Lava Jato vai condicionar melhora da economia em 2017, admite Meirelles

Se tudo der certo, Meirelles avalia que população poderá sentir algum alívio no segundo semestre
Se tudo der certo, Meirelles avalia que população poderá sentir algum alívio no segundo semestre

Os desdobramentos da Operação Lava Jato e os impactos sofridos pelo mundo político a partir de delações premiadas, sobretudo as colaborações de executivos da Odebrecht, cuja grande lista ainda promete abalar as estruturas das instituições brasileiras, poderão ditar o ritmo e pautar a melhora da economia do país em 2017. Quem admite é o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em conversa com interlocutores, de acordo com o colunista Lauro Jardim neste domingo (18).

Ainda segundo o titular da pasta, o calendário que vai de janeiro a junho será o mais delicado e crítico para a promessa de recuperação da economia no governo de Michel Temer, condicionando, inclusive, a popularidade do presidente nas próximas pesquisas. Recentemente, sondagem do Instituto Ibope mostrou que Temer tem alta rejeição, com 46% de reprovação de seu governo e apenas 13% de aprovação.

A avaliação do ministro da Fazenda, porém, é que, se a Lava Jato e um eventual efeito de Donald Trump no comando dos Estados Unidos não atingirem em cheio o governo, então a população já começaria a sentir os primeiros sinais de alívio a partir de junho, mesmo com o nível de desemprego ainda alto.

A expectativa do governo é ver no primeiro semestre a concretização de promessas, como a queda dos juros e da inflação e a realização de leilões das primeiras concessões importantes. Além dos fatores econômicos e da Lava Jato, Temer precisa, ainda, enfrentar o processo de cassação de chapa no Tribunal Superior eleitoral (STF), cuja autoria é do PSDB, um partido que, ironicamente, pertence á base aliada do governo e conspira pela queda de Meirelles para ter o comando da pasta.

Fonte: Jornal do Brasil