Grávida que se recusou a tomar vacina morre por Covid-19 no Ceará e bebê é salvo

 

Gestante que se recusou a tomar vacina contra Covid-19veio a obito  após contrair a doença em Tamboril, na região norte do Ceará.

A mulher de 32 anos morreu no último dia 20, sendo o primeiro óbito causado por coronavírus no município em 2022. O secretário de Saúde do município, Francisco Felix Melo Farias, confirmou que a mulher assinou um termo oficializando a recusa pela vacina, após ser convocada mais de uma vez para receber o imunizante

. A prefeitura revelou que o termo foi assinado no dia 5 de janeiro, 15 dias antes do falecimento. “Nós fazemos busca ativa para tentar captar as pessoas que não querem se vacinar. Isso nos preocupou quando a gente descobriu que ela, mesmo gestante, não queria tomar a vacina. A gente a trouxe até a unidade de saúde e, lá, ela assinou um termo se recusando a tomar a vacina”, contou o secretário ao G1. Ele disse que, por conta da gravidade da infecção, a mulher precisou ser transferida para Sobral, município referência na região norte do estado. “Infelizmente ela contraiu a doença e, chegando no hospital, os médicos desconfiaram que era Covid. Aí, ela foi transferida imediatamente a Sobral, mas ela já chegou grave. Eles conseguiram salvar a criança, que está bem, mas está na incubadora”, comenta o secretário. A criança nasceu entre seis e sete meses de gestação.

Em  nota, a Prefeitura de Tamboril informou que a gestante deu entrada no hospital do município na última segunda-feira (17). Após constatar quadro clínico grave, ela foi transferida para Sobral — onde foi confirmado o diagnóstico de Covid-19. Diante das complicações, o parto foi realizado. O bebê foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e segue sob cuidados médicos. Félix informa que o pedido da assinatura é um procedimento que a prefeitura encontrou para registrar a recusa de algumas pessoas. “A quem se nega a se vacinar, nós estamos pedindo um termo [assinado] para ficarmos respaldados também. Porque nós não podemos obrigar. Mas nós temos a preocupação de vacinar o máximo possível”, informou o gestor municipal.