Transposição divide partidos na Bahia

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As obras de transposição do Rio São Francisco já foram motivo para jejuns públicos do bispo da diocese de Barra, dom Luiz Cappio, nos anos de 2005 e 2007, e ano de eleições não será propício para arrefecimento das polêmicas em torno do projeto. Orçadas em R$ 5,53 bilhões, as obras são tocadas pelo Ministério da Integração Nacional, mas a paternidade é disputada com vigor por PT e PMDB baianos: o interesse, claro, é fazer bonito no pleito de outubro.

A “salvação” do povo nordestino da seca será, sem sombra de dúvidas, utilizada em campanha, e peemedebistas, interessados na eleição do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), e petistas, buscando reconduzir Jaques Wagner para mais quatro anos no Palácio de Ondina fazem de tudo para mostrar com quem mais se parece a “criança”. “Tudo isso que o ministro Geddel está apresentando, fomos nós que desenvolvemos”, disse o presidente estadual do PT, Jonas Paulo, referindo-se aos anos em que esteve na superintendência da Codevasf na Bahia (2003 a 2005) e na direção nacional de revitalização do Rio São Francisco, entre 2006 e 2008, também à frente da Codevasf.

O ministro Geddel ironizou a lembrança do petista. “Este é um debate medíocre. Eu sei o que estava no papel e o que não estava quando assumi o projeto em 2007. Agora eu convivi com ele (Jonas Paulo) quando ele era de escalão inferior na Codevasf e fazia até certa reverência quando me via. Ele não pode dizer que preparou nada”, disse. Mas numa questão não divergem: para conter as críticas da oposição, defendem que as obras de transposição, nos eixos Norte (até o Ceará) e Leste (até a Paraíba), podem ser concomitantes às ações de revitalização. Leia mais em A Tarde (para assinantes). Seções