A Gente Diz -Encontro Solidário de Carros antigos atrai público ao Centro Glauber Rocha

Objetivo foi atrair pessoas e levá-las a conhecer o Mercado de Artesanato e a Feira de Alimentação

O Corretor de imóveis Aminadab Rodrigues, que é presença marcante em eventos promovidos pelo o Clube do Fusca,  expôs seu fusca amarelo, que cuida com muito zelo e dedicação. E disse que eventos dessa natureza, além de ser uma diversão, ” é um  reencontro com os amigos,  e também propicia a formação de novas  amizades, é muito prazeroso, pois a comunidade gosta e apreciam os carros que são apresentados e que são as bonecas cobiçadas de seus proprietários.” comentou Aminadab.

Já o mecânico Ricardo Souza, 21 anos, viajou aproximadamente 65 quilômetros de Poções a Vitória da Conquista, no último domingo, 18, para participar da primeira edição do Encontro Solidário de Carros Antigos, no Centro Glauber Rocha. Ali, ele expôs a máquina que comprou há cerca de três anos: um Chevette azul, ano 93, com suspensão a ar e em ótimo estado de conservação, graças a ele.

“Desde criança, sempre gostei de carro antigo. Quando eu vi o carro, eu falei: voucarros-antigos-b comprar esse carro. Comprei e restaurei ele todinho. Depois disso, não vendi mais”, relatou o rapaz, que disse sentir “um prazer imenso” quando as pessoas passam e se detém diante do automóvel, observando-o nos detalhes. “Você gasta o seu dinheiro quase todo arrumando o seu carro, e as pessoas chegam e ficam admirando. Não tem preço que pague, não”, contou.

Assim como ele, mais de 60 proprietários de veículos antigos, de Vitória da Conquista e de outras cidades, puseram sua paixão pelo “antigomobilismo” a serviço da economia solidária. O evento, realizado nos dias 17, 18 e 19, foi uma parceria entre o coletivo ArtSol, formado por empreendedores ligados ao movimento de economia solidária, o Conquista Fusca Club e o VCA Club, com apoio da Prefeitura.

O objetivo foi atrair o público para conhecer o Mercado de Artesanato do Centro Glauber Rocha, que possui 66 lojas duplas, 3 coletivas (todas dedicadas ao comércio de produtos de artesanato), 8 utilizadas por empreendedores que trabalham com gêneros alimentícios e 7 para o setor administrativo dos grupos de economia solidária.

“O encontro é solidário por ser do movimento de economia solidária. E também por ser uma união dos empreendedores para bancar a atividade”, explicou o diretor do coletivo ArtSol, Geovane Viana.

“Nós temos hoje, no Mercado de Artesanato, mais de cem empreendedores instalados em lojas individuais e coletivas. Temos também uma praça de alimentação que está sendo montada, além dos escritórios dos grupos que participam da economia solidária. Mas o fluxo de pessoas no Centro Glauber Rocha ainda é pequeno”, informou ainda Viana. “Então, a gente está promovendo este evento para fazer com que as pessoas conheçam o espaço, visitem e futuramente adquiram os produtos de artesanato”, concluiu.

‘Em crescimento’ – O comerciante Ricardo Costa, presidente do Conquista Fusca Club e proprietário de um Fusca ano 76, acredita que a parceria entre o movimento de economia solidária e os grupos de carros antigos pode trazer muitos benefícios.

“A gente se uniu ao pessoal da economia solidária para promover um evento dentro da cidade, que não fosse o evento anual que a gente faz e envolve toda a Bahia. E está movimentando o espaço, atraindo público não só para o pessoal das barracas de alimento, como também para o pessoal de artesanato”, disse Costa.

Ele se refere ao encontro anual que os proprietários de carros antigos promovem no Centro Glauber Rocha. O mais recente, realizado em outubro de 2016, reuniu participantes de 22 cidades da Bahia e arrecadou cerca de três mil quilos de alimentos. “É um evento que está em crescimento. As pessoas se interessam muito quando se fala de carro antigo”, explicou o presidente do Conquista Fusca Club. O clube é vinculado à Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA) e possui, atualmente, 50 veículos cadastrados.

Éder Ferraz, que foi ao Centro Glauber Rocha com seu Voyage 90, também acredita no potencial do evento para todos os que participam. “A gente tem o nosso público, eles têm o público deles. Então, o público do pessoal do artesanato e da parte de alimentação pode ver os carros. E para a gente, quanto mais gente poder expor os carros e convidar mais pessoas a participar, melhor”, declarou Ferraz.carros-antigos-casal

‘Paixão’ – O público de Vitória da Conquista também participou do evento. Como o casal Nidoval e Neci Pontes, juntos há 35 anos. Eles foram ao Centro Glauber Rocha por causa do apreço que Nidoval tem pelos Fuscas. Ele contou que seu primeiro carro, adquirido há aproximadamente trinta anos, era desse modelo. “Gosto muito. É uma paixão”, disse ele, a respeito do carro.

A esposa o acompanha na admiração. “Não gosto muito desses carros grandes. O Fusquinha sempre é atrativo, né?”, diverte-se Neci.

O comerciante Cornélio Francisco de Almeida, popularmente conhecido como “Paulista”, levou cachorros-quentes e lanches na chapa para vender na Feira de Alimentação do Encontro Solidário de Carros Antigos. Vinculado ao grupo G & Art, dedicado à gastronomia, e também ao ArtSol, ele acredita no potencial da programação de eventos que está sendo preparada pelo coletivo. “O objetivo da gente é todo mês fazer um evento para atrair público aqui para o Centro Glauber Rocha. Tem a agenda da Prefeitura, e, além dela, nos intervalos, a gente vai fazer algumas coisas aqui”, anunciou.

“Todo mundo ganha”, registrou “Paulista”. “Quando é um evento para todo mundo vender seus produtos, sai a população e todo mundo ganhando”.carros-antigos