Hospital de Base – VdC – HGVC realiza primeiro ‘bypass’ para aneurisma cerebral do interior da Bahia

O Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC), realizou na semana passada a primeira neurocirurgia usando a técnica bypass do interior do Estado, em paciente de 41 anos que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, e após uma angiotomografia foi diagnosticado com Aneurisma Fusiforme Roto.

O procedimento, que durou cerca de sete horas, contou com uma equipe de cinco médicos, os neurocirurgiões Iogo Henrique e Juliano Baptista, os anestesistas Ítalo Lopes e José Neto, e o cirurgião vascular Gibran Swame, sendo realizado com total sucesso e ótimos resultados.

O aneurisma do paciente estava na artéria carótida, a mais importante artéria do cérebro, então para que fosse possível fechar a passagem de sangue pelo aneurisma, foi necessário criar um novo vaso, uma espécie de ponte que é chamada de bypass.
O Aneurisma Fusiforme Roto, ocorre com pouquíssima frequência e principalmente nas artérias cerebrais, por meio de uma dilatação circunferencial na parede da artéria, ou seja, o aneurisma é o próprio vaso. Neste caso, não tem como fechar o aneurisma sem fechar o vaso para cessar sangramento, diante disso, se faz necessário utilizar a técnica do bypass para garantir que o sangue circule normalmente e chegue até o cérebro.
Para a realização do procedimento foi coletada uma veia da perna do paciente, a veia safena, e foi feita essa ponte, que funciona como uma nova carótida, uma vez feita essa ponte e percebendo que o sangue corre flui normalmente ao cérebro, é fechado o aneurisma.
Para fazer a anastomose (ligação entre dois vasos) é preciso abrir o vaso e emendar em outro, depois é preciso fechar temporariamente. De acordo com Iogo Henrique, neurocirurgião responsável pelo bypass, o cérebro não suporta muito tempo sem receber o sangue, por isso é crucial que todo o procedimento seja feito em tempo hábil e de forma certeira, pois esse vasos são de um a dois milímetros. Nesse momento os anestesistas fazem várias manobras anestésicas, para que o paciente possa tolerar, sem que haja nenhuma repercussão negativa durante essa interrupção temporária.
Esse procedimento é muito raro, são poucos os neurocirurgiões no país que são habilitados a fazerem o bypass no cérebro, “precisa de um treinamento bem específico em anastomose e cirurgia neurovascular, para que se tenha habilidade para fazer o procedimento. Mais raros que os casos de pacientes que precisam desse tipo de procedimento, são os neurocirurgiões habilitados para realizar a técnica.” afirma Iogo Henrique, que há anos investe para aprofundar na área.
É importante salientar que todo o procedimento cirúrgico foi custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), quando nenhum outro hospital da região têm estrutura e pessoal especializado para realização da técnica. Diante disso, é necessário que haja entendimento da importância do SUS para que vidas sejam salvas.
Pelo fato de ser um procedimento raro e altos preços para investir na habilidade,é o que torna difícil que haja muitos profissionais com experiência.
Para treinar, Dr, Iogo usa frangos de supermercado, pois é preciso manter sempre a habilidade em dias.

Dr.Iogo afirma que tem afinidade com o procedimento neurovascular, que se predispõem a fazer o procedimento.

Técnica de resgaste

Na neurocirurgia, o primeiro bypass foi feito em 1969 ==== um neurocirurgião Turco, que por ser judeu fugiu da guerra e foi morar no estados unidos,. (pesquisar)

Tudo custiado pelo sus.
A maioria dos aneurisma são aneurismas saculares, uma dilatação que se forma na parede enfraquecida de uma artéria do cérebro como “saquinho”, que por ter uma parede frágil, sangra e pode levar o paciente à óbito. Nesses casos consegue-se colocar clipe e fecha o aneurisma, de forma que o sangue possa passar normalmente sem que haja sangramento do aneurisma, é uma técnica mais comum dentro das neurocirurgias.

O procedimento pode ser feito, também de forma endovascular, onde se coloca algumas molas delicadas através de um cateter, que se enrolam no interior do aneurisma formando um coágulo que impede o sangramento.

Independente da técnica, a intenção é que se preserve o vaso, no intuito de que o sangue chegue no cérebro de forma normal.

A veia sai do coração, passa pelo pescoço e vai para o cérebro, quando há o aneurisma, é como se esse cano tivesse entupido , é como consertar um carro com o motor funcionando

A complexidade do procedimento.

O maior risco que o paciente corre,é nas 24 horas após a cirurgia, nesse período pode ocorrer a trombose no enxerto, o que demanda manuseio para desobstrução de maior risco.

Após 5 diAS, AINDA QUE OCORRA A TROMBOSE, o paciente fica fora de risco.

* Fonte: Ascom HGVC