Gildásio defende Nilo e acusa APLB de usar Assembleia como ‘trampolim político’

Gildásio defende Nilo e acusa APLB de usar Assembleia como ‘trampolim político’

Foto: Betto Jr. / Ag. Haack / Bahia Notícias
Cotado como provável novo líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Gildásio Penedo, chefe do PSD na Casa, partiu em defesa do presidente Marcelo Nilo (PDT), que solicitou à Justiça a retirada dos professores grevistas do prédio. Nesta quarta-feira (18), após a categoria decidir manter a paralisação, que completa 100 dias nesta quinta (19), o juiz Ruy Eduardo Almeida Britto, da 6ª Vara da Fazenda Pública, decidiu pela realização de uma inspetoria no espaço, com o uso de força policial na área externa da AL-BA, antes de responder ao pedido de reintegração de posse. Penedo diz lamentar o que considera “desvio de conduta”. Para ele, depois do fracasso na intermediação do impasse entre Estado e categoria pelo Ministério Público e Tribunal de Justiça, ficou clara a utilização política do movimento. “O debate de luta salarial já se exauriu a essa altura. Há um interesse político e partidário do movimento, que perdeu o sentido por se deixar contagiar por partidos políticos. Deixou que legendas radicais como o PSOL e o PSTU levassem a luta de ordem sindical para uma luta movida pelo sentimento da política. A APLB não quer dar fim à greve. A casa é do povo e não pode ser usada como trampolim político”, sentenciou o parlamentar. Penedo comparou ainda a situação da AL-BA com outras sedes legislativas nacionais para defender “a saída pacífica dos professores” da Casa. “Nós acreditamos que a Justiça encontrará uma saída negociada com os professores para a desocupação da Assembleia. Até porque não há precedentes que justifiquem a ocupação por 100 dias. Isso não existe na Câmara Federal ou no Senado, onde há reivindicações, porém sem ocupação do prédio”, avaliou. Entre os episódios de agressões entre servidores e deputados, Gildásio Penedo foi um dos alvos dos manifestantes. “Teve um sujeito que fez uma hostilidade, mas não levei a cabo”, revelou. Além dele, Sargento Isidório (PSB) e Fátima Nunes (PT) relatam ter sofrido empurrões nos corredores da Casa do Povo.por Evilásio Júnior