Ex-guarda-costas diz que Fidel adotou conforto capitalista

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Pero no mucho. Austeridade desmentida por Sánchez, que trabalhou 17 anos para o ditador

Guarda-costas pessoal de Fidel Castro por 17 anos, Juan Reinaldo Sánchez garante que o líder cubano nunca viveu modestamente como diz, mas, ao contrário, desfrutou do luxo mesmo quando a economia cubana entrou em colapso após a queda do Muro de Berlim e o corte das subvenções de Moscou. Em A Vida Secreta de Fidel, Sánchez repete o que milhares de cubanos refugiados já adotaram como mantra – ele mesmo, nascido em Lisa, bairro pobre da região oeste de Havana, hoje mora em Miami e escreve, em A Vida Secreta de Fidel, que os serviços cubanos farão de tudo para desacreditar sua palavra e seu livro, que não é lá grande literatura, mas revela um ou dois segredos sobre Castro dignos de atenção. Sánchez, que foi preso pelo regime cubano quando decidiu pedir aposentadoria, descreve a vida do líder revolucionário como a de um senhor feudal extravagante, dono do único barco de luxo de Cuba, um iate chamado Aquarama II, construído com madeira importada de Angola. Com ele, Fidel costumava navegar 45 minutos de sua marina privada para chegar a Cayo Piedra, uma “ilha paradisíaca” onde o comandante praticava pesca submarina e recebia só os amigos mais íntimos, entre eles o escritor colombiano Gabriel García Márquez.

Antônio Gonçalves Filho, Agência Estado