Corregedor-geral do TJ-BA preside 92º ENCOGE com o tema “Justiça para todos”

Inovar e transformar. Esse é o objetivo do 92º Encontro do Colégio de Corregedores-Gerais dos Tribunais de Justiça do Brasil (CCOGE), presidido pelo corregedor-geral do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano. Realizado em São Luís, no Maranhão, o evento reuniu autoridades de todo o país para tratar sobre o tema Justiça para Todos: Estratégias Inovadoras para uma Sociedade Pacífica e Inclusiva.

Iniciado na noite de quarta-feira (4), no Hotel Blue Tree Towers, o Encontro foi aberto pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), desembargador Paulo Velten, e teve a aula magna a cargo do Ministro Luis Felipe Salomão, Corregedor Nacional. O presidente do TJBA, desembargador Nilson Soares Castelo Branco, reconhece a importância do evento para aprimoramento da justiça.

A noite também foi marcada pela entrega da Medalha “Adolfo Leitão Guerra”, instituída pela Corregedoria do TJBA, ao presidente do TJMA e ao Corregedor-Geral da Justiça do Maranhão, desembargador José de Ribamar Froz Sobrinho. A honraria foi entregue pelo corregedor-geral do TJBA, desembargador Rotondano.

O ministro Luis Felipe Salomão destacou o cenário atual de mudanças no Judiciário, no qual as 87 Corregedorias do país têm a responsabilidade de gerir a máquina Judiciária nesse ambiente, com quase 500 mil servidores e cerca de 80 milhões de processos, dos quais 70% estão na justiça estadual.

“O espírito maior dos Encoges é unir esforços, compartilhar ideias, provocar reflexões e possibilitar o retorno aos nossos estados com energias renovadas para enfrentar as desafiadoras atribuições das Corregedorias”, explicou o corregedor-geral, desembargador Rontondano.

Os debates continuaram nesta quinta-feira (5) e um dos temas foi o Sistema Prisional Brasileiro. A palestra, ministrada pelo desembargador Luís Geraldo Lanfredi, do Tribunal de Justiça de São Paulo, Auxiliar do Conselho Nacional de Justiça e Coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema Socioeducativo, teve como tema “Estado de Coisas Inconstitucionais no Sistema Carcerário – Soluções Concretas e Visão Prospectiva”.

É importante destacar que nessa edição do Encoge, foi dado um tempo maior para a realização das oficinas temáticas, focadas no compartilhamento de boas práticas, garantindo a possibilidade de aprofundamentos dos debates e proposição de enunciados qualificados. As conclusões da 92ª Reunião do Colégio vão compor a “Carta de São Luís”, documento deliberativo com o posicionamento dos corregedores sobre os temas apresentados, a ser divulgada ao final do encontro.

“Sem descuidar das suas atribuições típicas, é fato que as Corregedorias têm vivido uma espécie de desabrochar, revelando-se pujantes instrumentos de efetivação de direitos constitucionalmente assegurados, a exemplo da moradia, do meio ambiente preservado, da ressocialização dos apenados, entre tantos outros”, destacou o presidente do CCOGE, desembargador Rotondano.

Cabe salientar que o Magistrado tem feito da ressocialização e da regularização fundiária uma das prioridades da gestão do Corregedoria Geral do TJBA. Rodas de leitura, casamentos, sarau cultural e oficinas literárias têm sido desenvolvidos nos Conjuntos Penais da Bahia. Além disso, o Núcleo de Regularização Fundiária (Nuref) da CGJ/BA, em apenas um ano, já abriu mais de 14.500 matrícula e emitiu acima de 7.600 títulos de propriedade.

A manhã do 92º Encoge foi encerrada com a apresentação do projeto da Corregedoria Geral do TJBA Virando a Página. Os presentes assistiram, in loco, a uma roda de leitura com reeducandos do sistema prisional do Maranhão. O livro debatido foi “Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior.

Cabe salientar que nesta sexta-feira (6) acontece ainda a 4ª Reunião do Fórum Fundiário Nacional (FFN) – “Governança Fundiária, Sustentabilidade e Multiculturalismo”, com o objetivo de debater soluções para os problemas fundiários comuns aos Estados e melhoria da gestão fundiária.