Filosofia – DA SÉRIE: AMENIDADES PARA O QUE A GENTE DIZ

 phpThumb_generated_thumbnailjpgCAULOV70Este ensaio tem tripla dedicatória:

A análise da reportagem de umas das maiores revistas do nosso país, a VEJA é dedicada a um dos fundadores do jornalismo radiofônico da nossa cidade, o nosso saudoso, Hélio Gusmão, (in memoriam). Ele praticava um jornalismo impar, que deveria ser seguido por alguns dos seus pares da atualidade, homem inteligente, íntegro e de conduta ilibada, sua conduta sempre foi estribada na imparcialidade, na verdade e no respeito ao próximo. Esta homenagem é extensiva a sua família, (Dona Eleny Nogueira Gusmão, sua viúva, e aos seus filhos. Advogado Hélio Gusmão Junior e Henrique Gusmão.)

 

O ensaio filosófico sobre a verdade é dedicado ao Professor Davi Lima de Araújo, o que discorri sobre a simetria também. Davi possui uma mente privilegiada, com enorme poder de análise lógica da essência das mais profundas introspecções humanas, ninguém o engana, nota-se, que seu poder de síntese e de percepção leva-o a ir diretamente aos fatos, abomina o subterfúgio, poucos o compreendem! Seu saber abrange vasta área do conhecimento humano. Meu primeiro contato com o professor Davi deu-se a quase vinte e cinco anos, quando pedi sua ajuda, e ele solícito veio até minha residência. Na época eu fazia programação para a área de geodésia, onde lutava com os cálculos para fazer a transformação das coordenadas esféricas geográficas para o sistema UTM planas SAD69 e vice-versa, coisa extremamente difícil. Na época os computadores não possuíam monitor, usávamos uma televisão como monitor, nem mouse, nem drives, nem disquetes, nem nada, a gravação era feita em fitas cassetes, nesta ocasião tomei conhecimento do seu poder de usar o cérebro, a partir desta data tornamo-nos amigos.

 

A abordagem da quebra da simetria é dedicada ao meu amigo Ricardo De Benedictis, sem o incentivo de Ricardo, talvez, hoje, eu fosse conhecido somente pela minha profissão de topógrafo, ou como primo de um artista famoso da terra. Foi Ricardo quem me incentivou, e quem primeiro publicou minhas poesias e meus escritos. Por isso, e inda mais por suas qualidades humanitárias, é que ele merece, não só esta, mas, todas as minhas dedicatórias.

Assim, a dissertação da quebra da SIMETRIA, (contendo a lógica contundente do paralelismo existente entre as duas proposições: da verdade poliédrica e da simetria da física quântica), é dedicada ao maior jornalista de Vitória da Conquista, ninguém possui um número de serviços tão extenso prestados à cultura desta TERRA. Só o Festival de Inverno, criado e mantido durante nove anos por Massimo Ricardo De Benedictis, suplantaria em volume e em benefícios à cultura, qualquer serviço prestado por outro jornalista qualquer, durante toda sua vida.   

 

DÉCIMO ENSAIO DA OBRA “21”

 

UM CONFLITO DE IDEIAS

LEVA-NOS A TRÊS TEMAS. 

 1) A VERDADE POLIÉDRICA.

2) A REPORTAGEM DO IPCC

E DOS CÉTICOS.  

3)  A QUEBRA DE SIMETRIA.

 

Por Edimilson Santos Silva

 

 

O CONFLITO

 

O que será a verdade?

Este assunto já foi dissecado por demais pelos filósofos (na realidade todo e qualquer assunto já o foi), aqui dou somente uma singela e disfarçada olhadela no assunto. Tão somente isto, e nada mais… Kant dizia que os juízos analíticos seriam as verdades de razão de Leibniz, mas os juízos sintéticos teriam que ser considerados verdades de fato. No entanto, Hume era de opinião que “fatos” seriam hábitos associativos tratados por nossa mente de forma repetitiva, e só tinham relação com coisas sensíveis, assim, um juízo sintético jamais poderia ser verdadeiro de modo universal e necessário. O filósofo Heidegger construiu uma verdade fundamentada totalmente no “Ser”, portanto, uma verdade ontológica! Ele foi um dos maiores filósofos do século passado, era um metafísico, embora contemporâneo da descoberta da física quântica, é de se supor que não chegou a conhecer os conceitos do “Ser” quântico, senão abandonaria a verdade ontológica e voltaria à verdade hegeliana ou à verdade kantiana. Deixemos os filósofos com suas verdades e conheçamos um meu novo modo de se analisar a verdade a que chamei de verdade dos poliedros. Aqui não estou criando um “novo” conceito para a “velha” verdade, mas, simplesmente criando um novo método de análise da verdade.

 

1)  A VERDADE E OS POLIEDROS. (Abordagem Filosófica)

 

O enunciado: A verdade poliédrica contém cinco princípios axiomáticos, que podem ser aplicados à  qualquer um dos poliedros regulares de Platão. PRIMEIRO PRINCÍPIO: (A verdade “sempre” será uma só, e o seu oposto “sempre” será a “não verdade”). SEGUNDO PRINCÍPIO: A verdade possuirá “sempre” duas faces, uma visível e outra oculta. TERCEIRO PRINCÍPIO: Do ponto de vista externo, na face oculta estará “sempre” a não verdade ou o oposto à verdade, ou seja, a “anti-verdade”. QUARTO PRINCÍPIO: A face visível “sempre” será vista pela maioria dos observadores. QUINTO PRINCÍPIO: A questão de se ver a verdade como “não verdade” e a “não verdade” como verdade é somente um problema de perspectiva, ou seja, de ponto de vista! Ambas serão absolutamente idênticas, enquanto estáticas, não atuantes, mas absolutamente diferentes enquanto dinâmicas e atuantes, por isso, serão sempre opostas entre si, aquele que observa a verdade que não seja a sua verdade, a verá sempre pelo seu lado oposto, portanto, aquele que vê a verdade do ponto de vista externo verá “sempre” a sua verdade como verdade, e a verdade interna será “sempre” vista como “não verdade”. Por oposição, aquele que vê a “não verdade” interna do ponto de vista interno a verá “sempre” como verdade, e verá “sempre” a verdade externa como “não verdade”.

Atente para o Quarto princípio: Que pelo princípio da maioria universaliza, estabelece e consagra a verdade da visão externa como verdade e a verdade da visão interna como “não verdade”. A verdade é como um poliedro regular oco de Platão possuindo muitas faces. As faces externas nunca se vêem, ao contrário das internas em que todas se vêem simultaneamente. Sendo este o motivo da força destruidora da “não verdade” e o motivo da dificuldade para a verdade se sobressair, pela ausência de interação com as outras faces do poliedro, ou outras verdades. Tudo nos leva a crer que a verdade seja oriunda e comum a um poliedro oco, pois este poliedro é côncavo e convexo ao mesmo tempo, quando o poliedro for oco as faces internas serão vistas por todas as outras faces, motivo pelo qual a “não verdade” se propaga facilmente e em grande velocidade e potência. Procure conceber a verdade no icosaedro truncado, que tem 32 faces, pois o mesmo tende a se aproximar mais de uma esfera, sendo bem mais fácil de mentalizar…

 

Esta idéia da verdade poliédrica está fundamentada na primeira lei da evolução do Cosmos, que diz: Tudo no Cosmos (incluindo o nosso existir) obedece sistematicamente ao princípio da não exclusão dos opostos. Veja bem que o poliedro poderia ser sólido, e que só o criei oco, para o observador se sentir mais à vontade quando sua mente estivesse presente no interior do mesmo. Ora! Disso tudo, só se pode deduzir que toda verdade representa a face externa convexa dos poliedros regulares ocos contendo no seu interior côncavo o seu oposto, que é a “não verdade” representada pela sua face interna côncava. A primeira lei da evolução do Cosmos cria a face interna dos poliedros, pois mesmo os sólidos têm duas faces, embora a interna, (se for oco ou não), quase sempre seja invisível, para aquele que está posicionado na parte externa, sendo, porém, alcançável, pelo menos mentalmente, o mesmo ocorre para o observador interno, este, nunca vê a face externa.

 

A diferença entre a verdade e a “não verdade” poliédrica é fruto somente da localização do observador. O observador que se posiciona como a maioria, na parte externa dos poliedros de Platão, só pode enxergar a verdade como verdade! Sendo que, mais de 99,9999 % dos observadores se posicionam no exterior dos poliedros. Para aquela minoria que se posiciona no interior do poliedro em questão, a sua verdade será sempre uma “não verdade”! Embora seja vista por ele como uma verdade. Assim a maioria sempre estará com a verdade! A validade deste axioma é fácil de compreender, não importa a dimensão do poliedro, o exterior do poliedro comportará “sempre” um número maior de observadores que o interior! Compreendeu o inusitado deste raciocínio? Julgo desnecessário dizer que o oposto da verdade de que trato aqui nada tem a ver com a mentira, que por sua vez, nada mais é que uma verdade agradável a quem a mesma beneficia, e uma verdade desagradável a quem ela traga algum malefício ou desconforto! A mentira nada mais é que uma afirmativa contrária a realidade, sendo coisa irreal, só é conveniente a quem a propala. Não podendo, portanto, ser o oposto da verdade, já que a verdade é uma coisa real, sendo então, a não verdade, o oposto da verdade, esta não verdade, “sempre” será uma coisa real.

 

Na física quântica ocorre o mesmo fenômeno; a anti-partícula não deixa de ser real, por ser o oposto da partícula. Se você consultar um dicionário encontrará como antônimo da verdade a mentira, no entanto, aqui consegui demonstrar que o oposto da verdade é a não verdade, e que a mentira é o oposto da coisa real necessária e a priori. Uma verdade será sempre real, embora às vezes seja imaterial. Assim uma não verdade poderá às vezes ser imaterial, mas, será “sempre” uma coisa real. A palavra “sempre” está grifada, por ser de suma importância nestes raciocínios. A coisa está embasada num raciocínio sutil, mas, que não é difícil de ser compreendida. Vou tentar ser mais explícito. Se eu pego uma pedra e digo, isto é uma pedra, estou dizendo uma verdade, um fato real. Se eu digo esta pedra é um ferro, estou dizendo uma não verdade, pois, a afirmativa desta não verdade não saiu do campo do real, portanto, é uma coisa real, fácil de comprovar, no entanto se eu digo esta pedra é uma mágica, esta proposição ou afirmativa torna-se uma mentira, pois não possui consistência física! Portanto, torna-se uma coisa irreal, e impossível de comprovar. Outro exemplo: Um jornal publica: O avião caiu no mar, esta afirmativa pode ser uma verdade ou uma não verdade. Pois, pode ser verificada. Tratando-se de um acontecimento no campo da realidade física, acontecível e verificável. Quando o jornal publica: o avião foi levado por um disco voador, ele publicou uma mentira, pois o fato está no campo do irreal, do não verificável do imponderável. Outro exemplo: quando um físico erra num experimento, e o publica, ele publicou uma não verdade, pois, o erro pode ser verificado fisicamente. Quando ele publica uma fraude num experimento, ele publicou uma mentira, pois um laboratório não pode fazer uma verificação física numa fraude, que é uma coisa irreal não acontecível, ela pode ser descoberta com um experimento, mas, a fraude não pode sofrer um experimento de laboratório, por ser coisa irreal. Deu pra entender a sutileza da proposição?

 

Este parágrafo não é direcionado aos meus distintos e elegantes leitores, mas sim, a algum filósofo enfezado e dono da verdade, que por ventura vier a ler estas minhas singelas proposições; é como um; (dar satisfação). Coisa que não necessito fazer devido a um artigo contido nos direitos universais do homem. Mas, vamos lá! Leibniz, no livro IV O CONHECIMENTO, nos parágrafos 8 ao 11, Filaleto diz ao pé do ouvido de Teófilo: – Concordareis também em que pelo menos as proposições podem ser denominadas verbais, e que, quando são verdadeiras, são verbais e também são reais, pois, a falsidade consiste em juntar os nomes de maneiras diferentes de as idéias concordarem ou discordarem. No mínimo, as palavras são grandes veículos da verdade. Existe também uma verdade moral, que consiste em falar das coisas segundo a persuasão do nosso espírito; finalmente, existe uma verdade metafísica, que é a existência real das coisas conforme as idéias que dela temos. Portanto, pela boca de Filaleto, o “REAL”  é um dos fundamentos da verdade de Leibniz. –

 

 

2)  A REPORTAGEM, O IPCC E OS CÉTICOS

(E sua relação com a verdade poliédrica)

 

Vamos agora ao âmago do CONFLITO DE IDÉIAS… Na reportagem de capa da revista Veja edição 2031 de 24 de outubro de 2007, a que chamam de reportagem especial, antes, de mais nada, julgo as revistas noticiosas como “Veja”, “Isto É” e “Época”, e algumas outras, (embora só tenha costume de ler a “Veja” e casualmente as outras duas), julgo-as excelentes fontes de informações, e revistas sérias, no geral podem ser consideradas o lado bom da imprensa, e não me julguem inocente, pois não o sou! O problema é que elas vivem de suas vendas e não podem ser parciais, sob o risco de falir, uma revista perde 50 por cento de seus leitores se for parcial. Embora, de vez em quando sejam em parte, parciais. A despeito do fator moderador e mediador da internet como fonte de informação, prefiro as fontes de informações físicas, materiais e palpáveis às virtuais, pois são mais sujeitas às críticas que lhes esvaziam os cofres. Reconhecendo naturalmente o custo quase zero, o potencial e a presteza da virtual. Não sei por quê? É mais prazeroso ler uma revista que visitar uma página de noticias da NET. Ou talvez porque a revista foi comprada, sendo de nossa propriedade, e o sentimento de propriedade está profundamente arraigado no “Ser” humano.

       Meu ponto de vista é de que a reportagem em apreço seja uma matéria em parte comprada e não uma matéria totalmente produzida pela revista, que me desculpem o Okky de Souza e a Vanessa Vieira. Pelo menos algumas informações são de fontes não confiáveis, mas isto não vem ao caso! Uma reportagem não pode prescindir da opinião do próprio repórter que a fez, se é, que é uma reportagem, e neste caso os repórteres são imparciais! No geral, devido a isto é uma excelente reportagem. Existem “n” reportagens sobre o assunto, escolhi esta do Okky e da Vanessa por considerá-la consistente e rica de informações, embora algumas duvidosas! Nesta reportagem do Okky e da Vanessa nota-se que os pontos de vista do IPCC são preteridos aos dos Céticos. O IPCC é a sigla na língua inglesa do (Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas), da ONU. A reportagem dá maior conotação aos pontos de vista dos Céticos em deprimência dos pontos de vista do IPCC. O que chamamos de “Céticos” é um pequeno grupo de cientistas, (pequeno mesmo), que se opõem aos pontos de vista do IPCC. Se o ponto de vista fosse dos repórteres seria natural, por ser um direito dos mesmos terem seus próprios pontos de vista, já os pontos de vista a que me refiro são de dados colhidos em outras fontes, neste aspecto (dos dados), observa-se o lado tendencioso destes pontos de vista em que os repórteres não fizeram, não puderam ou não quiseram fazer a devida filtragem, pois assim alterariam os dados das fontes. Não farei uma análise da reportagem toda, mas somente do quadro das páginas 90 e 91, neste quadro estão os dados em análise.

        Primeiro tentarei fazer um resumo do conteúdo da reportagem, assim ninguém necessitará sair em busca de uma revista do ano passado, para melhor entender onde busco encontrar a real posição dos Céticos e do IPCC, se no lado côncavo ou se no lado convexo do poliedro. Huum! Lembremo-nos do enunciado do primeiro princípio da evolução do Cosmos! Tudo no Cosmos, (incluindo aqui o nosso existir), obedece sistematicamente ao princípio da não exclusão dos opostos. Então nada mais natural que exista uma parte (a maioria), da comunidade científica crendo na realidade do aquecimento global tendo como causa principal a ação do homem, e a outra parte (a minoria), não crendo na realidade deste aquecimento tendo como fator principal a ação do homem. Sendo esta a opinião dos Céticos (a minoria). O IPCC, como (maioria), crê e propõe o contrário. Aqui não analisamos a qualidade da reportagem, mas sim os pontos de vista dos Céticos e do IPCC. Isto, posto e estabelecido, vamos a uma descrição sucinta do conteúdo da reportagem: Acima cito o primeiro princípio da evolução do cosmo, que é o princípio da não exclusão dos opostos.  Pode parecer um absurdo, mas, sem e existência comprovada, deste princípio o Cosmos não existiria! Sem a existência das “anti-partículas” a matéria não perduraria por mais do que alguns bilionésimos de segundo, sem os anti-quarks Ups, e os anti-quarks Downs, para dar estabilidade aos quarks para que estes possam formar os prótons e os nêutrons, a matéria não existiria, nada existiria.

 

Os “anti-elétrons” ou pósitrons é que dão estabilidade aos elétrons, sem estas anti-partículas, ou seja, sem estes opostos, os átomos não existiriam e consequentemente o Cosmos também não. Na realidade toda partícula possui sua “anti-partícula”! Assim é que, mesmo no nosso viver cotidiano sempre existe um oposto a tudo, mesmo até a um simples pensamento nosso existe um “anti-pensamento”. O pensamento nada mais é que a manifestação mais sublime da energia! Que por sua vez possui acoplada a si a anti-energia, ou seja, neste caso o “anti-pensamento”. Chegaremos já ao assunto da reportagem! O motivo da “não verdade” ser sempre a minoria é um problema que assusta e desorienta até mesmo os modernos pensadores “quânticos”, ou seja, pensadores holísticos isto é, pensadores com conhecimento das funções quânticas que integram a vida ao Cosmos. Tomemos por similaridade a existência da verdade poliédrica na mesma proporção da existência da matéria. E tomemos a existência da “não verdade” poliédrica como similar e na mesma proporção da existência da anti-matéria.

 

3) A QUEBRA DE SIMETRIA (Física quântica e filosofia)

 

 A física quântica descobriu que no universo, (ou Cosmos), existe mais matéria que anti-materia. Vejamos! Ao fato de haver mais matéria que anti-matéria no universo, a física quântica denomina de quebra de simetria, (conhecida como CP), “noutro ensaio trato do assunto com mais profundidade e minúcia”, é esta quebra de simetria que dá estabilidade e existência longa ao Cosmos e naturalmente ao nosso existir. Creio que a causa primeira da verdade poliédrica residir justamente no lado externo dos poliedros, seja semelhante à quebra de simetria. Por isso, a parte externa visível dos poliedros contém a verdade, (mais numerosa), e o lado interno não visível dos poliedros contém a “não verdade” (menos numerosa). Por similaridade, a matéria, (parte mais numerosa das partículas), é visível, e a anti-matéria (parte menos numerosa das partículas), é invisível no universo. A verdade por atingir a maioria, embora menos potente que a “não verdade” é mais atuante em nossas vidas. A “não verdade, é mais potencial porque se potencializa ao interagir com todas as “não verdades” ou faces do lado côncavo do interior dos poliedros, mas sendo visto por uma pequena minoria é menos atuante em nosso existir”.

 

4) CONT. O IPCC E OS CÉTICOS   (Atualidades)

 

Tratemos agora da reportagem do Okky de Souza e da Vanessa Vieira. Compreendo e creio que o IPCC foi criado na ONU com a função precípua de defender o princípio de que o homem é o principal responsável pela emissão de CO2 e consequentemente o principal responsável pelo aquecimento global, ora! Para a ONU o “homem” nada mais é que as nações que mais poluem através de suas empresas, sem um responsável! Como cobrar uma dívida? Sendo neste caso, o credor principal a própria humanidade, compreendeu o ponto de vista da ONU? Já no caso dos Céticos! Quando se faz oposição a alguma coisa, esta oposição defende o direito de alguém, ou de si próprio ou de outrem, ou pelo menos o ponto de vista destes mesmos céticos, senão, não se faria tal oposição, não existe almoço de graça, tudo tem um interesse e um custo. Procurando a origem dos Céticos a encontramos nas maiores universidades do mundo. As maiores universidades do mundo são mantidas, (pelo menos seus custosos centros de pesquisa), através de convênios, com as maiores empresas poluidoras do planeta, não julgo que os Céticos sejam inocentes úteis, mas sim conscientes úteis, eles defendem pontos de vista contrários aos do IPCC porque vivem literalmente dos subsídios oriundos das grandes empresas poluidoras. Talvez não recebam “pecúnia” ou ordens diretamente destas empresas, mas de uma forma ou de outra! Abraçaram as causas destas grandes empresas poluidoras. Como diz o economista, alguém pagará o almoço! O problema é saber quem pagará.

 

         Neste jogo da segurança da espécie humana ameaçada pelo aquecimento global não haverá navalha de Occam! Temos de enfrentar tudo de frente, isto temos! No caso dos custos dos desastres climatológicos, o mais provável, é que todos nós paguemos estes custos. Se acontecer um desastre climatológico global, a economia mundial entrará em colapso e teremos um novo “crack”, mais violento que o de vinte e nove, se isto ocorrer e é provável que ocorra, quem primeiro soçobrará será naturalmente os grandes conglomerados financeiros, que são os representantes dos grandes conglomerados industriais e maiores emissores de CO2 do planeta, por tabela os Céticos irão logo a seguir, pelo menos perderão seus “gordíssimos” empregos. Não haverá “new deal” que salve o planeta. O J. Maynard Keynes (1883 – 1946) já se foi a muito tempo. O grande problema é que estamos caminhando a passos largos para a irreversibilidade do desastre climatológico, e parece que ninguém vê ou se importa com isto. Quando algum pensador diz algo a respeito, de imediato é tachado de catastrofista. O início do consumo acelerado dos combustíveis fósseis iniciou-se com o consumo do carvão mineral, com o aperfeiçoamento da máquina a vapor de Watt em 1769, e esta data marca o começo da emissão maciça de CO2 com origem nos combustíveis fósseis para a atmosfera.

 

Segundo cálculos de especialistas até o início do século XXI já tínhamos consumido 30 (trinta) por cento de todo combustível fóssil existente no planeta (encontrado e por encontrar), estas previsões são feitas com uma projeção do que está descoberto e do que falta descobrir no futuro. Os especialistas calculam que os restantes 70 (setenta), por cento não durariam nem mais 40 (quarenta anos), no máximo 50. Em nosso país quem mais consome os combustíveis fósseis são os veículos automotores, a indústria petroquímica consome principalmente o gnp, nós gastamos pouco combustível fóssil em eletrificação, mas no resto do mundo, principalmente no setentrião é a eletrificação e a calefação que mais pesam, sabe-se que sua frota de automotores é muitas vezes maior que a do hemisfério sul, o certo é que o mundo já ultrapassou o seu primeiro bilhão de veículos. Se com o consumo de 30 por cento já alteramos tanto o clima, (Os catarinenses que o digam, com seus furacões e seus tornados extras tropicais). Imagine quando exaurirmos o que nos resta das reservas de combustíveis fósseis! É interessante observar como o planeta consome os combustíveis fósseis como se as reservas fossem eternas! E isto todos sabemos que elas não são. Acordem brasileiros! Nossas reservas de petróleo são estimadas com muita boa vontade em 18 bilhões de barris, portanto não durará nem vinte anos.

 

          Esta sofreguidão no consumir nos levará a um desastre inconcebível! Pobre humanidade! Vejamos de que trata A reportagem nas ditas páginas 90 e 91 da Veja. Ali encontramos um painel com seis tópicos, aos quais se dá razão ao IPCC somente em dois tópicos. O primeiro tópico trata dos efeitos nocivos do CO2 nele é dito que o IPCC tem razão. O segundo tópico trata do aumento da temperatura do planeta onde o IPCC é de opinião que no fim deste século ela seja acrescida em 1,8 a 4 graus Celcius, (equivalente ao nosso centígrado), podendo chegar aos 6 graus Celcius. Os Céticos são de opinião de que as projeções feitas por computadores são imprecisas demais, assim, argumentou um cientista alemão do instituto Max Planck, e deram razão aos Céticos.! Ora! Se os computadores são imprecisos onde conseguiram informações contrárias precisas? O terceiro tópico trata da elevação do nível dos mares, neste tópico deram razão aos Céticos por que o IPCC, como diz a reportagem, para efeito de propaganda (Al Gore, como defensor do meio ambiente), disse que o nível dos oceanos subiria 7 (sete) metros até o fim do século XXI. Ora! Nas duas calotas polares existe cerca de 38 milhões de km3 de gelo, (estes cálculos não computam os gelos imersos sob as águas polares), se este gelo emerso se derreter se transformará em 38 milhões de km3 de água, que naturalmente irá elevar o nível dos oceanos, não em míseros 7 metros, mas, em 92 (noventa e dois) metros, basta que o nível suba ¼ (um quarto), disso, ou seja, 23 metros para ocasionar uma catástrofe inconcebível, se o oceano subir 23 (vinte e três) metros afetará mais da metade da população do planeta, seria um desastre econômico que levaria várias gerações para uma completa recuperação. O 4º tópico trata também do derretimento das geleiras polares, o IPCC é de opinião que se as geleiras se derreterem o desastre é inimaginável, e de que não existe efeito sanfona nos eventuais degelos massivos.

 

Os Céticos argumentam que existe pouquíssima informação sobre o volume do gelo dos pólos, e de que é quase impossível verificar se a redução do gelo é significativa, o japonês Syun-Ichi Akasofu do “International Arctic Research Center” deve estar brincando! Ou deve ser um simplório, quando uma simples duna num deserto iraquiano desaparece numa tempestade de areia, imediatamente os mapas no pentágono são alterados, imagine uma geleira de grandes proporções! Neste quarto tópico ficaram com vergonha e deram razão ao IPCC. O quinto tópico é o único em que os Céticos estão com a razão, pois o IPCC argumenta erroneamente que o aumento da temperatura global causará epidemias de malária, o que não é verdade. O último, e sexto tópico trata da extinção de várias espécies animais, nele o argumento do IPCC é aparentemente um pouco exagerado, somente aparentemente! Pois a pouco tempo, no segundo semestre de 2005 tivemos, (devido a alterações climáticas), aqui na América do Sul um fenômeno climático inusitado, nunca ninguém esperava uma seca daquela intensidade na Amazônia, mas foi o que ocorreu e de forma catastrófica, a seca foi de tal monta que faltou água para as populações ribeirinhas beberem, pois o pouco que restou era pura lama e poluída pelos dejetos dos animais silvestres. Todos os pequenos rios e todos os lagos secaram! Os igarapés secaram, houve grande mortandade de peixes, populações ficaram isoladas, sem ter como se locomover, barcos encalhados, etc. Se esta seca durasse um pouco mais, parte da Amazônia pegaria fogo e então milhares de espécimes desapareceriam.

 

 É bom observar que nós estamos somente no começo da alteração climática. Onde está a falha no argumento do IPCC? Nas florestas do planeta basta os insetos desaparecerem para cessar a polinização de muitas árvores frutíferas, o que causaria uma quebra na cadeia alimentar levando muitas espécies animais a desaparecer por inanição. Aqui fica a pergunta, onde estão os argumentos dos Céticos e do IPCC em nosso poliedro de Platão! Quem está no lado externo? E quem está no lado interno? Isto não é tão difícil de verificar. A verdade poliédrica tem a virtude de ser facilmente percebida, procurem pela maioria! Lá estará a verdade poliédrica… Aos competentes repórteres Okky de Souza e Vanessa Vieira, meu muito obrigado por fazerem uma reportagem com tanta competência e tão abrangente sobre um assunto que interessa a toda a humanidade, e minhas desculpas, se não consegui agradá-los com minhas verdades poliédricas, nestas minhas insossas análises.

 

“Hoje em dia, o ser humano apenas tem ante si, três grandes problemas que foram ironicamente provocados por ele próprio: 1) A super população, 2) O desaparecimento dos recursos naturais e 3) A destruição do meio ambiente, triunfar sobre estes problemas, visto sermos nós a sua única causa, deveria ser a nossa mais profunda motivação.”

 

Jacques Yves Cousteau  (1910-1997) 

 

Este ensaio, o escrevi, após um questionamento filosófico sobre o que seria a “VERDADE”, com um amigo extremamente inteligente e perspicaz, o Luciano Ferraz, meu conterrâneo de Itambé.

 

De minha parte, confesso humildemente que não sei onde está, nem o que realmente seja a verdade… No entanto, jamais deixarei de procurá-la…

Mas, também sei que a verdade, não é uma só, porquanto são milhares de verdades, que no fim resultarão numa só verdade.

 

Os programas, referidos aqui, ainda estão comigo, hoje já transformados para linguagem assembler de calculadoras programáveis HP 42S, virtuais, (a linguagem e os computadores dos primeiros programas entraram em desuso), posso disponibilizar os da HP 42S, para qualquer interessado, ainda envio de lambuja uma calculadora programável virtual HP 42S com custo 0800. Eis meu e-mail: [email protected]

É só solicitar e será prontamente atendido.

 

 

Vitória da Conquista, Bahia, 03 de maio de 2008

Este ensaio sofreu atualização em janeiro de 2011

Edimilson Santos Silva Movér

www.apoloacademiadeletras.com.br

aqui estou na terceira página

 

77-8813 7716

77-9109 3736

 

Estou avisando aos distintos leitores do que a gente diz, que a partir deste, só postarei mais um ensaio, ponho minha viola no saco, vou tirar férias, tchau. Vou-me embora pra Pasárgada/Lá sou amigo do rei/Lá tenho a mulher que eu quero/Na cama que escolherei, este aviso é válido para todos os blogs.

 

Por falar nisso, todo mundo diz que vai embora pra Pasárgada, será que todos já leram o poema do Manuel Bandeira? Se já, ótimo, se não! Eis a oportunidade de ler! Veja que beleza:

 

 

VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA

 Manuel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo incosenqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei um burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d’agua
Pra me contar as histórias
Que no tempo de seu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
– Lá sou amigo do rei –
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada