Filosofia = DA SÉRIE: AMENIDADES PARA O QUE A GENTE DIZ – (UMA PROPOSTA SINGULAR… NUMA VISÃO METAFÍSICA DE UMA NOVA FORMA DO COSMOS)

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(UMA PROPOSTA SINGULAR… NUMA VISÃO METAFÍSICA DE UMA NOVA FORMA DO COSMOS)

(UNIVERSO MAXWELLIANO)

Numa singela homenagem à mente brilhante do professor Davi Lima Araújo

Por Edimilson Santos Silva

Embora esta seja uma teoria (baseada em dados científicos atuais, como não poderia deixar de ser), ela nada tem a ver com a ciência, sendo uma teoria totalmente heurística, portanto, uma teoria metafísica. A maioria dos meus ensaios tem como temas, áreas da cosmologia, paleontologia, antropologia, biologia, psicologia, filosofia em geral, sobre tudo, filosofia existencialista, meio ambiente, ou temas vivenciais e afins, pois, gosto mais de discorrer sobre temas que tenham como referência qualquer uma das “ciências da vida”. Mas, para um melhor entendimento sobre o que penso a respeito de minhas proposições: díspares, diversificadas e mesmo antagônicas, torna-se, e é necessário que se tome conhecimento do conteúdo do Preâmbulo ao Antelóquio da obra “Os Três Insights”, onde apresento alguns argumentos para justificar algumas das minhas mudanças de opinião, de pontos de vista, de proposições, ou mudanças de posturas conceituais. Passo com uma rapidez incrível, da avença para o conflito. Eu creio no monismo como busca última da divindade e da existência da vida, e creio com firmeza na pluralidade da busca pelo ainda desconhecido no cosmos. Portanto se encontrarem novas proposições, a respeito de quase tudo do que já escrevi até hoje, não se assustem, pois serão somente mais uma das minhas tentativas metafísicas de chegar ao fim comum do acerto procurado. Que a meu ver; seria como o abrir de todas as gavetas!!! No dia em que já tivermos conseguido abrir todas as gavetas do conhecimento, do possível e do impossível, conheceremos tudo, absolutamente tudo sobre a vida e sobre o cosmos, tudo do seu princípio, e tudo da sua finalidade precípua, e tudo do seu fim. Se é que existiu um princípio e ainda existirá um fim.

O meio, o (o intermezo), deste temos a mais absoluta certeza que existe… Mas, estas outras duas entidades: (princípio e fim), em meu modelo de universo estão definitivamente descartadas.

Eis o que explano e afirmo no preâmbulo ao antelóquio:

Nesta obra “Os Três Insights”, apresento enfoques gerais sobre proposições metafísicas diversas, embora a metafísica proposta seja na maioria das vezes, uma metafísica baseada quase que exclusivamente na física moderna, mais com ares de ciência que mesmo de metafísica, na realidade foi tudo heuristicamente concebido. No contexto geral, cada capítulo tem arrazoados diferentes, divergindo às vezes sobre o mesmo assunto, a riqueza da obra é exatamente isso, oferecer vários enfoques ou pontos de vista sobre um mesmo tema despertando no leitor o gosto pela análise e a busca pelo desconhecido, não o gosto pela incoerência, assim o espero. Alguns capítulos, a exemplo disso, são opostos em suas propostas conceituais, vejamos o caso dos capítulos de “A GRANDE BOLHA” e do “UNIVERSO REVERSO”, onde o primeiro propõe um universo em expansão, embora diferente, mas, seguindo a idéia original de Erwin Hubble, e o segundo, diferentemente apresenta a proposição de um universo em contração, o que vai de total encontro à teoria do universo em expansão proposto por Erwin Hubble, fato este, que de maneira alguma pode ser tomado como uma incoerência, na realidade, o que procurei fazer em toda a obra foi apresentar uma miríade de proposições forçando a mente analítica de cada leitor a tomar sua própria decisão. O fiz assim, porque não acredito que nada, mas, nada mesmo na física, e inda mais na metafísica esteja definitivamente resolvido. Motivo pelo qual defendo ardorosamente a pluralidade das proposições. Acredito que eternamente nenhum saber será definitivo. Acredito piamente no que já diziam os pré-socráticos, de que: a única permanência existente no universo seria a impermanência.

CONCEPÇÃO ATUAL DA CIÊNCIA, DA FORMA E DA DINÂMICA DO NOSSO UNIVERSO

É impossível entender ou assimilar uma teoria que defina uma nova forma para o cosmos, sem que tenhamos (pelo menos), um pequeno conhecimento do que seja o cosmos, começando com uma compreensão elementar da dinâmica do cosmos. Isto, para que possamos compreender a teoria de um universo com a forma de um campo de Maxwell. Numa escala secular o avanço tecnológico em todos os setores da ciência é tão rápido que na pesquisa sobre o cosmos, mal são publicadas “novas” descobertas advindas de “novas” tecnologias, e logo, “novos” avanços tecnológicos nos trazem “novas” descobertas que ampliam o conhecimento já existente ou põem tudo por água a baixo, e temos que reaprender tudo de “novo”. (A constante chegada do “novo” é que faz o presente, efêmero).

Einstein ao publicar a lei da relatividade geral em 1916 desconhecia três fatos de grande importância que ocorria no cosmos: (A) a existência das galáxias, que só foram descobertas na década de 20 do século XX, (B) o fato de que o universo estava em expansão, fato descoberto por Erwin Hubble só em 1929, com a consequente teoria da origem do universo, fundamentada na singularidade e no posterior Big-Bang, (C) ele desconhecia a existência da matéria escura e da energia escura, ou seja, desconhecia o “duplo escuro”.

É bom observar, que o que compõe o “duplo escuro” nunca foi detectado fisicamente no cosmos, só sabemos que ele existe devido ao efeito gravitacional que ele provoca no movimento acelerado de expansão do cosmos, no movimento interno das galáxias, e no comportamento das galáxias nos pequenos aglomerados e nos superaglomerados. O desconhecimento do terceiro fato; levou Einstein a criar a constante cosmológica para compensar a dinâmica da gravitação no vácuo. Einstein considerou a inclusão da constante cosmológica em seus cálculos, como seu maior erro, quando em 1998 confirmou-se a presença do “duplo escuro” no cosmos, evidenciou-se que este foi o seu maior acerto. Que cérebro! Foi um gênio até quando errava. Naquela época o vácuo era tido como um vazio, com a moderna tecnologia da astrofísica e da astronomia sabe-se hoje que não existe o que se chamava de vazio, pois, o espaço em todo o cosmos está preenchido com matéria escura e energia escura, é o que a física do cosmos denomina de “duplo escuro”, descobriu-se que o espaço que permeia e que rodeia as galáxias está prenhe de matéria e de energia escura. O que explica o movimento anômalo das galáxias, onde toda sua massa de estrelas e demais corpos possuem uma mesma velocidade, da periferia até o seu centro, o que faz com que os objetos mais da periferia tenham velocidade “relativas” menores, o os objetos mais no seu centro possuam velocidades “relativas” maiores, que são velocidades reais iguais. O que nos diz que: objetos galácticos, quanto mais próximos do centro fazem o giro de 360 graus em menor tempo, o oposto do que ocorre com os sistemas solares, onde os corpos mais próximos do centro fazem o giro em menor tempo por possuírem maior velocidade (real) para compensar a atração gravitacional que obviamente é muito maior, quanto mais próximos estiverem do sol central. É o que em física chama-se de momento angular, sendo que o momento angular no espaço mais próximo do centro das galáxias espirais não obedece aos princípios da física newtoniana, pois, os corpos mais próximos do centro da galáxia têm a mesma velocidade de rotação dos corpos mais da periferia. Parece-me que a concentração de “duplo escuro” cresce proporcionalmente à medida que se aproxima do centro da galáxia, diminuindo a velocidade dos corpos até igualá-la à velocidade dos corpos da periferia da galáxia, o que se reflete numa compensação da perda da conservação angular provocada pela presença do “duplo escuro”.

A ciência já sabe de que é feito o cosmos? Sabe sim! 70% é de energia escura fria, 25% é de matéria escura, 4% é de átomos invisíveis, 0,5% é de hidrogênio e hélio, 0,01% é de todos os outros átomos visíveis, 0,01 é da luz de todas as galáxias que nunca brilharam para nós, pois, quando aparecemos elas já tinham se apagado, 0,01% é da radiação de fundo do Big-Bang, o outro 0,47% é da massa dos três tipos de neutrinos, cujas massas ainda não estão bem definidas. Só muito recentemente a ciência conseguiu estabelecer estes valores. pág. 140 e 141 de (Panorama Visto do Centro do Universo), Joel R. Primack e Ellen Abrams, Editora Companhia das Letras – 2008.

O movimento de rotação das galáxias sempre foi tido como uma anomalia da física do cosmos, pois nas galáxias, quanto próximo ao centro o momento angular é menos conservado, sendo transferido para a massa do “duplo escuro”, o que faz desacelerar, proporcionalmente os corpos, quanto mais próximos estiverem do centro da galáxia. O comportamento e o movimento das galáxias só recentemente vieram a ser compreendidos e explicados (pelo menos parcialmente), com a descoberta da presença de matéria escura e de energia escura em altíssimas quantidades dentro e fora das galáxias. Da ação gravitacional do “duplo escuro” é que advém a forma espiralada da maioria das galáxias. A nossa Via-Láctea como um todo dá um giro de 360 graus em 220 milhões de anos, no entanto, o seu centro gira proporcionalmente e relativamente muito mais rápido, mas, todos os corpos (do centro e da periferia), possuem (como dito anteriormente), a mesma velocidade, o que é um paradoxo. Outra importante descoberta da astrofísica e da astronomia moderna é de que os aglomerados locais e os “superraglomerados” de galáxias obedecem a lei de expansão do cosmos, como se fossem corpos sólidos, isto é, se expandem juntos, assim, a expansão do universo não faz com que as galáxias dentro dos aglomerados e dentro dos “superraglomerados” se afastem entre si. Portanto é devido a isto que dentro de sete bilhões de anos nossa galáxia (Via Láctea) estará se chocando com a M31 (Andrômeda), isto, devido ao fato de que seus movimentos são convergentes em razão das suas mutuas, e imensas atrações gravitacionais. São dois objetos apaixonados, que inevitavelmente no futuro se abraçarão. Não existe a possibilidade destas duas galáxias, passar uma pela outra de raspão, seu atrator gravitacional é tão descomunal que elas tenderão inevitavelmente a um choque direto, no entanto, a Via Láctea e sua parceira Andrômeda deveriam estar se afastando uma da outra, se fizessem parte de aglomerados diferentes, pela repulsão gravitacional refletida numa acelerada expansão cósmica provocada pelo “duplo escuro”. No final do século XX criou-se um novo conceito do cosmos com a descoberta do “duplo escuro”. O “duplo escuro” age de forma estranha, sua gravidade é repulsiva, talvez a tenha herdado do período que antecedeu o Big-Bang. Também, no nosso grupo local, composto de 31 galáxias, a expansão cósmica acelerada não o dispersa pelo espaço, pois, a gravidade interna devido à proximidade dos corpos se sobrepõe à força de repulsão do “duplo escuro” exerno, o que mantém coeso nosso grupo local, como na maioria dos aglomerados. O mesmo ocorre dentro das galáxias, a gravidade interna da galáxia se sobrepõe à força de expansão do “duplo escuro” existente fora da galáxia. a força de repulsão do “duplo escuro” dentro da galáxia por ser mais atuante no seu centro só faz retardar a velocidade de translação dos corpos mais ao centro da galáxia. Quem só concebe o universo raciocinando com base na física newtoniana dificilmente visualiza o movimento interno das galáxias em espiral. Quanto à nossa expansão acelerada pelo espaço a fora, ela continua normalmente, e a cada segundo mais acelerada ela estará, isto é, está se afastando aceleradamente de todos os outros aglomerados, vizinhos ou distantes! Descobriu-se algo que explica facilmente a expansão acelerada do cosmos. Todo o cosmos é cheio de “duplo escuro” e quanto mais distante um corpo cósmico está do outro, mais “duplo escuro” existe entre eles, e quanto mais “duplo escuro” existe entre dois corpos, mais acelerado é seu movimento de expansão, disto deduz-se facilmente que os corpos mais distantes possuem mais “duplo escuro” entre si, e sua aceleração da expansão tenderá a aproximar sua velocidade de expansão da velocidade da luz “c”. Daí vem o limite do nosso universo visível ou observável. Objetos mais distantes, simplesmente não se deixam ver, devido ao fato de que a sua velocidade de afastamento já estando próxima da velocidade da luz, não permite que os fótons de sua luz caminhem em nossa direção. Além destas distâncias, nossos instrumentos por mais que se os aperfeiçoe serão sempre cegos. Portanto os olhos, (instrumentos), da nossa ciência astrofísica, nunca ultrapassarão os limites do nosso universo observável, ou visível, de 13.700.000.000 (treze bilhões e setecentos milhões de anos luz).

A proposição da ciência, de quanto mais afastados os corpos, mais duplo escuro existe entre eles, com isto eu não concordo, isto é mais uma burrice da ciência dos homens, Siga o meu raciocínio: Se num momento dado, entre dois corpos cósmicos existe uma distância X e neste mesmo momento entre estes dois existe uma quantidade Y de “duplo escuro”, como poderia noutro momento dado, quando a distância for X+1, então a quantidade de “duplo escuro” também aumentará de quantidade para Y+1? O que me diz esta proposição da ciência é que mais “duplo escuro” teria sido criado, quando esta mesma ciência nos diz que tudo que compõe o universo foi criado no período de 300.000 (trezentos mil anos) ocorridos entre a singularidade e o Big-Bang. Diz a ciência que a massa do universo “é” “está” e pronto, portanto não está mais sendo criada, tudo que existe “é” e ponto final.

Já discorri sobre a composição do cosmos à página 3 deste texto.

Em 1929 o astrônomo norte americano Erwin Hubble descobriu (para assombro da comunidade científica daquela época), que o universo estava se expandindo numa taxa impressionante, no entanto, na época acreditava-se que esta taxa de expansão fosse uniforme e constante. Foi quando Einstein criou sua famosa equação demonstrando que: se a massa do universo possuísse ou ultrapassasse um valor (X) o universo voltaria a se contrair, portanto seria um universo fechado, mas, se sua massa não alcançasse este valor (X), o universo tenderia a se expandir para sempre, perdendo energia, e tenderia a desaparecer para dentro do espaço infinito, morrendo como um organismo sem luz, frio e sem vida, numa escuridão eterna, e obviamente como um universo morto, e nesse caso, seria um universo aberto, E tudo indica (segundo o que nossa ciência atual descobriu), que nosso universo seja um universo aberto. O que não deixa de ser um quadro desolador…

No universo conhecido, ou seja, no universo visível existe um número relativamente pequeno de tipos de objetos, sendo a maioria galáxias, de permeio a estas existem: protogaláxias, nebulosas, nuvens de gás, a maioria destes são berçários de estrelas. E dentro de cada galáxia um número imenso de estrelas, quasars, estrelas de nêutrons, nebulosas, estrelas mortas: anãs brancas, anãs azuis, anãs vermelhas, poeira cósmica, buracos negros, nuvens de gás, etc. Nossa galáxia possui tamanho e massa média, no entanto possui um diâmetro de 100.000 (cem mil anos luz) possuindo no seu interior 400.000.000.000 (quatrocentos bilhões de estrelas), dentro do limite do nosso universo visível, ou seja, dentro do nosso horizonte cósmico existe um número quase infinito de galáxias. O que limita nosso universo é a impossibilidade de vermos além deste limite, sendo portanto, o nosso universo conhecido, uma ínfima parte do que realmente existe no cosmos. Tudo que ultrapassar este limite será, portanto, pura especulação e elucubração da física, e neste caso, é função da metafísica meter seu bedelho, sendo o que faço neste momento… Faço uma ressalva: A Universidade de Cambridge em 2000 publicou às páginas 121-122 da sua publicação anual (Cambridge University Press, 2000, o argumento de Leonid Grischuk e Jacob B. Zel´dovich (1978) de que a radiação de fundo junto com um argumento baseado na relatividade geral sugerem que o nosso universo poderia ter 100 (cem) vezes o tamanho do nosso universo cósmico que é de 13,7 bilhões de anos luz. O que vem corroborar minha idéia de que nosso universo é muito maior do que a ciência nos diz nunca consegui engolir os argumentos da ciência para o tamanho do nosso universo, na Obra “Os Três Insights”, proponho um universo com 55 (cinqüenta e cinco) bilhões de anos luz de diâmetro. Isto no ano de 2000. Mas, tudo que houver além do nosso horizonte cósmico, de 13,7 bilhões de anos luz, com certeza continuará para sempre como sendo uma incógnita.

Todos os povos indistintamente, que formaram grandes sociedades organizadas tiveram (ou criaram) suas cosmologias. Destes, nenhum teve sua crença de mundo restrito ao seu universo terráqueo local, todos montaram seu mundo incluindo o cosmos além do alto dos céus visíveis, todos tiveram uma visão de mundo incluindo o céu com as estrelas, e além das estrelas, só os povos ditos (bárbaros) viam seu mundo com referência ao restrito “aqui e agora local”, ou seja, todos que alcançaram algum tipo de progresso “civilizatório” tiveram seu “Uróboro Cósmico”, com a cabeça representando o macro e sua cauda representando o micro cosmos. É interessante observar que desde as mais antigas civilizações o homem concebeu ou construiu seu mundo incluindo o macro universo, na época, e isto era de difícil mentalização. Já o homem do século XXI, independente de ter educação acadêmica ou não, não consegue fazer isto. Daí a origem da pergunta, (o que há de errado com o novo homem?). Onde seu universo cósmico reduz-se a GAIA.

Na realidade a ciência desconhece a real dimensão e a forma do cosmos, e este desconhecimento é motivado pelo fato de que os corpos emissores de luz no limite do cosmos se afastam de nós com velocidade próxima à da luz, o que nos leva a só poder ver a luz de objetos que não ultrapassem o limite do campo profundo, pois, no campo profundo o objeto emissor de luz mais distante que até hoje a ciência pode observar está a treze bilhões e setecentos milhões de anos luz, sendo este o limite do nosso universo observável, que os cosmólogos chamam de nosso horizonte cósmico, ou universo visível. No entanto, a ciência cosmológica (não é nem considerada como uma ciência, segundo a maioria dos cientistas), a ciência cosmológica admite que ao chegarmos a este horizonte cósmico, ou limite do universo observável, teremos pela frente e para todos os lados um novo universo observável com um raio de treze bilhões e setecentos milhões de anos luz, e ao chegarmos ao limite deste novo universo estaremos no centro de um novo universo, e assim “ad infinitum”, portanto um universo sem fim. E isto nos leva a um paradoxo, neste tipo de universo onde ficaria a singularidade, mãe do Big-Bang. E para onde iria a relatividade geral de Einstein com sua luz de velocidade limitada a um único valor, isto em relação a qualquer sistema coordenado (SC), e onde ficaria o centro do universo primordial? Os homens de ciência sabem que num universo onde prevaleça um limite deste tipo, para o universo observável, sempre haverá uma pergunta, para a qual nunca haverá uma resposta lógica, verossímil e plausível. Onde ficaria o centro do universo primordial? Espero que tenha conseguido com estas poucas palavras desenhar o universo concebido ou visto por nossa ciência neste início de século XXI.

O UNIVERSO COM A FORMA DE UM CAMPO MAXWELLIANO

Este modelo de universo me veio à mente ao descobrir que tudo no universo é passível de possuir um campo eletromagnético; um átomo, uma molécula, um corpo qualquer é passível de possuir um campo, desde quando seja feito dos materiais adequados à existência deste campo. Assim, um átomo, um pedaço qualquer de um minério apropriado, um veículo, um corpo humano, um planeta, uma galáxia, tudo no universo é passível de ter um campo eletromagnético. Finalmente onde houver energia eletromagnética existirá um campo.

Daí deduz-se que a coisa mais abundante no universo sejam os campos eletromagnéticos, se esta proposição é verdadeira! Por que o próprio universo não seria um imenso campo eletromagnético?

Com as devidas ressalvas, e desde quando for deduzida matematicamente a forma deste campo, devido a sua grandiosidade, ele tenderia para a forma mais perfeita do universo, que é a forma esférica, então ele teria aproximadamente a forma esférica… É bom notar que a forma mais abundante no universo é a forma esférica. Esta forma torna-se necessária devido à grandiosidade da massa do universo, pois este campo não poderia ter seu núcleo ou “túbulo” com a forma longilínea, devido ao fato de que a massa do universo “in totum” fluirá por dentro do seu núcleo, e este núcleo deverá ter dimensão (espaço), suficiente para permitir que todos os corpos do universo fluam permanentemente pelo seu interior naturalmente, de forma que as distâncias mínimas entre estes corpos sejam respeitadas para que a massa se comprima sem se aglutinar ou despedaçar, isto, obedecendo a lei de Roche (se nesta escala esta lei física for válida), e penetre contraindo no lado negativo do núcleo ou sul do campo e saia expandindo, também sem se alterar ou despedaçar no lado positivo do núcleo ou norte do campo, isto num “ciclo contínuo e eterno”. Assim, quando da entrada no lado negativo do núcleo o movimento temporário do universo será de contração, e quando na saída no lado positivo do núcleo o movimento temporário será de expansão. É onde nos encontramos agora. Este modelo de universo eliminaria o discutido fim/início deste mesmo universo. Este modelo de universo é mais lógico, mais viável, mais condizente com a física do cosmos, mais simples, mais crível e sobre tudo, muito mais elegante. Este modelo de universo é dinâmico com relação ao movimento de seus corpos, e estático com relação à sua forma. Um universo em estado de equilíbrio, mas, com forma diferente foi proposto por Fred Hoyle na década de 40 do século passado. Parece-me no meu modelo de (universo-campo) este cientista terá uma cadeira de honra.

Posso conceber um número infinito deste modelo de universo formando um supermacro (universo campo), e assim “ad infinitum”. Com este supermacro universo de (universos campos),  com esta concepção me livro das mentes pequenas, elas não o conseguirão conceber, pelo menos por um bom tempo…

O raio proposto para um tipo de universo com a forma do campo de Maxwell seria de no mínimo 80.000.000.000 (oitenta bilhões) de anos luz. Talvez, um pouco mais na direção do comprimento do seu núcleo ou “túbulo”, embora o raio médio seja bem maior, o que faz com que sua forma seja ligeiramente elipsóidica, este universo teria a forma aproximada de uma laranja alongada com os seus topos bastante reentrantes no corpo da laranja. Nossa posição atual neste tipo de universo seria saindo do núcleo à talvez, 13,7 bilhões de anos luz da reentrância do núcleo, teríamos então, durante este período um temporário movimento de expansão, e quando já no outro lado, na entrada na outra reentrância o  movimento seria de contração. E em ambos os casos, quando estivéssemos à 13,7 bilhões de anos luz distantes das extremidades do núcleo veríamos um aparente campo profundo se apresentar à distância de 13,7 bilhões de anos luz, como também veríamos uma energia existente em todo corpo do campo em forma de radiação. Seria esta energia que Arno Penzias e Robert Wilson em 1965 com sua antena da A&T Bell confundiriam como sendo a radiação de fundo que teria se originado 300.000 (trezentos mil anos) após o suposto e inexistente Big-Bang. Num universo Maxwelliano haveria permanentemente e eternamente uma expansão e uma contração em cada extremidade do núcleo ou “túbulo” do (universo campo). Este é o meu universo…

As ideias que apresentei neste texto são tão somente ínfimos lampejos luminosos de uma futura teoria completa de um universo em forma de um campo eletromagnético, seria função da ciência desenvolvê-la. Eu propus com a metafísica, somente os fundamentos do que chamei de teoria do universo maxwelliano, e nada mais. Um universo como o universo ora proposto seria definido por somente quatro equações, se é que as equações de campo de Maxwell definam ou tenham potência matemática e prevalência para qualquer tamanho de campo! Do micro ao macro campo. E este (universo campo), seria o macro dos “macros campos”.

A atualização dos dados científicos do cosmos: são encontrados e referidos em Notas: páginas 361 a 435 em (Panorama Visto do Centro do Universo), Joel R. Primack e Ellen Abrams, Editora Companhia das Letras – 2008.

 

Vitória da Conquista, BA,

Ensaio revisado e atualizado em janeiro de 2011
Edimilson Santos Silva Movér
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