Equívoco da polícia ao não identificar mentira de detento provocou sucessão de erros judiciais

Alexandre Lyrio, Correio –

A Polícia Civil quer saber qual delegado colheu o depoimento de Rosemário Alves Maciel, 24 anos, que se passou pelo irmão ao ser preso em flagrante, em 2008, depois de roubar um celular, R$ 5 e US$ 1. Ao que tudo indica, esse delegado simplesmente acreditou que o suspeito sentado em sua frente não era Rosemário, mas Romário Alves Maciel, 25 anos. Provavelmente, foi ele o responsável por instaurar o inquérito que culminou na prisão de Romário por engano, no dia 25 de abril, e na sua reclusão por 84 dias. Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil, uma equipe do departamento de investigação passou a tarde de ontem na Delegacia de Furtos e Roubos, na Baixa do Fiscal, tentando descobrir se, à época, a autoridade policial expediu guia de identificação criminal para a realização do exame de datiloscopia, que analisa as impressões digitais de suspeitos. Se não – ou se expediu e ela não foi feita pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) – a polícia confirmou que vai abrir um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar o caso. Leia mais no Correio.