam lutar contra a corrupção e tomar atitudes concretas. “Os brasileiros não ficarão felizes só com palavras”, defendeu. “O Brasil é um líder no que diz respeito ao futebol e pode ser um líder contra a corrupção”, concluiu o diretor regional.

Pesquisa – Ainda de acordo com o relatório “Barômetro da Corrupção Global 2013″, as pessoas não acreditam que seus governos estejam lutando o suficiente contra a corrupção. Além disso, cerca de 54% dos entrevistados acham que o governo é completamente, ou em grande parte, dirigido por grupos que agem de acordo com seus próprios interesses em detrimento do bem da sociedade.

Nem todos os números são negativos, no entanto. Quase nove em cada dez pessoas dizem que estão preparadas para mudar a situação e que lutariam contra a corrupção se fosse preciso.

“Os governos precisam levar este pedido contra a corrupção de seus cidadãos a sério e responder com ações concretas para elevar a transparência e a confiança”, explicou a presidente da ONG, Huguette Labelle, em um comunicado.

A ONG consultou mais de 114 mil pessoas em 107 países. (Ansa Brasil)

Sarah GermanoSão Paulo