Dívida motivou assassinato de prefeito, segundo investigações

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    Prefeito de Itagimirim é executado com quatro tiros em bar

Divida. Esta é a principal linha de investigação para o assassinato do prefeito de Itagimirim (602 km de Salvador), Rielson Santos Lima (PMDB), 51, morto terça-feira, 29, à noite quando conversava com um familiar em um bar no centro da cidade do sul do estado. Ele foi operado no Hospital Regional de Eunápolis, mas morreu no centro cirúrgico.

“Apuramos que ele devia a algumas pessoas, entre elas ciganos. Crime político está descartado, inicialmente”, diz a delegada Valéria Fonseca, à frente da 23ª Coordenadoria de Polícia do Interior (23ª Coorpin – Eunápolis).

Segundo ela, já há alguns suspeitos. Rielson estava no bar, por volta das 19h, quando dois homens chegaram em uma moto. O carona atirou. Atingido, Rielson tentou fugir.

Socorro

“Ele correu e se escondeu em uma casa, os assassinos fugiram e ele pediu ajuda a um PM à paisana, que o levou ao hospital municipal”, informou um policial da cidade.

O prefeito foi levado para Eunápolis em uma ambulância escoltada, mas morreu quatro horas após o atentado. O corpo foi velado na Igreja Matriz de Itagimirim e o enterro ocorreu no final da tarde desta quarta, 30, no cemitério municipal.

Segundo moradores e políticos ouvidos por A TARDE, Rielson teria adotado medidas “duras” para ajustar as contas: extinguiu cargos comissionados, mudou a estrutura das secretarias de Administração e Finanças, além de cortar salários, começando pelo dele e do vice-prefeito.

O chefe de gabinete, Alberto Alves, confirmou, mas disse não crer que o crime tenha relação com política, pois Rielson não se envolvia em confrontos: “”Era trabalhador e humilde. Deve ter sido algo pessoal”’.

Conforme Alves, Rielson rompeu recentemente com o vice-prefeito, Rogério Andrade (PP). O presidente da Câmara, Francino Andrade Jr. (PP), irmão do vice-prefeito, disse que Rogério não sabe se assumirá a prefeitura.

Ele está afastado para se dedicar à pecuária: ““Ele se desgostou. Não houve briga com o prefeito. Meu irmão passou mal ao saber do crime e foi internado em Eunápolis”’.

Ele disse que, caso o irmão não assuma a prefeitura, ele também não o fará. “”Vou conversar com meu irmão e decidir. Se não assumirmos, o cargo passa para a vice-presidência da Câmara. Estamos todos abalados com a morte prematura do prefeito”, afirmou”.