Dia Nacional da Vacinação -A saúde pública está na Constituição Federal – é responsabilidade do governo

dia nacional da vacinacao 12 

O dia nacional da vacinação é comemorado em 16 de outubro.

Receber uma vacina é se proteger contra um tipo de doença, uma forma bem mais fácil e sem riscos para a vida, do que ter que tratar a doença.

A vacinação no Brasil surgiu no início do século XX, nessa época não existia saneamento básico nas capitais, o que comprometia a saúde das pessoas com epidemias de febre amarela, varíola e outras doenças.

Oswaldo Cruz, médico sanitarista, foi nomeado para chefiar o Departamento Nacional de Saúde Pública, a fim de promover uma revolta sanitária em razão das necessidades do país.

A medida não foi bem aceita pela população, pois algumas decisões eram arbitrárias, obrigando as pessoas a se vacinarem, fazendo com que agentes de saúde invadissem as casas para aplicar a vacina contra a varíola. Mas as pessoas não acreditavam que a vacina funcionasse e se negavam a tomar

Além disso, vários cortiços e morros foram visitados, e os moradores expulsos dos locais, pois não tinham condições de moradia e saúde. Por tudo isso, ocasionou-se a revolta da vacina.

A vacinação é importante para a vida, pois garante a imunidade contra as doenças. A vacina leva ao organismo uma pequena quantidade de vírus ou bactérias, fazendo com que o corpo reaja sobre os mesmos, não deixando que se proliferem e causem as doenças. Assim, quando a pessoa tem contato com os mesmos, através de pessoas doentes, seu organismo já criou anticorpos, formas de se defender, que não permitem que a doença se instaure.

A primeira vacina foi criada em 1796, pelo inglês Edward Jenner, que injetou em um garoto de oito anos de idade um soro de varíola bovina, conseguindo imunizá-lo. A raiva de animais era facilmente transmitida para os humanos, mas em 1885, Louis Pasteur criou a vacina contra essa doença. A partir daí surgiram vários outros tipos de vacina, mas uma das mais importantes invenções foi criada em 1960, por Albert Sabin, contra a paralisia, mais conhecida como gotinha.

As principais vacinas são a BCG, que protege contra a tuberculose; a Tríplice, contra difteria, tétano e coqueluche; a Tríplice Viral, contra sarampo, caxumba e rubéola; a vacina contra Hepatite B; a HIB, que protege contra a meningite; dentre várias outras.

Toda criança recebe um cartão de vacinação quando nasce, específico para se controlar as vacinas que a mesma já tomou. Esse cartão contém dados de peso e tamanho, que deve ser preenchido somente por médicos, durante as visitas de rotina. Por volta dos dez anos de idade, a criança termina de receber todas as doses de vacinação, mas deve continuar a tomar as indicadas pelas campanhas de saúde, como a de febre amarela, tétano, gripe, dentre outras, garantindo sua saúde por toda a vida.

O ministério da saúde oferece, gratuitamente, vários tipos de vacinas e promove campanhas para manter a saúde pública de nosso país. As mesmas podem ser encontradas nos postos de saúde de todas as cidades.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Dia Nacional da Vacinação: Vacina também é coisa de gente grande
Publicada: 16/10/2010 09:38| Atualizada: 16/10/2010 09:32

Nelson Rocha

“Só tomei vacina quando criança. Detesto agulhas e postos de saúde. Quando estou doente, tomo remédio. Não tomo vacina nem contra a gripe”. A declaração do aposentado José Alves Carneiro, 68, vai contra a recomendação por parte de especialistas da área de saúde de que qualquer um na vida adulta é alvo de vacinas. Hoje é o Dia Nacional da Vacinação, data oportuna para lembrar que não são apenas as crianças que devem ser vacinadas contra diversos tipos de doenças. Os adultos também precisam de doses de vacinas, algumas das quais que são recomendadas de repetição a cada dez anos.

É o caso, por exemplo, da vacina contra tétano e difteria, também chamada de vacina dupla tipo adulto: para manter-se imunizado, é preciso tomar uma dose da DTA a cada dez anos e para o resto da vida. Esquecer de tomá-la é por em risco a própria vida. “A vacina é utilizada em diversas faixas etárias e de acordo com as necessidades de cada um. É preciso corrigir esse erro conceitual de que vacina é coisa de criança”, afirma a infectologista Ledívia Espinheira, da Secretaria de Saúde estadual. “A negligência à vacinação pode expor o adulto a doenças que seu corpo não está preparado para combater”, observa.
   
 O adulto que acha “bobagem” encarar uma seringa está enganado, conforme a infectologista. Ela lembra que o tétano é uma das doenças mais perigosas, fatal em 40% dos pacientes contaminados, mas que é possível evitá-la com a vacina disponível na rede pública. Outro exemplo de vacina com “prazo de validade” é a que age contra a febre amarela – recomendada para quem mora ou viaja para locais considerados de risco – que precisa ser reforçada a cada dez anos.

Se a caderneta de registro das vacinas estiver incompleta, amarelada ou foi perdida, e pairam dúvidas no ar sobre qual vacina o adulto deixou de tomar, o melhor a fazer é ir a um posto de saúde. Para a pessoa ficar protegida contra sarampo, caxumba e rubéola, por exemplo, o ideal é conferir se foram tomadas as duas doses da tríplice-viral.

Em caso negativo, ou a pessoa não tem a certeza de que foi vacinada, ainda dá para se imunizar na vida adulta, um cuidado que vale principalmente para mulheres que pretendem engravidar e que ainda não foram vacinadas contra rubéola ou nunca tiveram a doença. Agindo desta forma, a futura mamãe estará protegendo o bebê da síndrome da rubéola congênita, que pode afetar o seu desenvolvimento.

Há uma série de vacinas a que o adulto deve estar atento, para tomar a dose única, caso não tenha sido vacinado, ou para reforços periódicos. A maioria das vacinas pode ser encontrada em qualquer posto de saúde da cidade, embora algumas só estejam disponíveis em clínicas privadas de imunização.

Para os adultos em boa saúde e fora de qualquer grupo de risco, as reações mais comuns são dor no local da picada, pequeno mal estar, que pode ser acompanhado, ou não, de febre, o que é considerado uma reação comum. Já as pessoas que têm algum comprometimento no sistema imunológico devem tomar mais cuidados, pois podem apresentar reações mais intensas.

 A boa notícia é que é possível conferir quais vacinas estão previstas no calendário de vacinação do adulto e do idoso elaborado pelo Ministério da Saúde, através de uma consulta ao órgão via internet. A má é que é melhor preparar o braço para receber a picada: não há vacina em gotinhas para gente grande. E para receber qualquer uma delas, basta levar um documento de identidade.

Veja aqui as vacinas recomendadas para adultos

Dupla tipo adulto (dT) – (difteria e tétano)

Difteria – Causada por uma bactéria, afeta o sistema respiratório e causa febres e dores de cabeça. Em casos graves, pode evoluir para uma inflamação no coração. É contraída pelo contato com secreções de pessoas infectadas

Tétano – A toxina da bactéria causadora do tétano compromete os músculos e leva a espasmos. A musculatura respiratória é uma das mais comprometidas. Ferir o pé com prego enferrujado é uma das formas mais conhecidas de contágio

Quem deve tomar
Todos, a cada dez anos

Quando tomar
A primeira parte da vacinação da dT é feita em três doses, com intervalo de dois meses entre a primeira e a segunda e entre a segunda e a terceira. Geralmente, essas três doses são tomadas na infância. Certifique-se olhando a carteira de vacinação. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos
Tríplice-viral
(sarampo, caxumba e rubéola)

Sarampo  – Doença caracterizada por manchas vermelhas no corpo e transmitida por via respiratória

Caxumba  – Conhecida por deixar o pescoço inchado, também tem transmissão por via respiratória. Nos adultos, costuma ser mais grave do que em crianças

Rubéola – Caracterizada por aumento dos gânglios do pescoço e por manchas avermelhadas na pele, é mais perigosa para gestantes. O vírus pode levar à síndrome da rubéola congênita, que prejudica a formação do bebê nos três primeiros meses de gravidez. A síndrome causa surdez, má-formação cardíaca, catarata e atraso no desenvolvimento

Quem deve tomar
Todos os nascidos a partir de 1960. O Ministério da Saúde considera que quem nasceu antes disso já foi vacinado ou já teve a doença

Quando tomar
O adulto deve tomar a tríplice-viral se ainda não tiver recebido as duas doses recomendadas para a imunização completa. Mulheres que pretendem ter filhos, não foram imunizadas ou nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina um mês antes de engravidar

Vacina contra a hepatite B

Hepatite B – Transmitida pelo sangue, em geral não apresenta sintomas. Alguns pacientes se curam naturalmente. Em outros, a doença pode se tornar crônica, levar a lesões do fígado e evoluir para a cirrose

Quem deve tomar
Todos os que não tomaram as três doses da vacina

Quando tomar
Gratuitamente, até os 19 anos, ou em qualquer fase da vida, caso o adulto faça parte de um grupo de risco – pessoas que tenham contato com sangue, como profissionais de saúde, podólogos, manicures, tatuadores e bombeiros, ou que tenham relacionamentos íntimos com portador da doença .Fora isso, qualquer adulto em clínicas particulares
Pneumo 23 (doenças pneumocócicas)

Entre os principais sintomas dessa inflamação dos pulmões, estão febre alta, suor intenso, calafrios, falta de ar, dor no peito e tosse com catarro

Quem deve tomar
Adultos com doenças crônicas em órgãos como pulmão e coração -alvos mais fáceis para o pneumococo. É a única vacina do calendário que não é oferecida em postos de saúde, mas em centros de referências para Imunobiológicos Especiais.

Quando tomar
Quando o adulto for portador de doença crônica
Febre
amarela

Transmitida por mosquito tem como principais sintomas febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (pele e olhos amarelados) e hemorragias

Quem deve tomar
Pessoas que estiverem em áreas de risco ou com viagem marcada para essas regiões:  Zonas rurais no Norte e no Centro-Oeste do país e alguns municípios dos Estados do Maranhão, do Piauí, da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Mais de 120 países exigem o certificado dessa vacinação

Quando tomar
Pessoas que moram em locais de risco devem tomar a vacina a cada dez anos, durante toda a vida. Quem for para uma dessas regiões precisa ser vacinado pelo menos dez dias antes da viagem
Vacina contra o influenza (gripe)

Transmitida por via respiratória, leva a dores musculares e a febres altas. Seu ciclo costuma ser de uma semana

Quem deve tomar
Maiores de 60 anos nos postos de saúde ou qualquer adulto em clínicas particulares

Quando tomar
É possível se vacinar em qualquer época. Quem preferir pode esperar os meses de campanha de vacinação dos idosos