Casos de doenças causados pelo arbovírus do mosquito Aedes Aegypti: Dengue, Chikungunya e Zika, são crescentes em Vitória da Conquista.

 

 

 

O Portal de notícias  A Gente Diz solicitou da Secretaria Municipal de Saúde, através da Ascon, informações relacionadas aos inúmeros  casos provenientes   do   arbovírus do mosquito  Aedes Aegypti; Dengue, Chikungunya e Zika, que acontece praticamente em todos os bairros e distritos de Vitória da Conquista. Sem, que tenha um posicionamento mais efetivo dos órgãos municipal, estadual e federal.

“Enquanto todos os olhares e foco são direcionados nas campanhas do Covid-19, a nossa cidade vivencia uma calamidade, são centenas de pessoas que contraíram e continuam sendo afetada por essa doença, e o poder público não toma as providências necessárias”, protesta, o morador do Bairro Bateias, Zona Oeste da Cidade, Manoel Ribeiro.

Da mesma forma, o senhor Gilvan Fernandes, morador da Urbis VÏ, e membro do Conselho de Saúde do Município, se manifesta; “as autoridades municipais estão deixando em segundo plano a questão da Dengue, e estar causando uma devassa e contaminando muita gente.” Comentou Fernandes.
Contudo, estas reivindicações precisa também serem feitas pela Câmara de Vereadores e o Ministério Público, para que os gestores responsáveis possam pelo menos amenizar  e equacionar a situação dos  casos notificados de Dengue, Zika e Chikungunya, na cidade.

 

Em resposta ao Portal de notícias  A Gente, a Secretaria Municipal de Saúde, através do Centro de Controle de Endemias, divulgou um  boletim informando  sobre as notificações de casos de Dengue, Zika e Chikungunya – doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti – que ocorre em Vitória da Conquista, correspondente  ao período de janeiro a 8 de maio de 2020.

Segue a nota: De acordo com o levantamento de dados, foram notificados 2.498 casos suspeitos de Dengue, Zika ou Chikungunya:

Dengue – foram registrados 1.923 casos notificados para suspeita de dengue, sendo 212 confirmados, 56 descartados e 200 apresentaram diagnóstico inconclusivo em relação a doença. Outros 1.453 pacientes aguardam resultado laboratorial. Quanto aos óbitos, foram registrados dois falecimentos por dengue grave hemorrágica no município, de moradoras dos bairros Alto Maron e Guarani.

Zika – 342 casos suspeitos de Zika foram notificados até o momento, sendo que dois foram confirmados, 331 aguardam resultado e nove apresentaram diagnóstico inconclusivo em relação à doença.

Chikungunya – Já foram notificados 233 casos suspeitos de Chikungunya no município, sendo dois casos confirmados e 222 ainda aguardam resultado laboratorial. Não houve nenhum resultado com diagnóstico inconclusivo em relação a doença.

O aumento no número de ocorrências de casos já estava previsto pelo Ministério da Saúde desde 2019, quando foi sinalizado que no Nordeste e nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo haveria um aumento significativo de notificações de Dengue, Zika e Chikungunya em 2020, por conta do vírus que está circulando nessas regiões que é o tipo 2. Esse tipo ainda não havia circulado nessas regiões e, por isso, uma vez que as pessoas não tiveram contato com ele, a possibilidade de disseminação é grande.

Em caso de sintomas de febre, dores articulares, dores abdominais e ao redor dos olhos, diarreia ou a presença de manchas avermelhadas pelo corpo, a pessoa deve procurar atendimento médico na unidade de saúde mais próxima de casa, onde será notificada e orientada para o cuidado.

Na unidade de saúde também serão solicitados exames específicos para detecção da Dengue, Zika ou Chikungunya. A coleta da amostra de sangue para exame poderá ser feita na própria unidade ou o paciente será encaminhado para realizar a coleta no Laboratório Central Municipal (Lacem). Atualmente, a amostra é enviada ao Lacen Estadual, em Salvador, que realiza a análise laboratorial e dá um prazo de, no mínimo, 30 dias para entrega do resultado.

De acordo com Eliezer Silveira, coordenador do Centro de Controle de Endemias: “há uma demora, pois estamos diante de um cenário de pandemia da Covid-19 e também um aumento expressivo de casos de arboviroses em toda Bahia”, explica o coordenador.

AÇÕES – Mesmo sem os resultados dos exames, as ações de controle e prevenção são tomadas a partir de cada notificação enviada ao Centro de Controle de Endemias, como explica o coordenador: “Fazemos uma triagem, atualização do Sistema Nacional de Notificação de Agravo (Sinan) e atendemos a situação de cada caso com o trabalho de controle vetorial no imóvel e no quarteirão onde haja casos suspeitos notificados, fazendo um bloqueio”.

Neste momento, a Secretaria Municipal de Saúde convoca o apoio de toda a população nesta luta contra o mosquito Aedes aegypti. Pequenas ações diárias são essenciais para evitar a proliferação do mosquito como: verificar a vedação adequada de caixas d’água, evitar o descarte incorreto do lixo na rua, fiscalizar os pratinhos de planta, garrafas, e qualquer outro objeto que possa acumular água parada no quintal. Continuamos juntos nesta batalha!