Irmã Dulce a um passo da canonização

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Num passo da canonização. O Papa Bento XVI assinou ontem um decreto que oficializa o reconhecimento de um milagre realizado por irmã Dulce. Com a assinatura, a religiosa se torna a primeira beata baiana, ficando apenas a um passo da canonização, que a transformará em santa. Para ser canonizada, será necessária a comprovação de mais dois milagres, que também deverão ser reconhecidos pelo Vaticano.

O milagre reconhecido pelo Papa aconteceu em 2002, na cidade do Ceará. Uma mulher que tinha acabado de dar a luz sofreu uma hemorragia por cerca de 18 horas, sendo salva por intercessão da freira.

Emocionado, na tarde de ontem, o Arcerbispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Geraldo  Magella Agnelo, disse durante coletiva que a cerimônia de canonização vai acontecer no primeiro semestre de 2011, aqui em Salvador, ainda sem data e local definido. A informação de que a cerimônia seria realizada no Parque de Exposições de Salvador, foi negada pela assessoria da Arquidiocese.

De acordo com Magella, a cerimônia oficial da ata de beatificação, terá  a presença de um membro do vaticano, o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Dom  Ângelo Amato. “Estou muito feliz com o reconhecimento do Papa. Após um processo de quase sete anos, a igreja reconhece a santidade de irmã Dulce que dedicou sua vida aos pobres. Uma pessoa humilde que se preocupava com os irmãos necessitados.

Estamos a um degrau da canonização”, ressaltou Dom Geraldo. Desde janeiro de 2000 que a causa de beatificação de Irmã Dulce tramita no Vaticano. A validação do virtual milagre foi emitida pela Santa Sé em junho de 2003. Em abril de 2009, o Papa Bento XVI reconheceu as virtudes heróicas da Serva de Deus Dulce Lopes Pontes, autorizando oficialmente a concessão do título de Venerável à freira baiana.

Reconhecimento de que a religiosa viveu em grau heróico, as virtudes cristãs da fé, esperança e caridade. O voto favorável e unânime da Congregação foi concedido em janeiro de 2009 pelo colégio de cardeais, bispos e teólogos após análise do documento canônico misto de relato biográfico e das virtudes e resumo dos testemunhos do processo. Irmã Dulce, que morreu em 1992, é chamada de o “Anjo Bom da Bahia”.

Durante quase 60 anos, ela prestou assistência aos pobres e enfermos e criou as Obras Sociais de Irmã Dulce, uma das maiores instituições de filantropia do país.