A Gente Diz – Vit. Conquista – 8 DE MARÇO: MULHERES NAS RUAS CONTRA O MACHISMO E A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

           Nenhum direito a menos  – não a reforma da previdência

 

Atividades ocorrem no mundo inteiro contra o machismo, todo tipo de violência e pela igualdade de gênero. No Brasil, a pauta agrega ainda a luta contra o ataque aos direitos das mulheres, como o verificado na tentativa de destruição da Previdência.

 

Nesta quarta-feira,  8 de março, aconteceu nas principais ruas do centro de Vitória da Conquista, manifestação e concentração e  atos seguido de passeata, orientada por diversos comando de movimentos sociais e centrais sindicais, em protesto  a violência domestica e pela igualdade de gênero, e das garantias em favor da mulher.

Na passeata foram registradas mais de 600 mulheres, que aliada as reivindicações e protestos, também celebram nesta data, o  Dia Internacional de Luta das Mulheres, 08 de março.

LUTA MUNDIAL

O chamado mundial para o dia 8 foi feito após a grande marcha de mulheres no dia seguinte à posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada no dia 20 de janeiro deste ano. Feministas históricas como Angela Davis e Nancy Fraser publicaram uma carta conclamando as mulheres a lutarem contra o recrudescimento do conservadorismo no mundo todo e sobre a necessidade de ser fazer uma greve geral no dia 8 de março em defesa da igualdade de gêneros.

No mundo inteiro, as mulheres têm sido protagonistas de lutas importantes e necessárias para a conquista de direitos, contra o machismo e os ataques do neoliberalismo. Em 2016, as mulheres polonesas protagonizaram uma greve geral pelo direito ao aborto; na Islândia, o protesto foi pela igualdade salarial; na Argentina – e em outros países latino-americanos, como o Brasil -, as mulheres protestaram contra o feminicídio (quando se mata uma mulher por razões da condição do sexo feminino) e protagonizaram uma paralisação por uma hora.

No Brasil, além da luta contra todos os tipos de violência que incidem sobre as mulheres, elas lutam também em defesa dos seus direitos e contra os ataques em curso no Congresso Nacional, especialmente, as contrarreformas da Previdência e Trabalhista.

A contrarreforma da Previdência, que tramita como Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, pretende igualar o tempo de contribuição de homens e mulheres, ignorando o fato de que mulheres realizam dupla e até tripla jornada de trabalho. Eles e elas só poderão se aposentar com, no mínimo, 65 anos de idade e 25 de contribuição.

Já a contrarreforma Trabalhista, Projeto de Lei (PL) 6.787/16, que prevê regras de contratos temporários de trabalho e prioriza o negociado sobre o legislado em relação a alguns direitos (inclusive os contidos na Consolidação das Leis do Trabalho), terá graves consequências às mulheres, uma vez que permite a jornada de trabalho por até 220 horas mensais, abrindo a possibilidade de turnos de 12 horas por dia.

A pauta é urgente e todas e todos estão chamados à barrar as reformas, que somente serão impedias mediante muita luta.

Fonte Apruma