PMVC prorroga Mostra de desfiles antigos da Semana da Pátria: um novo olhar no Sete de Setembro, que seria realizada 7 de Setembro para o dia 15

A tradicional  Semana da Pátria, que antecede ao grande desfile que ocorre no  7 de Setembro, com mostras, palestras, oficinas e atividades laborais que remete ao desfechos históricos dos atos e contextos da história de nosso país a partir do grito da independência proclamado pelo Imperador D. Pedro I, por conta da Pandemia vem ocorrendo algumas intervenções  na realização praticamente em todo o pais.

Em Vitória da Conquista, como nos mais de 5 mil municípios em todo o pais, ocorreram  algumas intervenções para sua realização . A Secretaria Municipal de Educação (Smed) informa que a mostra “Semana da Pátria: um novo olhar no Sete de Setembro”, que aconteceria na terça-feira (7) foi adiada para o período de 15 a 19 de setembro.

A mostra acontecerá no mesmo local, na Alameda Dom Celso José (em frente à Catedral), e será composta de uma exposição com uma retrospectiva de desfiles cívicos realizados pela Prefeitura de Vitória da Conquista, representada por meio de peças que fizeram parte desses desfiles e de fotografias.

A mostra ficará aberta à visitação do público das 8h às 18h, respeitadas todas as normas de segurança e prevenção à Covid-19.

no de 15 a 19 de setembro. em Vitória da Conquista BA

 

 

Conheça o contexto de nossa história

Quem declarou a Independência do Brasil e por quê?

Como falado anteriormente, foi Dom Pedro I quem declarou a Independência do Brasil, em 1822. Mas, a dúvida que fica é: por que ele fez isso? Para entendermos melhor, vamos voltar um pouco no tempo e observarmos o contexto histórico e os motivos que o levaram a tomar essa decisão.

Pedro I do Brasil ou Pedro IV de Portugal, era filho de D. João VI e Carlota Joaquina, que se tornaram rei e rainha de Portugal em 1816. Em 1821, seu pai teve que voltar para seu país de origem e Pedro tornou-se regente do Brasil.

A relação entre Brasil e Portugal

Na época, havia uma tensão entre Brasil e Portugal por conta de algumas medidas adotadas por Portugal. No mesmo ano da independência, em janeiro de 1822, os portugueses estavam exigindo o retorno de Dom Pedro para seu país. Os brasileiros, que eram contra essa decisão, reuniram milhares de assinaturas pedindo para que o regente ficasse.

Assim, no dia 9 de janeiro de 1822, ocorreu um evento que ficou conhecido como o Dia do Fico, em que Dom Pedro decidiu continuar no Brasil e falou aquela famosa frase: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico!”. Assim, a relação entre Brasil e Portugal, que já estava estremecida, caminhou ainda mais para uma ruptura definitiva.

Acontecimentos que resultaram no grito de Independência

Em agosto do mesmo ano, a corte portuguesa tentou mais uma vez exigir o retorno de Dom Pedro, enviando juntamente com essa mais uma ordem, de que uma série de medidas que estavam vigentes no Brasil deveriam ser revogadas por serem consideradas por eles como privilégios.

A mensagem chegou primeiro para Leopoldina, esposa de Dom Pedro I, que estava como regente, já que ele estava em São Paulo. Ela, então, convocou uma sessão extraordinária, que foi presidida por José Bonifácio (conselheiro de Pedro), e assinou uma declaração de independência.

Em seguida, ela escreveu uma mensagem e pediu que entregassem a Pedro com máxima urgência. A partir daí, conta a história oficial que ele recebeu a carta no dia 7 de setembro, quando estava às margens do Rio Ipiranga, localizado na cidade de São Paulo, e que lá deu o grito de “Independência ou morte!”.

Como ficou o Brasil depois da Independência?

Pouco mais de um mês após a declaração de independência, no dia 12 de outubro de 1822, Dom Pedro, que até então era príncipe de Portugal, foi aclamado Imperador do Brasil e coroado em dezembro do mesmo ano, tornando-se oficialmente Dom Pedro I.

Vale dizer que a independência não foi aceita rapidamente por Portugal e nem mesmo por todos os brasileiros. Em várias regiões do Brasil houve rebeliões de pessoas que se mostravam leais ao país colonizador, como no Maranhão, Pará, Bahia e na Cisplatina (território que atualmente é o Uruguai).

Já os portugueses apenas aceitaram a separação três anos depois, em 1825, após a firmação de um acordo entre os dois países. A partir daí, ficou definido o surgimento do Brasil como uma nação e a nacionalidade do brasileiro, o estabelecimento de uma monarquia, a ampliação do sistema de escravidão e o pagamento de uma indenização de dois milhões de libras a Portugal, dando início à dívida externa brasileira.

O Império do Brasil teve duração de 77 anos, período que é dividido entre:

  • Primeiro Reinado – Iniciou em 1822 e contou com Dom Pedro I como imperador, que, em 1831, abdicou ao trono.
  • Período Regencial – Entre 1831 e 1840, o Brasil ficou sem um imperador, sendo governado por diferentes regentes.
  • Segundo Reinado – Em 1840, Dom Pedro II (filho de Dom Pedro I e de Leopoldina), com apenas 14 anos de idade, assumiu o Império do Brasil após um acontecimento que ficou conhecido como Golpe da Maioridade.

Dom Pedro II permaneceu no poder por quase 50 anos e os planos eram de que ele passasse o poder para sua filha, a Princesa Isabel, que daria início ao Terceiro Reinado. Entretanto, a Proclamação da República, que foi liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca, ocorrida em 15 de novembro de 1889, colocou fim à monarquia no Brasil.

O que foi a República Velha?

Como citado anteriormente, a chamada República Velha é conhecida pelos historiadores como Primeira República. O início desse período ficou marcado pela Proclamação da República, processo que levou Deodoro da Fonseca a assumir o cargo de presidente. De 1889 a 1894, houve a chamada República da Espada.

A República Velha teve 13 presidentes ao todo e outros dois que não assumiram o cargo. Esse período se caracterizou pelo clientelismo, mandonismo e coronelismo. O arranjo político das oligarquias estava baseado na política dos governadores e na política do café com leite.

Durante esse período, o Brasil passou por uma fase de desenvolvimento industrial embrionário que levou ao nascimento do movimento operário brasileiro. Houve diversas revoltas no país motivadas em parte pela desigualdade social e a corrupção. O acontecimento que precipitou o fim da República Velha foi a Revolução de 1930, fato que inaugurou a chamada Era Vargas.

República Velha: contexto histórico

Em 15 de novembro de 1889, ocorreu a Proclamação da República que deu início ao período da República Velha. Na manhã desse dia que entrou para a história, o marechal Deodoro da Fonseca liderou os militares em uma ação que derrubou o Visconde de Ouro Preto do Gabinete Ministerial. Logo em seguida, no mesmo dia, o vereador do Rio de Janeiro, José do Patrocínio, proclamou a República.

Deodoro da Fonseca foi escolhido como presidente provisório e, em 1891, foi eleito presidente para um mandato de quatro anos. Contudo, ele renunciou ao cargo, sendo sucedido pelo marechal Floriano Peixoto, seu vice. Peixoto permaneceu no cargo até 1894. O período entre os anos de 1889 e 1894 foi chamado de República da Espada por ter tido o governo de dois presidentes militares.

Presidentes da República Velha

A República Velha (1889-1930) teve, ao todo, treze presidentes que assumiram o cargo, veja quais são eles a seguir. Durante esse período, dois presidentes não assumiram por questões de saúde ou de política.

  • Deodoro da Fonseca (1889-1891);
  • Floriano Peixoto (1891-1894);
  • Prudente de Morais (1894-1898);
  • Campos Sales (1898-1902);
  • Rodrigues Alves (1902-1906);
  • Afonso Pena (1906-1909);
  • Nilo Peçanha (1909-1910)
  • Hermes da Fonseca (1910-1914);
  • Venceslau Brás (1914-1918);
  • Delfim Moreira (1918-1919);
  • Epitácio Pessoa (1919-1922);
  • Artur Bernardes (1922-1926);
  • Washington Luís (1926-1930).

Presidentes eleitos que não assumiram o cargo

Rodrigues Alves foi eleito para um segundo mandato em 1918, porém, não pode assumir por ter contraído gripe espanhola, após algum tempo faleceu. O vice de Alves assumiu o cargo para que fosse possível realizar uma nova eleição na qual Epitácio Pessoa foi eleito. O segundo presidente eleito que não assumiu o cargo foi Júlio Prestes devido à ocorrência da Revolução de 1930.

Principais características da República Velha

O período da República Velha ficou marcado na história especialmente pelo domínio exercido pelas oligarquias. Oligarquias eram grupos pequenos, quase sempre associados à agricultura e pecuária, que detinham o poder político e econômico.

As práticas que permitiam o controle das oligarquias no Brasil ficaram conhecidas como: mandonismo, coronelismo e clientelismo. Saiba mais sobre cada uma delas abaixo.

Mandonismo

Nome dado ao controle que algumas pessoas exercem sobre outras pelo fato de terem a posse de terras. No contexto da República Velha, o controle era exercido por grandes proprietários de terra sobre a população local.

Coronelismo

Essa era a prática em que o coronel (indivíduo detentor de terras) exercia domínio sobre as populações locais, de maneira a conquistar os votos necessários para que os interesses da oligarquia fossem atendidos. Essa conquista de votos podia ser feita através de intimidação ou pela distribuição de cargos públicos que estavam sob o controle do coronel.

Clientelismo

Trata-se de uma troca de favores entre duas partes. Não era necessário ter a figura do coronel para que ocorresse, bastava que houvesse uma entidade politicamente superior que fazia um favor para outra que fosse inferior em troca de benefício.

Política dos governadores na República Velha

Também chamada de política dos estados, a política dos governadores foi criada no governo de Campos Sales. Tornou-se a estrutura de funcionamento da política brasileira durante todo o período da República Velha. No decorrer dessa fase histórica, essa política foi responsável por consolidar uma aliança entre Executivo e Legislativo.

Basicamente, o Governo Federal apoiava a oligarquia mais poderosa de cada estado para reduzir as disputas internas entre diferentes oligarquias locais. A contrapartida dessas oligarquias era a de eleger deputados que estivessem alinhados com as pautas do Executivo.

Os coronéis eram bastante importantes para manter essa política em andamento através de práticas como o chamado “voto de cabresto”, intimidação da população para que votasse em determinados candidatos.

Política do café com leite na República Velha

Refere-se ao acordo existente entre as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais para a escolha de presidentes. A ideia era simples, intercalar os presidentes entre as duas oligarquias. É válido mencionar que houve limites para essa política de revezamento, haja vista que representantes de outras oligarquias se elegeram durante essa fase.

As revoltas durante a República Velha

O período da República Velha foi marcado por grande desrespeito aos direitos dos cidadãos e por uma imensa desigualdade social. Essas condições contribuíram para que ocorressem revoltas por parte daqueles que estavam insatisfeitos. Dentre as principais revoltas desse período, estão:

  • Guerra de Canudos;
  • Revolta da Armada;
  • Revolta da Vacina;
  • Revolta da Chibata;
  • Guerra do Contestado;
  • Revolta do Forte de Copacabana;
  • Revolta Paulista de 1924;
  • Coluna Prestes.

O fim da República Velha

A disputa pelo poder entre as oligarquias fez com que essa estrutura de manutenção da República Velha começasse a ruir, levando a uma grande crise desse sistema político. Também é importante mencionar o nascimento de movimentos de oposição que desejavam um novo modelo político.

Na eleição de 1930, mineiros e paulistas romperam seu acordo porque os últimos não queriam revezar o poder. Os paulistas tinham como candidato Júlio Prestes e os mineiros, por sua vez, se uniram a outras oligarquias, lançando a candidatura de Getúlio Vargas.

A chapa de Vargas (Aliança Liberal) foi derrotada, porém, se rebelou diante do assassinato de João Pessoa, vice da chapa. Esse assassinato não teve nenhum caráter político, mas foi usado como justificativa para um levante contra o então presidente Washington Luís.

Essa revolta ficou conhecida como Revolução de 1930 e levou à derrubada de Luís. Júlio Prestes não pode assumir a presidência. Getúlio Vargas se tornou presidente provisório e seu mandato se estendeu por quinze anos